Capítulo Um

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🐺Fora um início de vida miserável, há de se falar

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Fora um início de vida miserável, há de se falar. Zayn soubera disso no momento em que a sua matilha deu-lhe de presente ao alfa que amava; um homem bom e respeitável, plenamente compatível consigo e, que Zayn amou por toda a sua adolescência idiota. Fora, um início miserável, como antes dito, porquê Liam Payne, ao contrário dele, não o amara de volta.

O homem o respeitou, sim, mais que tudo, ele também o aceitou como esposo porquê devia, e o fodeu porquê precisava, mas não o amou, e isso ficou mais do que óbvio quando (só depois que Zayn já carregava a sua marca) descobriu que seu marido tinha feito um filho na mulher que realmente amava.

Foi aí, nesse ponto, que o ômega entendeu que seu devaneio adolescente era apenas isso, um devaneio, e que aquela consumação não se passava de um pragmatismo formal entre matilhas.

Ele era o único filho ômega do alfa e, Liam, o novo no comando da fronte vizinha; o bando de ambos necessitava da união pois o inverno chegaria e com isso as fronteiras se tornariam frágeis perante as outras matilhas rivais; o trato tinha de ser feito imediatamente e a conjunção carnal dos dois foi um meio para aquele fim.

A idealização romantizada em sua própria cabeça impediu que ele visse a realidade crua do que aquilo se tratava. Zayn sonhou e sonhou para caralho!

Mas, ligações não forçavam sentimentos românticos, compatibilidade não era nada... e como se isso não fosse suficiente, agora, o vínculo deles estava manchado. Um filho de outra...

...
Hanna mostrou-se uma puta de uma escrota. A mulher sorria feito uma cobra ardilosa e Zayn viu a maldade, ele sabia como ela sentia-se superior ao passo que sua barriga se esticava para comportar aquela vida.

E, para piorar, o alfa a acompanhou em todas as consultas; ele também a ajudou quando fora requisitado. Zayn sabia disso, eles estavam ligados pela eternidade.

O ômega também sabia que ele nunca a tocou, por mais que Hanna fizesse questão de dar a entender que sim, não aconteceu.

Liam era um líder benevolente e, amado, logo, o tratamento que recebia também fora estendido a ela. Quando o filhote nasceu, Zayn estava dormindo. Ele acordou com o pulsar energético de alegria. Liam estava radiante, feliz de um jeito inexplicável...

Àquela noite, Zayn chorou por puro egoísmo, sentia-se a pior das pessoas quando percebeu que escondido dentro de si havia um sentimento cruel de inveja, o ômega desejou, unicamente, mas, desejou, que aquela criança não tivesse nascido com vida.

E sabia que o marido também podia sentir aquilo através do vínculo...

...
A relação que nunca tiveram tornou-se apenas cordial. Não se amavam, obviamente, e só o respeito existia; a lealdade era mantida em decorrência dos resultados que aquela união trouxera para a matilha de cada um, mas era só isso. O sexo que faziam era puramente automático. Liam afundava o pau em si quando precisava, a cada fim de mês quando a lua enchia e o ciclo de calor dos dois os entorpecia. Quando a ligação os juntava através da vontade dos lobos que viviam em si. Foram anos disso, anos de atos que não resultaram em criança nenhuma. Para Hanna, Zayn era uma piada, um fracasso.

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