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Mansão Warvick • Redvers Avennell • Domínio do império Asvaldur.
Adira
O ar da noite fria carregava consigo pequenas partículas de uma eletricidade poderosa. Elas se dissipavam misteriosamente conforme o vento fazia o seu trabalho ao levar as folhas velhas que descansavam no chão da floresta para um novo destino.
A vibração estranha causou outros danos no local, e toda a orquestra noturna estagnou; seus maestros principais – Sapos, cigarras e corujas, que assiduamente entonavam em magníficas canções nas suas mais belas essências, que moldavam a ressonância sonora da região. Agora, os atentos trabalhadores da floresta encontravam-se em uma espécie de vigília.
Concentrados. Reflexivos. Silenciosos.
Para aqueles que conseguiram decodificar o livro secreto da Mãe Natureza, o silêncio era o mais terrível dos sinais. Afinal uma floresta barulhenta e uma floresta em equilíbrio já uma silenciosa e um desastre prestes a explodir sob cabeça de todos.
Adira fazia parte do grupo de pessoas que sabiam disso instintivamente. Pelos deuses, como ela sabia. Podia sentir em cada grama de seus ossos esse presságio. Era aterrorizante, para dizer o mínimo.
E mesmo ela, um membro questionável da família nobre, se preocupou com o destino de todos que ali estavam.
Aflita, ela mordiscou a unha torta e meio comida do polegar, mesmo sabendo que era uma mania desagradável.
Que, não se deve repetir na frente de ninguém. Apenas no conforto solitário.
Mas o que Adira mais poderia fazer. Para aplacar a ansiedade, que se movia em sua barriga como um dragão raivoso? Se continuasse assim, ela não teria unha alguma até o final da
noite.Isso se ela sobrevivesse até lá.
A fonte de suas preocupações havia se apresentado algumas horas mais cedo naquela noite, quando tudo parecia estar bem na opinião dela.
Mas ela estava incrivelmente enganada.
A família estava apenas passando algum tempo na sala de visitas, após o jantar farto. Todos estavam muito concentrados em suas próprias tarefas para perceber algo de errado.
Sra. Lamount carregava com maestria seus deliciosos bolos de baunilha, com creme e chá de camomila com mel para acompanhar. Abastecendo a mesa ainda intocada de lanches pós-refeição. Uma tarefa posta apenas para a governanta chefe da casa aquela hora noite. Enquanto os outros ajudantes estavam na cozinha.
Adira ainda não havia tido o privilégio de sentir o açúcar salpicar na boca quando desse a primeira mordida no bolo recheado.
Ela ainda não o tinha merecido.
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𝐀 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐚 𝐝𝐨 𝐈𝐦𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫 (Em Revisão)
Fantastik𝘋𝘶𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢, 𝘈𝘥𝘪𝘳𝘢 𝘩𝘢𝘷𝘪𝘢 𝘴𝘪𝘥𝘰 𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘦𝘥𝘰𝘳𝘢; 𝘢 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘯ç𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘦𝘳𝘢 𝘦𝘴𝘤𝘰𝘭𝘩𝘪𝘥𝘢; 𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘳𝘷𝘰; 𝘢 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘢 𝘧𝘦𝘪𝘢; 𝘢 𝘪𝘯𝘥𝘦𝘴𝘦𝘫𝘢𝘥𝘢. 𝘌𝘭𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘤𝘪𝘦𝘯...