Escuro

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• Olá olá, crianças •

• Vocês bateram a meta, vocês são incríveis, eu me sinto tão grata por todo o carinho e apreço pela fic que é meu pequeno conforto •

• Vamos para a segunda e última meta? 230 votos e 70 comentários? Bora? Conto com vocês •

• Boa leitura •

2/3

- Morfin - o lorde o chama ao levantar de sua cadeira, o moreno logo leva seu olhar de encontro ao pai - leve Liberty para os seus aposentos - solicita ao parar atrás da criança que naquele momento estava entretida demais com seu doce para que dignasse seu olhar para o pai - criança - a chama em aviso, Natasha se volta para ele com seus grandes olhos verdes, os piscando repetidamente.

- Bye tatai, noit noite - se despede com um aceno carinhoso de sua mão com chocolate melecado.

- Boa noite,  criança - se despede ao acariciar uma mecha de seus cabelos enrolados, assim se afastando das crianças e se retirando da sala de jantar, os deixando sozinhos ali presente, Natasha volta a se entreter com o final de seu doce e Mattheo, esse permanece em silêncio, mesmo que seus olhos estejam fixos na imagem do bebê em sua frente.

A cabeça do menino matutava a possibilidade daquela situação ser real, seu pai era sempre um ser distante e frio, assim como ele mesmo, desde seus dias mais juvenis, agora em seus quatro anos de idade esse fora o primeiro choque em que recebera, descobrindo de que seu pai mesmo que em suas formas grosseiras e até mesmo inexperiente, correspondia aos carinhos da sua...irmã de outra progenitora.

- Qui, bo? - Natasha se xingava pela falta de uma dicção decente, era tão difícil assim falar irmão? Ela iria treinar de qualquer forma, não ia ficar assim.

Mattheo a analisa com sua sobrancelha arqueada em dúvida, ela o oferecia seu doce com um olhar de expectativa, Mattheo dera um tapa sobre sua pequena mão e Natasha piscava seus olhos sem compreender, estranho que um simples tapa doesse, era por isso que bebês choram tanto? Ela agora compreendia, engolindo suas lágrimas e voltara a comer silenciosamente.

O moreno engolira em seco, ela não havia chorado como ele desejara, simplesmente se calara enquanto voltava a comer seu doce de chocolate, não era a reação que ele esperava, bebês eram chatos e queria fazê-la chorar.

- Você... - a mocinha inesperadamente estendera seu dedinho indicador para ele.

- No - afirma em feições magoadas com seu nariz gordinho empinado, Mattheo quase rira com a visão que obtivera, ela sinceramente era uma criança muito esquisita.

- Nem me deixou falar, criança - afirma ao revirar seus olhos - isso é falta de educação, sabia? - a confronta ao cruzar seus braços encostado na cadeira.

- Bo - aponta para o moreno, Natasha tentava a todo custo vocalizar o que desejava - bobo - sorrira em graça para ele, pasmo, frisa seu olhar sobre a bebê e novamente revira seus olhos para ela.

- Você é uma criança boba e feia - aponta em deboche para ela, Natasha se magoa...feia? Meu anjo, com essa skin de princesa das fadas? Ele não bate bem mesmo, igualzinho as fanfics, um esquisito.

- Bo - o chama estendendo seus bracinhos, Mattheo nega em um aceno de cabeça desviando seu olhar da garotinha, um pigarro e outro, seus olhos vermelhos inevitavelmente se voltam para a criança, ela estava em prantos, não da forma em que um bebê normalmente ficava, mas, silenciosa e olhando atenta para ele, as lágrimas escorriam pelo seu rosto redondo.

- Vem aqui - a pega em seus braços a tirando do cadeirão - você não é pesada, não deve comer bem - afirma ao pegar os guardanapos e surpreendentemente, enfeitiçar o pano para que a limpasse, o que prontamente fora feito - você tem que dormir agora, criança dorme cedo - afirma em poucas palavras, a criança de quatro anos a levava para seu quarto, Natasha deitara seu rosto no ombro do menino e assim ela sentia do sono a abatendo.

- Oh minha nossa, jovem mestre - Anna estende os braços para que ele a desse a pequena bebê, Mattheo a encara em dúvida e decide adentrar ao quarto dela, era um quarto adequado, mas, não era lá grandes coisas, seu pai estava sendo muito mesquinho em mante-la ali.

- Não gostei do quarto - fora tudo o que ele a dissera ao deixar Natasha no chão, ela sorria e correra para longe dele, Mattheo estava prestes a sair quando a ruiva voltara em passos rápidos até ele.

- Oelho - mostra a sua pelúcia em animação, o moreninho leva seu olhar para o bicho e para ela - squick - simulara como um beijo concedido pela pelúcia na bochecha do menino.

- Esquisita - o pequeno lorde afirma ao estender a mão e afagar os cachos ruivos como se ela fosse um pequeno animalzinho, a risada fora instantânea e Natasha tentara o abraçar, sendo prontamente afastada pela magia do garoto que a coloca sobre sua cama - durma - saíra em passos rápidos sem sequer se despedir, era definitivamente igual ao pai, não havia dúvidas.

- Bovó - a pequena chama a senhora que se aproxima  e a dera um abraço apertado junto a um cheirinho em seus cabelos.

- Boa menina, você é uma boa menina, milady - a mantém abraçada a si, Natasha sentia de que podia descansar naqueles braços, eram como um porto seguro para ela.

- Bibê de bovó? - questiona estendendo seu dedinho para a idosa, ela ria ao enche-la de beijos.

- Sim sim, é a neném da vovó - afaga seus cabelinhos - é um presente dos céus, um presente concedido por Morgana - afirma em sussurros, levantando a pequena garotinha em seus braços - vou ler uma história para você antes de dormir, milady, mas, vamos ter que nos arrumar para a coelhinha dormir - aperta a pontinha de seu nariz, o sorriso largo de Natasha, ela verdadeiramente estava adorando demonstrar suas reações mais reais.

- Nana ninê - afirma em seriedade, a senhora novamente rira ao concordar com a pequena dama, nunca vira nada igual em seus trinta anos como babá, crianças sangue puro não eram emotivas, sorridentes e até mesmo espontâneas, costumavam de berço a serem contidas, silenciosas e discretas. Eram quase como bonecos intocáveis.

[...]

Era madrugada quando Natasha acordara em seu berço, ela simplesmente abrira seus olhos ao notar a escuridão em seu quarto, ela detestava o escuro, tinha medo do que não podia ver.

Ela como uma mulher míope em sua vida anterior, não conseguia se adequar ao ambiente se o mesmo não pudesse ser visto e o medo a assolou, ela estava sozinha em um quarto imenso, ela tinha medo, muito medo de ficar sozinha.

- Tatai - chama pelo homem em sua voz embargada - TATAI - novamente o chama, chorosa, ela via uma sombra, mas, não conseguia sair daquele berço - TATAI - seu choro era alto, ela estava com medo e infantilmente chorava, ela não se recordava da última vez em que se permitira chorar alto daquela forma, mas, ela chorava de soluçar, sentia sede e medo, ela tentava se levantar.

Sentia da sensação consumi-la como se ela e a escuridão estivessem se unindo em um só, ela sentia a perca de sua sanidade, ela tremia, suplicando por ajuda.

Em um momento depois, a porta fora aberta de supetão, ela escutara passos rápidos e então, braços fortes a levantavam e serenamente a ninava em movimentos leves com pequenos tapas mornos em suas costas, ela estava assustada e soluçava de medo, era escuro demais, era muito tudo.

- T-tatai...mido bibê - chorava embargada em pequenos soluços, ela estava sobre a pele quente de alguém e seu coração o reconhecia, era ele o papai.

- Estou aqui, eu estou...com você, criança

Beijos da mamis

A Amada Filha do Lorde - Riddle'sOnde histórias criam vida. Descubra agora