Morning

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Abro meus olhos lentamente e sinto um peso sobre minha barriga, então me lembro que não estou dormindo sozinha, o corpo colado atrás do meu e o respirar suave no meu ouvido me fazem sorrir automaticamente. Mexo levemente minha perna tentando sair do aperto de Engfa, mas sem sucesso. Quanto mais eu me arrastava para longe dela mais ela puxava meu corpo de volta pra ela, solto um pequena risada e me viro de lado vendo ela fazer bico e sua cara estar toda franzida como se ela não tivesse gostando nada daquilo.

- Engfa, me solta por favor. Ela ainda de olhos fechados nega e giro meu corpo ficando de frente pra ela dessa vez, passo meu braço pela lateral do seu corpo e me aconchego mais nela. - Eu preciso me levantar e fazer umas ligações, depois me arrumar e acordar a Amy. Ela nega mais uma vez e eu solto mais uma risada. - Quer que eu fique aqui?. Ela concorda lentamente e em seguida seus olhos se abrem.

Meu sorriso abre automaticamente olhando para ela, tudo em Engfa era perfeito, sua sobrancelha completamente desenhada, sua boca chamativa e seus olhos escuros que me olhavam como se quisessem desvendar segredos obscuros. Eu não conseguia parar de olhar para ela e ela fazia o mesmo, sua boca formou um sorriso pequeno e eu suspirei baixinho.

- Bom dia!. Sua voz saiu um pouco rouca e ela voltou a fechar os olhos e enfiou o seu rosto em meu pescoço, subi uma das mãos até seus cabelos e senti ela deixar leves beijos no meu pescoço.

- Bom dia Engfa. Aquilo era familiar, acordar com ela me enchendo de beijos e me apertando desse jeito, só que agora parecia diferente também, não tínhamos toda pressa de duas adolescentes que precisavam sair correndo ou iam perder a primeira aula da faculdade. - Está com fome?. Ela balançou a cabeça concordando e eu passei meus dedos devagar por seu coro cabeludo.

- Desse jeito não vou querer sair daqui tão cedo. A voz abafada de Engfa saiu e me fez rir. - Porque você tem que sair tão cedo assim?. Ela perguntou se afastando e finalmente me soltando, só que dessa vez eu não queria que ela me soltasse.

- Eu aproveito melhor pela manhã, parece que consigo ser mais criativa. Dou de ombros e me aproximo mais do seu corpo tocando levemente sua cintura e vejo ela arquear a sobrancelha olhando na direção que minha mão estava. - Então eu acordo a Amy, a gente toma café no meio do caminho e chegamos bem cedo no ateliê. Abaixo minha boca até seu pescoço e dessa vez eu quem deixo alguns beijinhos ali.

- Certo, e agora você que não quer me soltar mais?. Nego fazendo ela rir e voltar a me abraçar. - Eu posso ficar com a Amy e levar ela na escola. Ela diz de repente e eu paro o que fazia olhando para ela em seguida. - Se estiver tudo bem para você claro. Ela diz rapidamente e eu sorriu deixando um beijinhos simples em seus lábios antes de levantar.

- Está tudo bem Engfa. Me viro de lado a olhando e prendendo meu cabelo em um coque desajeitado. - Vou tomar banho, quer ir comigo?. Vi seu rosto se transformar de confusão para um safado em segundos e então ela se levantou agarrando minha cintura. - Acho que isso deve ser um sim. Dou um pequeno grito quando sinto Engfa mordendo meu ombro levemente.

- Eu seria maluca se dissesse não. Solto suas mãos da minha cintura e corro até o banheiro do meu quarto ouvindo passos apressados bem atrás de mim. - Você me chama depois corre?. Entro no banheiro e já começo a deixar minhas roupas pelo caminho até o box.

- Quem disse que eu estou fugindo?. Olho para trás e vejo Engfa subir o olhar pelo meu corpo igual ela fez no dia do acampamento, seus olhos subiam pela minha tatuagem que eu as vezes esquecia que estava ali e era bem evidente.

Ela se aproximou lentamente ainda olhando para mim e comigo ainda de costas para ela senti sua mão tocar levemente a minha barriga, ela olhou em meus olhos e deu um último sorriso antes de pegar meu queixo virando meu rosto de lado com um pouco de dificuldade e me beijou, senti seu lábios nos meus e relaxei meu corpo automaticamente tombando minha cabeça em seu ombro, os dedos de Engfa passaram devagar por minha barriga até minha cintura e ela deu um aperto forte fazendo minhas pernas tremerem automaticamente. Arfei assim que ela parou de me beijar e seus lábios foram até meu pescoço onde ela deixou uma trilha de beijos, ainda segurando minha cintura ela deu uns passos para frente me levando junto e finalmente entramos no Box.

Love from the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora