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Eu realmente, não sabia por quanto tempo havia dormido e nem ao menos quando caí no sono. Eu não tinha noção nenhuma de tempo naquele lugar.
Mas quando finalmente abri os olhos, eu não estava mais no chão, de frente para a porta, mas estava deitado na cama, e por impulso, me sentei rapidamente, e por pouco não me assustei ao dar de cara com Marie sentada na ponta, a me encarar.
— Você dormiu bastante.— seus lábios se curvaram em um sorriso macabro. Talvez, ela só estivesse sorrindo normalmente, no entanto, era assustador pra mim.
— Onde eu estou? — perguntei após algum tempo em silêncio.— O quê você está fazendo?
— Bom, você está muito longe de casa, muito longe de Paris. Aqui ninguém poderá nos incomodar, eu garanto. — ela sorriu e se aproximou devagar até estar praticamente em cima de mim. — Você deve estar com fome...
— Eu quero sair daqui. — disse seriamente enquanto virava o rosto, impedindo que seus lábios se grudassem nos meus.
Pude ouvir seu suspiro profundo e encarei seus olhos quando ela se afastou. Havia raiva neles.
— Eu não entendo, Jake... — ela começou dizendo enquanto sorria sem um pingo de humor. — Eu... nós tivemos algo e você age como se me odiasse agora, o que a Ashley enfiou na sua cabeça ?
Apenas suspirei profundamente e desviei o olhar. A cada segundo que se passava, a angústia de estar naquele lugar, com ela, aumentava.
— Você está fora de si, Marie. — disse enquanto me levantava com dificuldade, porque meu corpo estava pesado e fraco. — Por quê está fazendo isso?
— Porque eu estou grávida! E eu...eu...
— Você o quê?! — acabei me irritando quando a olhei em incredulidade.
— Eu te amo.
Fiquei por alguns segundos em silêncio, a encarando. Aquilo não era verdade, não fazia sentido algum. Ela não me amava.
— Você não está entendendo não é? Eu te amo, Jake! Você é meu e a Ashley não vai ter você! VOCÊ É MEU! — ela simplesmente se alterou e veio em minha direção, e por reflexo segurei seus braços quando eles ameaçaram me atingir. — Você é meu. — ela repetiu mais baixo. — Meu, e não tem como se livrar disso!
— Você está maluca! Você mesmo quem disse que eu era só seu empregado, você sempre deixou isso muito claro! — a confrontei com certa indignação. — Você sempre fez questão de esfregar na minha cara qual era o meu lugar!
— Mas agora, eu quero você. E vou ter você. — ela disse se debatendo. — Me solta!!!
— Você está totalmente desequilibrada, Marie! Para onde você nos trouxe?! — perguntei em pânico.
— Para um lugar onde não vão nos achar, a Ashley não vai te encontrar! Então você será meu... — ela sorriu por um momento, mas logo ficou séria.— Eu, você e o nosso bebê...
— Pensei que você não quisesse essa criança! — disse confuso, de certa forma a encarando.
— Por quê você não pode simplesmente aceitar??! Me aceitar? Por que tem que ser ela???? — ela disse se descontrolando mais uma vez, a medida que puxava seu próprio cabelo em sinal de frustração.— O quê ela tem que eu não tenho? O que ela te deu que eu nunca dei a você? — e o fato de ela sorrir em desespero, começou a me preocupar. — Ela não é mais bonita que eu, eu sou mais rica...
— Marie.— eu disse a encarando severamente quando tive sua atenção em mim. — Eu e Ashley somos amigos, não temos esse tipo de relação que você insinua! O que ela tem que você não tem? Talvez seja empatia, senso, humanidade! Você sempre me tratou da maneira que queria, sempre me menosprezou, me humilhou e até realizar falsas acusações você fez! Você me assediou por diversas vezes, me obrigando a dormir com você quando eu não queria! Me ameaçou, ameaçou a me jogar no olho da rua, e eu preciso dizer mais alguma coisa?
— Você também quis, transar comigo, não seja hipócrita! — rebateu me empurrando pelo peito.
— Algumas vezes sim, eu confesso, mas na maioria das vezes, você me ameaçou! E praticamente me obrigou. — suspirei cansado.
Pude ouvir sua risada enquanto ela negava, se afastando.
— Pelo visto, você não vai colaborar nem tão cedo, não é mesmo? — questionou enquanto alcançava a maçaneta da porta. — Então, infelizmente não posso te deixar conhecer o restante da casa. Seu castigo, vai ser ficar apenas aqui no quarto por mais algum tempo.
— O quê?! — questionei de maneira totalmente desesperada. — Marie, eu quero ir embora! Você está maluca...! Com certeza, estão nos procurando, a Ashley está preocupada!
— É uma pena.— sorriu falsamente.— Não temos celular por aqui, e nem telefone, justamente para ninguém nos encontrar. Ninguém, vai nos incomodar, Jake. Você vai me amar de volta, você vai ser meu, vamos ter nosso bebê e vamos viver felizes aqui.
— Você está maluca, eu não vou viver aqui com você! — rebati negando, me recusando a acreditar que ela estava falando a verdade.
— Você não está em posição de decidir algo, querido. — ela sorriu se mostrar os dentes e passou pela a porta, a fechando em seguida.
Maluca.
Marie Delacoir havia completamente surtado. Aquilo tudo parecia ridículo e assustador demais para ser verdade.
Ela não me amava de maneira alguma, o que ela sentia por mim, era um sentimento de posse, nada mais. Ela gostava que eu pertencesse a ela, isso era tudo.
Ela era uma maníaca por controle.
(...)
Em alguma parte da madrugada, eu acabei acordando devido a ruídos que conforme eu fui despertando, descobri ser um choro, misturado a soluços. Lentamente, abri meus olhos e encontrei a loira sentada de costas para mim enquanto chorava, todo o seu corpo tremia.
Por um momento, me senti mal por ela e quase, quase mesmo, fui tomado por um impulso absurdo de lhe dar um abraço, mas não o fiz. Apenas, continuei observando em silêncio, e quando ela se mexeu, fechei meus olhos rapidamente para fingir que estava dormindo e senti sua movimentação, a medida que ela se deitou a meu lado, próxima o suficiente para se aconchegar ao meu corpo e levar a mão ao meu rosto.
Apesar de estar acordado, eu estava meio sonolento e a voz de Marie estava baixa, mas não o suficiente para que não pudesse ouvir o que saiu de seus lábios.
— Olha o que você me fez fazer.
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Quem é vivo sempre aparece não é? Vida adulta é só boleto pra pagar, perrengue financeiro, chorar em posição fetal e bom... é isso...
faculdade sugando minha alma! Greve agora né? Vai atrasar formatura de geral, que coisa! Mas vamos reclamar não, parece que piora né não?
Mas e aí, o quê vocês me contam de novo? Cês tão bem?
Leitores do céu, eu fui na calourada do meu curso, foi ótimo, mas tive consequências dos copões trincando de bebida, minha garganta tá dando trabalho hein?
Deus me livre!
Beijos, lindos.
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ESCRAVIZADO [DARK ROMANCE] ✓
Random! alerta de gatilho ¡ Todos sabemos que, em 1888 uma princesa chamada Isabel, assinou uma lei denominada Lei Áurea que libertou os escravos. Bom, é o que aprendemos no colégio. Existe Racismo ainda hoje, mas não existe mais escravos, correto...? N...