Capítulo Vinte e Dois

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— Você e o pai não tão muito felizes, né? – Adam faz a pergunta de 7 milhões, evitando os legumes que haviam colocado no seu prato — É por minha causa? – e Zayn nega aquilo rapidamente, deixando seus talheres no prato para olhá-lo de frente — Entã...

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— Você e o pai não tão muito felizes, né? – Adam faz a pergunta de 7 milhões, evitando os legumes que haviam colocado no seu prato — É por minha causa? – e Zayn nega aquilo rapidamente, deixando seus talheres no prato para olhá-lo de frente — Então o que?

— Nada, só coisa de adulto, besteira – e o garoto não aceita aquilo tão bem, mas... — Não é coisa séria, filhote – enche a boca com cenoura refogada, engole e continua a conversa — E você, já arrumou seu quarto? Uh, então faça isso depois que terminar seu almoço – se levanta e leva o prato consigo pra pia.

O clima na casa parecia-se muito com os de um tempo atrás e isso os frustrava tanto, de ambos os lado, que era difícil fugir daquele impasse; e já haviam conversado também, se desculpando e prometendo um ao outro que já estava tudo bem... só que não estava.

E era nítido, visível demais...

— Tô subindo – e na ausência dele Zayn respira fundo, sentindo aquela vertigem que estava roubando sua paz; acontecia quando levantava muito rápido, ou comia depressa demais; e nesse ponto até pensou que talvez estivesse ficando doente.

E isso se seguiu pela semana, e até as manhãs pareciam terríveis, tomadas de náuseas descabidas e ânsias que não chegavam a lugar nenhum.

É, Zayn estava pra arrancar os cabelos, fio a fio.

— Eu acho que tô morrendo... – resmunga pra si mesmo, sozinho no banheiro do quarto — É meu fim – sua mão desce pro estômago, aonde doía, e por isso que ele grunhiu dum jeito desolado, reparando no- no...— O que? – sente o pulsar de algo, uma energia sutil e muito semelhante a dele. O ômega engole em seco, com o coração acelerado e um suor frio escorrendo pela testa — Não... você não faria isso comigo, faria ômega? – se agarra na pia, querendo e tentando se transformar, mas seu lobo não deixa, ele não pode e Zayn ri, com os lábios torcidos e o gosto salgado das lágrimas que escorriam ininterruptamente.

O ômega se olha através do reflexo e logo desce os dedos pra própria barriga, sentindo o coração batendo nos ouvidos enquanto escorria os dedos devoto sobre a própria pele. Ele tava grávido, gerando a vida do filho deles.

A constatação o fez soluçar de felicidade. Aquilo era absurdamente improvável e tão irreal que Zayn se desesperou, arregalando os olhos sem saber o que faria a partir dali...

Oi – foi a primeira coisa que disse ao filho, com a voz extremamente baixa e a íris dilatada — Sei que eu duvidei, que briguei muito com o seu pai por isso, mas... você tem que ficar comigo dessa vez – engole em seco, com a respiração entrecortada — Eu vou ser a melhor mãe pra você, juro – faz a promessa, então se olha no espelho grande, tentando ver qualquer mínima modificação que fosse — Você deve ser muito pequeno ainda, eu nem sei dizer quanto... seu pai e eu brincamos muito – franze o nariz ao divagar sobre aquilo. —... também parece que meu lobo te escondeu de nós por algum tempo.

Meu ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora