Capítulo Quinze

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Zayn ia falar com ele, dizer o que havia farejado por mais ínfimo que fosse, é ele ia, mas então Adam veio junto da Avó, e Karen quis entrar na casa e de repente ela parecia compadecida com o que havia acontecido, falando com o genro pela primeira vez em ano, logo...

A mulher olhava a casa quietinha, observando a decoração meticulosa e a louça brilhante exposta no vidraceiro. Zayn foi cordial, esquecendo-se do assunto, daquilo que estava querendo falar, do que sentia que era uma informação válida e necessária.

A cerimônia de luto havia tido início e a as lamparinas de cada casa tinha sido acesa para a passagem dos espíritos para o outro lado. Era o início dos primeiros quatro dias do período de aflição, e como se isso não bastasse o fim do verão foi iniciado oficialmente. Às nuvens escuras se agruparam e a noite ficou fria.

Zayn franziu o nariz pro vento gelado.

- Eu te ajudo, pai! Zayn? Ta me vendo? - Adam perguntou faceiro, indo atrás do pai enquanto Liam fechava às janelas da sala.

-...Soube que agora as torres de vigia estão bem mais guardadas, é uma solução temporária muito sutil e não vai causar tanto pânico - sua sogra quem disse, enquanto ele mesmo travava a janelinha sobre a pia escura. O vento estava ficando forte - Vocês já tem alguma ideia do que seria? - e Zayn se recordou do que falaria, mas Liam o tocou no quadril, farejando seu ombro dum jeito emotivo. O alfa parecia devastado.

Seu lobo estava amargurado, sentindo no pelo os arrepios por não ter conseguido proteger o próprio bando, a culpa era vívida e deixava um gosto amargo ao seu paladar. Zayn suspirou, queria que o marido não se sentisse dessa maneira, queria que ele mesmo não se sentisse desse jeito.

- Tudo vai ficar bem... eu sei - Karen falou, compadecida da cena que via - E sei que não é fácil, mas é preciso manter a cabeça no lugar para que não volte a acontecer... - sua voz era doce, e fez Zayn sorrir minimamente, afastando-se do toque do marido para conseguir abrir o forno pequeno. A mulher havia assado uma torta e, bom ou não, aquele seria o jantar deles.

Graças aos céus o gosto estava ótimo, mesmo que o nó presente na garganta não os permitisse aproveitar inteiramente. No fim, ela despediu-se um bocado realizada, lamentando que aquele tenha sido o cenário para a primeira confraternização que tiveram em anos. Zayn a acompanhou até a porta.

- Não é o melhor momento, sei disso, mas queria que soubesse que me agrada muito ver vocês dessa maneira... - o ômega levou um segundo antes de concordar meio contido, com a pele do rosto vermelha e os lábios róseos. - Te estimo demais, Zayn, torço pela sua felicidade acima de muita coisa, ouviu? - e ele pisca surpreso, pigarreando antes de assentir em silêncio - Eu já vou - mas, antes de se virar Karen olha de volta pra casa, observando o filho junto do neto - Eu admiro o que você está fazendo aqui, sei que não deve ser fácil... você pode falar comigo quando isso ficar pesado demais, tudo bem? Eu sou a sua família, ômega, sua dor e a minha também.

Meu ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora