A preparação no dia anterior me causou muito mais crises de ansiedade do que eu esperava, o
meu quarto se tornou um ateliê de pintura. O chão estava coberto com um plástico
transparente agora manchado com gotas de tintas, telas de pintura espalhadas pelo quarto
enquanto outra em branco estava bem a minha frente, passei as últimas horas pintando e
esvaindo tudo que meu coração estava sentindo
Minha primeira exposição em um museu, não era nada formal, apenas uma universitária com
talento mas... E se for um fiasco? E se as pessoas zombarem de mim? E se eu for considerada
amadora demais para me titular uma artista? O que eu vou fazer da minha vida quanto a isso?
A arte é tudo para mim, é o meu respirar, o meu caminhar e o meu falar. Estar frente a uma tela
em branco me permite marcar com a tinta palavras em forma de desenhos específicos... Às vezes
pequenos borrões unidos um ao outro e criando um emaranhado de confusão, uma linda
confusão
Enquanto meu fôlego começou a se perder, eu senti como se estivesse sendo controlada, e eu
estava, pois meus sentimentos pegaram as rédeas de minhas mãos e começaram a manipulá-las.
-Maya! -Escutei, paralisei, encarei minhas mãos pouco trêmulas e manchada com o vermelho da
tinta fresca junto a três outras cores. Me virei para a esquerda, os olhos ardendo e o nariz
possivelmente avermelhado -Para onde você foi?
Riley estava de pé, com as sobrancelhas franzidas e o semblante preocupado, eu prometi não
guardar mais segredos desde a delegacia. Ela é a minha melhor amiga e não é justo ajudarmos
aos outros e não deixar que eles nos ajudem, então como prometido eu desmoronei, ela envolveu
seus braços por meu corpo sem se importar com as tintas que poderiam sujá-la
Larguei os pincéis e a puxei para mais perto, possivelmente sujando suas costas com aquela cor
vibrante. Depois de me permitir afogar o rosto em seu pescoço e molhá-lo com minhas lágrimas
ela me afastou, me sentei na cama e respirei fundo antes de encarar seus olhos castanhos
-Maya, o que foi?
-Eu estou com medo Riley, o que.. -Hesitei com um soluço -O que eu vou fazer se der tudo
errado?
-Der errado? Maya você é incrível, não pode dar errado
-Tá, mas e se der?
-Se por algum motivo as pessoas que visitarem o museu não gostarem da sua arte, se alguém a
criticar, bom.. quero que saiba que das duzentas pessoas que visitarem o museu e dizerem não à
sua pintura, mais outras oito bilhões não tiveram a chance de ver... e talvez essas sejam as mesmas que aprovaram você na faculdade
-Por que?
-Nem todas as pessoas no mundo sabem apreciar uma boa arte Maya
-Eu estou cansada lindinha
-Vamos, deite um pouco, está tarde -Ajeitando o meu travesseiro ela me ajudou a me deitar e
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A longo prazo. o fim do acordo
ФанфикPara aqueles que passaram tempo demais esperando o amor de suas vidas, podendo finalmente juntar-se a ele e ser amado infinitamente, tornando-se aquilo que sempre quis... eterno