CHAPTER ELEVEN

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𝐄𝐯𝐚 𝐖𝐚𝐫𝐫𝐞𝐧 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐎𝐟 𝐕𝐢𝐞𝐰

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𝐄𝐯𝐚 𝐖𝐚𝐫𝐫𝐞𝐧 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐎𝐟 𝐕𝐢𝐞𝐰

Lorraine ficou preocupada com o que aconteceu, e cuidou de mim até eu garantir que estava melhor. Depois daquilo eu só queria voltar para casa, então estávamos arrumando os materiais no carro para pegar estrada.

Drew ajudava Lorraine a guardar tudo no veículo, e aproveitei para me despedir da família Perron. Encontrei Roger no caminho, e o homem me chamou para conversar brevemente.

— Eva, o que realmente está acontecendo com a Carolyn? — Ele perguntou preocupado.

Respirei fundo e olhei para os lados sem saber o que fazer.

— Roger...— Tentei achar as palavras certas — A Carolyn está muito envolvida nesta situação, e isso está fazendo muito mal a ela.

O homem pareceu aceitar minha resposta.

— Olha, eu e minha esposa estamos indo embora agora...— Comecei — Lhe garanto que volto assim que conseguir a licença para o exorcismo. Mas, a Lorraine...

— Eva, eu entendo — O homem cortou minha fala — A Lorraine passou por muita coisa hoje — Confirmei com a cabeça — Iremos dormir no hotel da cidade. Não vamos ficar aqui em casa hoje. Pelo menos, não até tudo isso acabar.

— Faça isso — Concordei com o homem — Será melhor assim, e as meninas irão se sentir mais seguras.

(...)

Depois de chegarmos em casa, Lorraine parecia incomodada com algo. Ela estava pensativa, e mal comia sua refeição.

— Querida, está tudo bem? — Perguntei a ela, segurando sua mão por cima da mesa.

Ela despertou de seus pensamentos, e olhou para mim com um sorriso triste em seus lábios.

— Apenas...— Suspirou — Não consigo esquecer o que aconteceu no porão.

Imediatamente deixei o talher sobre a mesa, e fui até ela abraçando seu corpo, tentando lhe passar alguma segurança. Quando menos esperei ela começou a chorar, colocando seus medos e frustrações para fora.

Me partia o coração vê-la tão vulnerável.

Nada precisava ser dito naquele momento, e a única coisa que importava era a nossa compreensão silenciosa e recíproca.

Em determinado momento me vi chorando junto a ela. Eu também estava desesperada, e parecia que a agonia em meu peito crescia ainda mais ao saber que aquela família estava desprotegida.

Quando o choro cessou, o silêncio tomou conta do cômodo. Continuamos ali, abraçadas uma a outra, silenciosamente dividindo nossas emoções.

(...)

Na manhã seguinte, Lorraine e eu dirigimos até a igreja. Ao chegar no local, padre Gordon nos recebeu, e logo fomos discutir o assunto tão delicado.

Mostramos todas as gravações dos acontecimentos da noite anterior, e a cada imagem que aparecia em seu campo de visão, a expressão do padre se tornava ainda mais assustada.

— Então, padre...

— Vocês não estavam de brincadeira quando disseram que isso era sério — O padre disse, ainda chocado com as imagens.

Confirmei com a cabeça, e o homem suspirou.

— Ouça bem, senhoras Warren...— Começou — Isso se torna complicado, pois as crianças não são batizadas.

— Sim padre, eu entendo — Cocei minha cabeça.

— Sem falar na família. Eles não são membros da igreja — O homem disse.

— Padre, por favor — O olhei suplicante — Não me diz que...

— Sim, minha filha — Fechei os olhos derrotada — O Vaticano teria de aprovar.

— Padre, o senhor viu todas as fotos e vídeos — Tentei — Nunca vimos algo desse tipo. Essa família precisa de ajuda!

O homem olhou para os lados sem saber o que fazer.

— Eles não tem muito tempo, padre — Lorraine se manifestou —  Precisamos ajudá-los, e rápido.

Seus olhos se voltaram a Lorraine.

— Tudo bem. Eu irei cuidar disso pessoalmente — Garantiu.

Suspiramos em alívio.

— Muito obrigada, padre — Lorraine agradeceu o homem.

(...)

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