capítulo 15

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Parecia um campo de batalha, uma guerra a ser travada ou apenas o parque de diversões da valhalla

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Parecia um campo de batalha, uma guerra a ser travada ou apenas o parque de diversões da valhalla. Baji ficou comigo o tempo todo, quando naquele momento Kazutora entrou na loja com o casaco da Valhalla, olhando diretamente para mim com um sorriso sarcástico.

Lá fora a cidade estava um caos, literalmente pegando fogo, mas Kazutora estava aqui…sorrindo pra mim

A calmaria que Kazutora transmitia de certa maneira era assustadora. Ele era silêncio e movimento, um enigma do qual eu não conhecia o resultado final. A presença que ele transmitia estava me deixando nervosa. Ele me estava olhando como se eu fosse a única pessoa que realmente tinha sentido, não era difícil para ele fazer isso quando estava olhando diretamente para ele nos meus olhos.

Mas a questão é que era estranho ele não estar lá fora com o resto das pessoas.

— Você realmente....— Murmurei ao me levantar, olhando para ele, o céu estava coberto por uma camada de fumaça cinza e o fogo trazia o vermelho.

O dia virou noite...

— Eu realmente o que? — ele disse, levantando os olhos com uma expressão calma, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Ele estava se aproximando de mim lentamente, seu movimento me trazia um pouco de ansiedade.

Baji saiu da loja, me deixando sozinha com Kazutora, mas eu sentia que faltava algo....Algo que não encaixava.

— Você está colocando fogo na cidade....

— Sim.— ele respondeu sem nenhuma expressão no seu rosto, como se o fato do fogo estar queimando a cidade fosse algo normal, mas para mim, aquilo era errado, era horrível e assustador.

Eu estava tremendo levemente, parecia tão sem sentido todo aquele caos que ele estava causando.

Ele estava diante de mim, suas mãos estavam a centímetros de me tocar.
Esse cheiro, essa presença....era familiar, era estranhamente familiar e eu sentia isso desde o dia da festa.

Fechei os olhos inalando seu cheiro, sentindo suas mãos tocarem minha cintura me fazendo suspirar.

— Você...já me conheceu antes não foi? Antes do meu acidente que me deixou sem memórias

— Sim. — ele respondeu calmamente, como se não houvesse nenhuma dúvida de que eu já tinha conhecido ele.

Ele tinha a certeza de que tinha me conhecido antes, mas eu não conseguia lembrar.

Esse era o seu objetivo, ele queria que eu sentisse familiaridade com ele, que sentisse que havia uma conexão entre nós, que ele era uma pessoa próxima para mim, e parece que estava funcionando.

— Quem é você? — Murmurei olhando em seus olhos, e baixando o olhar lentamente para seus lábios — ou melhor....quem eu sou pra você

Não havia uma única dúvida na minha mente de que ele queria me seduzir, e se ele o quisesse, ele poderia o conseguir.

Ele não respondeu sua pergunta, ele era bom em manter suas emoções em segredo. O fato de que ele não disse nada em relação a quem ele era, era assustador.

— Eu posso te dizer quem você é para mim.—  ele disse de repente, fazendo com que meu coração parasse por um segundo.

— Você é minha.— ele falou com convicção, deixando minhas pernas frágeis.

Ele estava certo, ele tinha me conquistado, ele era o único que tinha conseguido me deixar assim.

Desde o início era apenas uma obsessão? Não parecia ser assim, duvido que alguém como ele agisse por pura obsessão. Olhei para dentro do seus olhos, mas nosso contato foi quebrado por uma sensação.

O som do carro derrapando, os gritos que ecoaram, e sua voz me chamando, novamente…novamente…novamente..

Fechei os olhos recuando pra trás, sentindo uma tontura, minhas vistas estavam escurecendo…

Eu não sabia o que estava acontecendo, eu queria desmaiar ali mesmo, mas não podia deixar que ele notasse que eu estaba me sentindo mal.

Tentei manter os olhos abertos, mas era como se eu estivesse sendo puxada para fora do meu corpo.

— O..outro...carro... — eu gaguejei, percebendo que estava perdendo a consciência.

Achei que tinha conseguido esconder como estava mal, mas eu estava errada, ele já tinha percebido.

A última coisa que vi foram os olhos dele olhando para mim, e a voz dele gritando meu nome...


𝐀𝐑𝐄𝐒 - 𝐊𝐚𝐳𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚 𝐇𝐚𝐧𝐞𝐦𝐢𝐲𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora