Capítulo Vinte e Três

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Foi assustador senão aterrorizante quando Zayn sentiu aquilo, aquele remexer estranho que tirou um bocadinho da sua paz

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Foi assustador senão aterrorizante quando Zayn sentiu aquilo, aquele remexer estranho que tirou um bocadinho da sua paz.

A noite havia chegado e a neve já caia, se amontoando na calha da casa onde viviam e, enquanto suas mãos se remexiam sobre a sua barriguinha compacta, o ômega partiu os lábios quase se desesperando, mas Liam entrou no quarto antes que o fizesse, cheirando o azedo no ar desde quando estava na sala.

— O que? – pergunta, então Zayn o encara com os olhos esbugalhados e a boca semiaberta — Tá sentindo dor? É isso? – sua própria respiração engata, mas o lobo dentro de si obtém o controle rapidamente.

— Não sei – é a sua resposta amolecida e Liam só junta as mãos com as suas, sobre a barriga, massageando seu meio com os olhos atentos até é claro, sentir o solavanco contra sua palma; o movimento preguiçoso fez seus dedos formigarem — Viu? – pergunta, empalidecendo de medo.

Amor... – seu nariz enruga pra comportar o sorriso de canto a canto, seus olhos brilham e Zayn não entende — É o nosso filho, ele só tá movendo dentro de você – e o ômega nega inseguro, olhando pra baixo e de volta pro alfa — É só ele, ele só tá nos dizendo oi – ri um pouquinho, arrastando a sua camisa que o ômega usava toda pra cima, pra conseguir beijar do jeito que tinha vontade, e Zayn suspira tentando focar toda a sua atenção naquilo, no movimento singelo dentro de si.

— Você tem certeza? – pergunta com receio ao mesmo tempo que toda a sua atenção foca no movimento — E se ele se moveu porquê há algo de errado?

— Não há nada errado, bebê – beija seu umbigo, ainda sorrindo — Tá tudo certo.


🐺
A notícia se espalhou como o vento e de repente o bando inteiro colapsou com a novidade surpreendente, sentiam a alegria constante vinda deles é óbvio, mas associaram a mil outras coisas e nunca a um bebê, um filhote, o filhote deles.

Foi uma completa loucura, desde o início quando tornaram a novidade pública até o mês seguinte aquele quando se tornou comum que sua porta fosse abarrotada com muitos suprimentos.

Zayn tinha que admitir, estava bem envergonhado, sempre com as bochechas vermelhas e os ombros encolhidos toda vez que o entregavam uma roupinha tricotada ou uma pelúcia feita a mão; seu bando era gentil, solícito e isso era muito. O orgulho que sentiam era muito...

Ele recebeu doces e afagos e cadeiras surgiam toda vez que o viam caminhando com Adam ao redor da casa; era notável a preocupação, o olhar receoso quando se agachava ou a perturbação evidente ao vê-lo enjoar.

Todos estavam a flor da pele, o que era totalmente explicável e compreensível.

E se Zayn pudesse dizer, pareciam cãezinhos fofos abanando o rabo.

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