Capítulo oito

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AMAURY

— Obrigado! — Agradeço quando Diego caminha em minha direção e me entrega o prato com um pedaço da torta.
— Não é como se eu tivesse feito 100% por vontade própria. — Ele revira os olhos e ri, sentando ao meu lado no sofá.
— Não faz assim, pinscher... — Sorrio ao ver ele me mostrar o dedo do meio — Agora você pode dormir aqui... — Ele me olha — Se você quiser, claro.
— Eu vou pensar se você merece.
— É claro que eu mereço... — Mordo um pedaço da torta sentindo o sabor invadir minha boca — Que delícia.
— Ficou mesmo! Igualzinha a da minha vó.
— Vou roubar a receita.
— Vou cobrar!
— Eu pago... — Nos olhamos — Com prazer.
— Ai ai... — Diego sorri balançando a cabeça enquanto come mais um pedaço da torta de limão.

Como em silêncio ouvindo a playlist passar de uma música para outra. Diego termina a torta balançando os pés suspensos no sofá.

DIEGO

— Que soninho. — Falo manhoso e apoio o prato na mesa lateral do sofá.
— O sofá abre, levanta pra eu puxar.

Obedeço e levo os pratos para a pia enquanto ele arruma o sofá. Quando volto o encontro deitado apoiado em um travesseiro, com um braço esticado, chamando silênciosamente para eu me aconchegar no corpo dele.

— Que confortável. — Falo colocando o rosto em cima do peito e jogando a perna por cima das pernas dele.

Amaury me aperta forte e lentamente sinto meus olhos pesarem quando ouço ele cantar baixinho enquanto desliza as pontas dos dedos pelo meu braço.

— Entre as coisas mais lindas que eu conheci, só reconheci suas cores belas quando eu te vi. Entre as coisas bem-vindas que já recebi, eu reconheci minhas cores nela, então eu me vi... — Sorrio contra a pele dele e respiro fundo sentindo o sono me embalar.

***

Acordo e Amaury está roncando baixinho ao meu lado, com o rosto virado para o encosto do sofá e corpo completamente relaxado. Me espreguiço e quando percebo que ele não vai acordar nem tão cedo eu vou até a cozinha lavar os pratos da sobremesa. Organizo o que havia ficado na bancada. Vou até o banheiro, olho pela janela a escuridão da noite e verifico mais uma vez que ele não acordou.

AMAURY

Os lábios pressionando minha boca e o peso corporal sendo lentamente distribuido contra o meu corpo são o suficiente para me despertar. Abro os olhos com sonolência e vejo Diego sorrir.

— Acorda preguiçoso.
— Não quero... — Resmungo puxando o corpo dele para mais perto de uma vez. Diego ri baixinho.
— Quer sim, está tarde.
— Mas você vai dormir aqui, por que temos que levantar agora?
— Não lembro de concordar com isso.
— Eu vou te fazer concordar daqui a pouco.
— Vai, é? — Ele questiona erguendo o olhar em direção ao meu.
— Com certeza.

Puxo os lábios dele em direção ao meu.

— Preciso de um banho, você espera?
— Não, vou embora.
— Nossa de graça. — Dou risada quando sinto ele rir também. — Tá todo nervosinho, vou já te acalmar.

Puxo o rosto dele para um beijo antes que ele consiga falar algo. A cena seguinte é quase em câmera lenta, nossos corpos girando e caindo no chão em um baque duro e doloroso.

— Ai!
— Ai, porra! — Diego se senta e eu também.

Nossa crise de riso dura longos segundos até que recuperamos o fôlego e me coloco em pé para erguer o corpo dele.

— Desculpa. — Peço ainda rindo e ele balança a cabeça negando.
— Não, pode assumir, foi de propósito, você queria me esmagar.
— Eu quero mesmo... — Aperto o corpo dele contra o meu e o empurro no sofá — Mas não desse jeito.

Chef - Dimaury 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora