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Catarina Alvarez (dois dias depois)

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Catarina Alvarez
(dois dias depois)

— Eu tô nervosa — Batuquei os dedos na mesa encarando o celular, pronto para ligar.

— Fica tranquila, ela não vai te matar — Raquel apoia a mão no meu ombro e eu a olho, ainda ansiosa.

Isso é oque eu espero, hoje era o dia de contar para minha mãe que eu estava grávida e eu estava maluca porque não sabia como fazer isso.

Minha mãe morava em Florianópolis, e o único jeito de contar era assim quando saí de casa e vim direto para São Paulo para poder focar na faculdade de moda.

Ela não queria, mais sempre me apoiou em tudo, tudo mesmo.

Respiro fundo e clico o botão de ligar, chamada de vídeo e aperto o celular forte na minha mão.

— Oi Catarina! Minha filha que saudade — A mulher mais velha aparece na tela, com seus óculos e seus cabelos loiros ralos.

— Oi mãe, saudade também, humm... eu tenho uma notícia para a senhora — Falo baixo colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha que insistia em ficar na frente do rosto.

— Lá vem, fala logo minha filha você sabe que sua mãe é curiosa — Ela ergue as sobrancelhas e eu respiro fundo antes de soltar.

—  Estou grávida, Dilsa — A mulher se levanta da cadeira onde estava sentada com a mão na boca, como se não estivesse acreditando no que tinha acabado de falar.

— Eu vou ser vó, mas Catarina, sabe quem é o pai? — Coçou o cabelo parecendo um tanto nervosa esperando a resposta.

— Sim mãe, inclusive ele teve uma ótima reação, bem melhor do que eu esperava — Dei um pequeno sorriso para a mesma enquanto concorda com a cabeça.

— Quero conhecer esse moço viu e o quanto antes vou te visitar mocinha — Balançou a cabeça apontando o dedo para a câmera.

Fiquei feliz da reação da minha mãe, achei que ia surtar e dizer que sou uma irresponsável mesmo que sempre me apoia, esperei um sermão, mais foi o ao contrário ela está com um sorriso grande no rosto.

— Eu vou ser vó, não tô acreditando! — Dou uma risada e Raquel volta do banheiro, se metendo na frente do celular e acenando para minha mãe e ela retribui.

— Tia Dilsa você já viu o pai da criança? — Raquel perguntou com um sorriso sacana erguendo as sobrancelhas.

— Ainda não Raquel, mais logo estou aí para ver — Raquel deu risada e colocou a mão no meu ombro agarrando o aparelho da minha mão.

Tudo o que não planejamos - Joaco Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora