Jardim

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Abraçada ao homem, Natasha não o soltava por nada, ele transmitia para a garota, algo em que não sentira em abraço algum...segurança, era inesperado, mas, ela se sentia plenamente segura.

A porta de seu cômodo fora aberta, a ruiva se aperta ao homem, quem poderia ser? Ela não estava em posição para conseguir ver, sentira quando seu corpo fora segurado e então levantando, notando de que uma mulher de meia idade sorridente se encontrava na porta, vestes comuns de uma doméstica, mas, de fato ainda transmitia maior luxuosidade.

- Milorde, mandou me chamar? - a mulher de voz leve indaga categoricamente com seus olhos fixos na figura ruiva, era minúscula, Natasha esconde seu rosto no peito do homem forte que a segurava.

- Sim, Anna - formal, a ruiva sentia do certo ar de poder em que ele emanava - essa é Liberty Mérope Riddle, minha filha, cuide dela com sua vida a partir de agora - instrui em feições sérias para a mulher mais velha, certo, ela teria uma babá? Seria isso? Ela não tivera a melhor das experiências com babás, não não, os olhos verdes se voltam amedrontados para o lorde, dando leves puxadas em sua roupa, olhinhos de filhote de cachorro, era isso em que Voldemort ganhara ao se voltar para a pequena figura em seus braços. - o quê? Não gostara de Anna? - a aperta contra si, escondendo seu rostinho de criança, Natasha não queria que ele a deixasse com aquela senhora não importava quão amável ela parecesse.

- A pequena princesa, devo leva-la para tomar um leite quente com bolachinhas de chocolate? - a senhora tomara a palavra calmamente para não assusta-la, era uma linda criança, um pequeno anjinho nos braços de um lorde das trevas, os olhinhos verdes brilhosos a observam incerta ainda abraçada ao lorde - fiz um presente para a minha lady enquanto a aguardava em sua chegada - Anna sorrira abertamente ao mostra-la um coelhinho rosa, lindo e pequeno, Natasha sorrira, ela secretamente sempre desejara uma pelúcia em toda sua infância, os olhinhos se enchem de lágrimas, ela estava mais sensível do que se permitia ser em toda a sua vida passada, estendendo o bracinho para que recebesse a pelúcia, a mulher a observava calorosamente...como...como uma vó.

Pegando o coelhinho e o abraçando, a pequena amara a pelúcia era como ela sempre quisera, o levantara para a visão do lorde que observava a cena cautelosamente, ela o mostrava o coelhinho como se pedisse permissão, Riddle unicamente afagara sua cabeça e a entregara para a mulher, Natasha a abraça, ela também era quentinha e não tinha braços rudes, era macia como uma...

- Bovó - seu dedinho de criança aponta para a senhora que se derretera para Natasha, um sorriso iluminado e Riddle negava com sua cabeça - bovó - se irrita com a falta de pronúncia, voltando a deitar sua cabeça no pescoço da mulher, afagos em suas costas.

- Cuidarei da linda senhorita com toda a minha vida, milorde - acenando positivamente, Voldemort resiste em se retirar do cômodo, como se sua mente quisesse ir, mas, seu corpo resistisse em deixa-la.

- Tatai, bye - se despede com um aceno de sua mão e um sorriso - tatai - o chama novamente, Tom não evitara em voltar-se para a pequena bebê, tocando seu rosto e um sorrisinho de dentinhos pequeninos, encostando sua testa na da pequena, Natasha levara sua mão gordinha para o seu rosto enorme, o tocando - tatai di bibê - afirma carinhosa, Voldemort se afasta, finalmente as deixando sozinhas.

- Boa menina - a senhora dera um beijo em sua testa de bebê, Natasha não a compreende em seus atos, mas, aceitara seu afeto, era bom, era bom sentir de carinho e afeto - vamos preparar seu leitinho, milady - a conduzia por dentro da mansão enquanto Natasha era conduzida cuidadosamente por Anna pelos corredores da enorme mansão, no entanto, a cabeça da jovem só pensava em seu novo pai e no que ele poderia estar fazendo naquele momento.

Natasha fora alimentada em um cadeirão mágico ao lado de Anna, ela estava animada com tanta comida em que destinaram apenas para a sua pessoa, a forma como a mulher mais velha era carinhosa com ela e sempre a questionava sobre o que ela queria comer, em poucos minutos a bebê decidira de que naquela vida ela seria uma pessoa saudável, faria tudo diferente.

Comera todo o abacate com as mãos, sorrindo feliz com a bagunça que fizera, eram sensações diferentes das quais experienciava, como se finalmente ela estivesse se permitindo viver, e viver com tranquilidade.

- Milady, parabéns - os olhos de Anna brilhavam para ela ao tirar sua memória, o que ela faria com aquilo? O frasquinho sumira e Natasha tem seus olhos fixos na sua babá a chamando para si - bovó - a chama enquanto Anna a abraça fortemente, não se importando com o quão suja a menininha estivesse.

- Você é especial, milady, muito especial - aperta seu pequeno narizinho a fazendo rir, Natasha apertara sua mão com os pequenos dedinhos de neném, a demonstrando de que ela havia entendido, de fato, sentindo do conforto repassado por aquela simples frase.

- Cookii - aponta para o pequeno biscoito com gotas de chocolate, a senhora prontamente a concede, provando da massa crocante seus olhos se esbugalham, era o melhor cookie em que já havia provado em sua vida, as gotas de chocolate eram fantásticas e a levavam a uma sensação maternal - bigada - a responde em um sorrisinho sapeca, um novo beijo em sua face, ela estava feliz, batera suas perninhas gordinhas sobre o apoio do cadeirão.

Seu próximo passeio envolvia o banho quentinho em que tomara com a mulher, uma banheira rosa, envolvida a atmosfera de cuidados, seu corpo fora lavado com delicadeza, seus cabelos penteados e finalizados, os cachinhos ainda mais bonitos e brilhantes.

Natasha correra livremente pelo jardim da casa, em passos rápidos a sua babá a chamava enquanto corria atrás dela que tinha uma risada viva de plena felicidade.

Mais a distante dela, alguém a capturava em seu mover, do alto da janela do escritório, uma figura continha um sorriso macabro ao analisa-la ao longe.

- Milorde? - o homem de cabelos platinados se aproximava da janela em que seus olhos de cobra estavam presos, então notando uma criança ruiva em um vestido amarelo que corria sorridente para longe de sua babá, era uma cena contagiante, até mesmo o riso da criança era escutado e então Lucius Malfoy soubera quem era a criança, a pequena lady, a herdeira mais nova do homem.

- Ela é uma bruxa da luz, Malfoy - afirma veemente enquanto guardava a memória para que a revesse em algum momento - não sei como isso pode ter se ocorrido quando eu e Lilian somos bruxos com os polos firmados nas trevas - confessa ainda descrente - consigo ver perfeitamente a fina energia branca que a cerca - o mostra enquanto o Malfoy pudera ver, claramente seria uma bruxa da luz, ela era irradiante.

- Milorde - inicia em uma pronúncia lenta enquanto buscava da sabedoria divina em que havia adquirido nas vezes em que fora para o templo - existem situações em que claramente recebemos um milagre, um presente dos espíritos divinos que nos concedem uma chance - finaliza notando o rápido movimento do homem para si, claramente mais alto para ele, a sua visão era mordaz e amedrontadora, os olhos vermelhos fixos sobre si.

- O que estava me dizendo anteriormente, Malfoy? Qual o problema com o nosso fornecimento de sangue de dragão? - fechara a cortina do cômodo, os privando da visão do jardim.

Milagre...ele não precisava de um milagre.

A Amada Filha do Lorde - Riddle'sOnde histórias criam vida. Descubra agora