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Quando Victor passou pela porta, indo de volta para casa onde ainda estava hospedado... Zayn esperou por um surto, se imaginando naquela mesma situação, se lembrando de como se sentiu antes e, ao olhar seu alfa tudo o que viu foi um par de olhos cheios, lágrimas gordas que evidenciavam o total desespero, alívio, e uma felicidade genuína.
Liam o trouxe para si, rápido e com tanta força que seus peitos se chocaram e o ar falhou no caminho. Seu alfa o manteve próximo pelas bochechas, então farejou sua garganta, lambendo sofregamente a pele já não mais tão machucada, sugando o gosto cítrico, provando e sentido, como se fosse questão de vida, para ter a certeza de que seu ômega estava mesmo ali, e ele estava e isso fez o Alfa soluçar.
— ...L-Liam – Zayn chamou igualmente desesperado, sem entender coisa alguma... com a voz presa ao ter a sua boca violada dum jeito explicativo, eo lobo dentro de si choramingou, mostrando que queria, o quanto precisava e foi saciado pelos lábios quentes, as mãos lascivas e o cheiro forte de sândalo. Liam o puxou para mais perto, caindo no sofá e trazendo o ômega pra cima de si, com uma rapidez irreal — A-Alfa-
— Você- – e fosse o que fosse foi esquecido porquê... Liam o olhou, enxergando a confusão na íris amarelada — Você não sabe como eu temi pela sua vida, ômega– explica com pesar, tentando demonstrar com palavras o que confrangia seu peito dum jeito inexplicável — Zayn, eu te amo – O ômega concordou, pertinho dele, sabia e acreditava naquilo — Você é meu? Eu não te sinto, bebê – funga, e o ômega confirma aquilo depressa, balançando a cabeça e o segurando pelos ombros largos. Zayn se ajeitou no colo do marido e deslizou os dedos pra sua nuca, o segurando pelos cabelos que haviam lá — Eu-
— Sou seu, sempre! Tudo de mim é seu – garante, ficando perturbado, com a pele fria do medo de que Liam não acreditasse nele — Eu te amo – corresponde aquilo que foi dito antes — Sei que não cheiro como seu, mas eu sou – e é a sua vez de soluçar, com a voz embargada e o nariz vermelho só na ponta — Eu juro, amor – e a promessa treme na sua boca recém-beijada — O filhote morreria, eu só- eu só cuidei dele – se justifica e Liam nega aquela resposta.
— Eu sei, eu sei – o entende, ficando nervoso ao passo que seu ômega se apavora — A mãe dele tava morta e o seu lobo fez o que devia – a obviedade ainda não parece aplacar o instinto primal do seu lobo, o sentimento de inveja, de despedaço — ... sei disso, amor, sei disso – engole duramente, então Zayn segura seu rosto com zelo — Tô feliz que a filhote tá viva, e que você esteja aqui, pra mim é o que importa – o traz mais pra si pela cintura pequena, a pele quente sob seus dedos calejados — Eu faço tudo por você...
— É só até ela ficar saudável – garante, acreditando naquilo porquê precisava — A gente disse que ajudaria eles... aquela mulher – o nó surge na sua garganta seca — Ela não devia tá no meio disso, Liam – engole, se ressentindo — É nossa responsabilidade, é o mínimo que podemos fazer... – e Liam esfrega seu rosto com os dedos, o trazendo pra si e beijando sua boca por um grande segundo.
