CHAPTER THREE

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𝐄𝐯𝐚 𝐖𝐚𝐫𝐫𝐞𝐧 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐎𝐟 𝐕𝐢𝐞𝐰

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𝐄𝐯𝐚 𝐖𝐚𝐫𝐫𝐞𝐧 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐎𝐟 𝐕𝐢𝐞𝐰

O trajeto de volta para casa, foi feito em completo silêncio. Não era nada desconfortável, apenas estava presa em meus pensamentos, e Lorraine parecia estar do mesmo jeito.

Quando finalmente chegamos em casa, subimos para o quarto e tomamos banho juntas. Trocamos algumas carícias, mas não passou daquilo.

Após o jantar, descidimos ir direto para a cama, pois estávamos cansadas demais para assistir algo na TV.

Depois de nos acomodarmos embaixo das cobertas quentinhas, levei minha mão até o abajur para desligá-lo, mas Lorraine me parou antes.

— Porque pareceu tão hesitante, quando a senhora Perron nos pediu ajuda? — Ela perguntou.

Olhei em seus olhos, e segurei sua mão.

— Eu não queria que aquilo acontecesse mais uma vez — Confessei — Não quero te colocar em perigo, querida.

Seu olhar vacilou por um momento.

— Aquilo já passou — Me lançou um sorriso pequeno — Você estará comigo, Eva. Estarei segura ao seu lado.

Suspirei alto.

— Amor, você se trancou no nosso quarto, por uma semana depois daquilo. Se fechou para o mundo, e para mim — A olhei triste — O que você viu, Lorraine? Porque ficou daquele jeito? Me diz, por favor.

— Eva, não aconteceu nada — Soltou minha mão, e se deitou virando de costas para mim.

— Lorraine...

— Apenas não, Eva — Me olhou brava, e se virou novamente.

Respirei fundo, e desliguei a luz do abajur. Deitei na cama, tentada a lhe abraçar, mas fiquei com receio de Lorraine ficar ainda mais brava.

Olhei para cima, um tanto incomodada com a falta de contato. Remexo inquieta na cama, até ela virar-se, e se agarrar a meu corpo.

— Me desculpe, eu só não quero falar sobre isso — Sussurrou para mim.

Lhe abracei mais forte, e disse que estava tudo bem.
Deixei um beijo em seu rosto, vendo um pequeno sorriso brotar em seus lábios.

(...)

Acordei pela manhã, e mais uma vez não vi Lorraine ao meu lado na cama. Levantei um pouco sonolenta, e caminhei em direção ao banheiro. Depois de devidamente vestida, caminhei pela casa indo em direção a cozinha.

Lorraine estava sentada na mesa, parecia perdida em pensamentos. Seu olhar estava vazio, e a sobrancelha levemente franzida.

Caminhei até ela, e toquei em seu ombro.

— Está tudo bem? — Perguntei preocupada.

Lorraine despertou, e me olhou sorrindo.

— Sim, está tudo bem — Garantiu — Apenas pensativa demais.

Dei de ombros, e me sentei ao seu lado. Senti seu olhar em mim, e virei meu rosto em sua direção a olhando confusa.

— Eu te amo muito, sabia? — Sorri com sua declaração espontânea.

— Eu também te amo, querida — Beijei seus lábios rapidamente — Te amo para sempre.

Vi um sorriso lindo nascer em seus lábios, e meu coração pareceu bater mais rápido ao ver tal cena.

(...)

Depois do café, seguimos estrada até a casa da família Perron. Quando estacionados o carro em frente a casa, vimos que tudo ali era lindo. A casa era grande, e as árvores em volta era um charme a mais.

Lorraine tinha seus olhos fixos em uma janela no alto. Caminhei até ela, e entrelacei nossas mãos.

— Está sentindo algo? — Perguntei a ela.

— Não, apenas pensei ter visto uma sombra — Explicou brevemente — Vamos?

Acenei com a cabeça, e caminhamos de mãos dadas até a porta da casa.

Não demorou muito, e o casal apareceu para nos receber.

— Senhoras Warren, muito obrigada por terem vindo — A mulher disse, e apertou nossas mãos.

— Prazer senhoras. Eu sou Roger — O homem se apresentou.

O casal nos convidou para entrar, e assim fizemos. Assim que passamos pela porta, vi Lorraine tensionar um pouco. Segurei em sua mão tentando passar alguma segurança, e a olhei compreensiva. O clima daquela casa era muito desconfortável.

Senhor e senhora Perron, nos levou até a sala, e lá encontramos cinco meninas.

— Essas são nossas filhas — A mulher começou às apresentações — Essa se chama Andrea, a mais velha. Também temos a Nancy, Cindy, Christine e a April — As meninas levantaram as mãos, conforme seus nomes eram falados — Pessoal, essas são Eva e Lorraine Warren.

April, a filha mais nova do casal, correu em direção a Lorraine e a chamou para dizer algo em seu ouvido. O rosto de minha esposa ficou sem expressão por breves segundos, mas ela logo disfarçou.

— Você quer brincar? — A pequena perguntou em voz alta para Lorraine, essa que sorriu para a garotinha e acenou com a cabeça, logo em seguida sendo levada corredores adentro pela pequena.

Depois de Lorraine sumir com a garotinha, eu e o casal Perron fomos andar pela casa, enquanto eles me explicavam algumas coisas estranhas que vinham acontecendo.

— Estamos dormindo todos juntos na sala, pois as meninas ficam com medo de acontecer algo — Explicou Roger.

— E tem esses relógios velhos. Eles sempre param as 03:07 da manhã — A mulher disse.

— Sem falar nesse cheiro horrível de carne podre — O homem acrescentou.

Respirei fundo ao ouvir aquilo, e olhei para os lados preocupada.

— O que aconteceu? Está tudo bem? — Senhora Perron perguntou.

— Esse cheiro horrível que estão sentindo, pode significar atividade demoníaca — Expliquei vendo suas expressões caírem.

(...)

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