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A árvore majoritária do bando havia sido iluminada com luzinhas miúdas que juntas podiam facilmente ser vista de uma longa distância; o trabalho foi demorado, mas agora vendo-a iluminada parecia recompensador e as crianças divertiam-se envolta do grande pinheiro.
— Devíamos ter uma em casa – foi a sugestão do ômega, que muito confortável se alinhava ao lado do seu alfa, que sorria, abraçando seu corpo com um dos braços — Adam gostaria, eu também – continua, enquanto acena pra uma ou outra pessoa que passava por perto deles — Sabe o que eu estive pensando?
— Não, me diz – então seus braços dessem e Zayn deixa de ser acolhido de lado para ocupar lugar na sua frente, olhando-o de baixo — O que seu cê pensou, bebê? – leva a mão pro cabelo escuro, ajeitando atrás da orelha gelada.
— Em chamar minha mãe pra cá, para um almoço, sei lá... não pensei exatamente – o olha — O que acha?
— Bom – responde — Não agradeci do jeito que devia, pode ser uma oportunidade – então uma bola de neve e Zayn se assusta, olhando pra trás e dando de cara com o sorriso arteiro do filhote.
... Na terça-feira ele assou muffins de framboesa com o que havia de novo da estufa de uma gentil senhora. Adam o ajudou mais ou menos já que parte do tempo gastou tentando convencê-lo a ir para fora, mas estava frio demais e também havia chovido, uma combinação nada agradável.
— Odeio o inverno – ele reclamou, se deitando com as costas no piso de madeira. O ômega tombou a cabeça ignorando aquilo — Não tem nada pra fazer, eu tô entediado – outra vez, e dessa Zayn só se deita ao lado dele, observando o teto que tinham — Podemos fazer alguma coisa?
— Tipo o que? Não dá pra fazer nada – suspira — Quer jogar tabuleiro?
— ...De novo?
— Não sei o que sugerir, filhote – boceja cansado, haviam acordado perto das sete e o motivo? Ninguém sabia explicar — Seu pai volta logo, daí ele inventa algo.
... Ao chegar, o Alfa tinha essa veia pulsando na têmpora, e Zayn comia com Adam, olhando a neve através da janela grande da sala e, ao nota-lo o ômega foi até onde estava, beijando sua boca superficialmente antes de subir pro quarto.
E só a tarde, quando filhote se cansou de usa-lo como distração, que Liam subiu, encontrando seu ômega deitado entre os lençóis, num sono abençoado pela lua, tão tranquilo que dava dó de atormenta-lo, então Liam não fez, se sentando na janela com o olhar distante.
Aquela porra de cheiro tava fodendo sua cabeça dum jeito indescritível, e ele tentou mesmo ignorar, saindo de casa, cheirando a natureza envolta, passando climatizadores, mas nada parecia aplacar aquele aroma fraco de talco, era fodido pra porra.
Então Liam só encurtou a distância, puxou os lençóis e farejou uma das orelhas expostas do marido, que acabou rindo do contato inesperado; Zayn arqueou as costas sem entender, puxando os braços pra mais perto ao passo que se embolava mais ao homem.
