Ao adentrar o restaurante, noto as luzes fracas e velas sobre as mesas. Haviam pessoas aparentemente ricas, e ainda acho que a palavra ainda não as definiria pela tamanha quantidade de dinheiro que aparentavam possuir apenas jantando naquele local. O ambiente era composto por uma paleta de cores de tons vermelhos, marrons e pretos que davam harmonia ao ambiente e o tornavam aconchegante.
— Onde achou esse lugar? — O questiono baixo, totalmente distraída olhando ao redor, de maneira minuciosa.
— Te impressionei, Doutora? — ele diz descontraidamente brincando. — Vamos, já deixei nossa mesa reservada.Sinto ele me puxando pela mão até uma mesa de canto, puxa uma cadeira e me sento nela ficando, frente a frente com aquele garoto que definitivamente me surpreendia a cada ação, palavra ou passo que dava.
Agradeço com um breve aceno com a cabeça e logo ele acena para que o garçom já trouxesse a comida. Achei estranho, não me lembrava de termos pedido nada para comer.
Olho para as pessoas a nossa volta, e todos estão comendo pratos refinados e todos diferentes, então seria impossível a probabilidade de ser um restaurante de apenas um tipo de comida e naquele momento eu estava torcendo para não ser sopa, porque estávamos no verão e estavam fazendo mais de 26 graus ao lado de fora.
—Então você já escolheu o que vamos comer?
—Sua amiga falou para o meu amigo o que você gostava. Por incrível que pareça, você tem um bom gosto para comida. — Ele diz de maneira sincera se acomodando na cadeira.
— Está dizendo que não faço boas escolhas? — minha feição fica confusa o examinando com indignação e rindo baixo balançando a cabeça em negação.O vejo pensando por um momento, como se uma resposta estupidamente óbvia inundasse a mente dele. Então ele me olha novamente, logo percebo que ele vai mentir de algum jeito. Ele põe a mão na nuca ainda sinalizando que pensava em uma resposta plausível para o momento, mas de maneira rápida o garçom chega a nossa mesa servindo a Pietro um "old fashioned" e para mim um "sex on the beach" sem álcool. Não tenho costume de beber, logo suponho que Alice tenha mencionado.
Agradeço o garçom, sendo cortês.
— Acho engraçado o fato de você não beber e mesmo assim ter uma garrafa de tequila na geladeira.
— Não era minha. — Rebato com poucas palavras, tomando um gole de bebida.
— Então tem outro homem em sua vida levando bebida para sua casa? — Ele caçoa, me causando curiosidade.
— Era da Alice, mas sinceramente isso não é da sua conta.
Após alguns minutos silenciosos e constrangedor, o garçom retorna a mesa apreensivo.— Sinto muito lhes informar de maneira tão abrupta, mas nosso cozinheiro teve um problema na cozinha e o prato de vocês vai demorar em torno de 30 minutos adicionais...
— Sem problemas, não estamos com pressa.
Pela primeira vez, vejo Pietro ser educado com alguém por vontade própria.O garçom retorna para seus afazeres assentindo.
— Ouvi dizer que você frequenta a igreja católica... Você costuma fazer lá? — O mesmo para mim exalando curiosidade.A pergunta me pareceu inesperada e de certa forma. Talvez ele só esteja curioso por não conhecer, mas definitivamente eu não fazia ideia.
— Eu geralmente rezo muito, dedico a maior parte da minha vida a igreja e á minha crença. As vezes ajudo no coral ou com os músicos, já que cresci com o padre e ele me ensinou tudo o que sei até hoje.
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𝓒𝓱𝓸𝓸𝓼𝓮 𝓶𝓮 𝓯𝓸𝓻𝓮𝓿𝓮𝓻, 𝓓𝓪𝓻𝓵𝓲𝓷𝓰
RomanceA história é sobre Aurora Hammond, uma jovem moralmente correta, estudante de advocacia e ambiciosa. Desde jovem, sua meta é tornar-se freira, e o padre Mordred a ajudava constantemente, orientando-a sobre o que era correto de acordo com os ensiname...