Boa sorte!

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Eu sinceramente não sei o que estava fazendo, eu estava em uma cozinha que não era minha cozinhando para minha ex namorada da faculdade e sua filha que tinham me ganhando completamente, depois do momento que Charlotte e eu tivemos ontem eu posso estar sendo um pouco inconsequente e estar confundindo tudo, mas acho que nossa história não ficou no passado, acho que posso tentar de novo, apenas mais uma vez. Agora um pouco mais madura e definitivamente menos ciumenta que antes, as frutas picadas dentro de dois potes e o pão em cima da mesa muito bem distribuídos, os ovos mexidos estavam perfeitos, eu estava acabando de fazer.

- Bom dia!. A voz doce me chama atenção e então vejo Amy com um pijama de unicórnio de capuz e que cobriam seus pés completamente, ela passava coçou os olhos lentamente e depois sorriu quando me viu. - Tia Engfa?. Pergunta surpresa e depois corre em minha direção me abraçando, corresponde o abraço no mesmo instante. - Que cheiro bom. Ela diz se soltando de mim.

- Eu fiz o café da manhã para você e sua mãe, eu espero que gostem. Seu sorriso aumentou e ela voltou a correr de volta para o corredor dos quartos. - O que?. Falo sozinha um pouco confusa, não entendi essa reação.

Ela voltou alguns minutos depois, sua cara de sono já não existia e ela sorria de um jeito adorável.

- Quero te ajudar. Ela disse simples e deu a volta na bancada ficando na minha frente. - Eu sou uma ótima ajudante. Sua confiança era inabalável.

- Eu aposto que sim, você pode me falar o que mais sua mãe gosta e eu faço, que tal?. Ela virou de costas e abriu uma das gavetas, uns minutos procurando e lá estava ela colocando seu avental que cabia perfeitamente em seu corpo e tinha morangos na frente e seu nome escrito pequeno embaixo. - Então você é uma ajudante profissional?. Aponto para o avental e ela olha para ele tocando devagar.

- Sim, eu ajudava o papai em tudo. Ela sorri orgulhosa. - Mamãe não sabe muito cozinhar, mas às vezes eu ajudo ela também. Ela foi até a pia e puxou um banco lavando as mãos em seguida.

- Às vezes eu esqueço que você tem apenas 5 anos. Falo em voz alta e Amy me olha com uma das sobrancelhas arqueada. - Calma, você está me imitando?. Falo aponto pra ela que nega e desce do banquinho colocando ele no mesmo lugar. - Está passando muito tempo comigo Amity.

- Minha mãe disse o mesmo. Ela dá de ombros e eu olho para ela surpresa.

- Sua mãe fala de mim?. Eu não estava sendo nenhum pouco sutil, espero que ela não tenha percebido. - Quer ir passando manteiga no pão para eu colocar na torradeira?. Pergunto rapidamente para mudarmos de assunto.

- Claro que ela fala, minha mãe gosta de você. Ela diz fazendo meu coracao errara a batida. - Dá pra ver que você já é amiga dela, ela cozinha pra voce e te trata bem, mesmo que ela raramente se preocupe em cozinhar. Amy parecia um pouco confusa e eu presto atenção nela, ela dá a volta na bancada e pega os pães começando a passar a manteiga devagar. - Charlotte é uma mulher muito complicada. Ela diz em um tom mais sério. - É isso que minha avó vive dizendo, eu não acho que minha mãe seja complicada. Seu corpo todo paralisa e ela me olha. - Minha mãe é incrível e a gente brinca e se diverte juntas o tempo todo, mas eu acho que ela sente falta do papai, deles rirem por algo bobo que eu faça ou quando levava a gente para qualquer lugar de uma hora para outra sabe. Seu sorriso ficou ainda maior. - Eu gostava quando eu dormia com ele agarradinha quando chovia e trovejava bastante como eu dormi ontem com a mamãe. Ela volta a passar a manteiga devagar e eu olho para ela por uns segundos.

Era muito difícil perder o pai com essa idade, Amy parecia ser forte o tempo inteiro, ela parecia ser adulta e às vezes era até difícil lembrar que ela era uma criança. Ela era apenas uma criança que sofria por ter perdido um dos pais e ver sua mãe triste por isso.

Love from the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora