Tudo o que não planejamos - Joaco Piquerez

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Catarina Alvarez
(Alguns dias depois)

— Bora Catarina, vai ser legal — Minha amiga continuava insistindo para que eu fosse na festa que teria aqui, tipo um festival.

— Não posso, estou grávida Raquel!! — Dei uma mordida no sanduíche enquanto a morena rolava os olhos.

— Está grávida e não morta, bora talvez o uruguaio vai estar lá — Cutucou minha cintura dando um sorriso sacana.

Depois de passar aquelas semanas com a família dele, logo voltei para casa e nesses últimos dias quem tem me fazendo companhia era Raquel. Mais o mesmo não deixava de mandar mensagem perguntando se eu estava bem, sobre a alimentação, e algumas consultas que não conseguia ir.

— Tá, eu vou — A morena abre um sorriso e em seguida pula da cama e vai direto para o guarda-roupa — Mais não é por causa dele!! —

— Menti que eu finjo que acredito, fala sério Catarina — Joga algumas roupas na cama e me olha como se eu estivesse mentindo.

— Talvez eu queira ver ele... só um pouquinho — Fiz um gesto com a mão juntando a ponta dos dedos, e levantei da cama apoiando a mão na barriga como de costume.

A barriguinha tava crescendo tão rapidinho, como se fosse uma massa de pão. Na nossa última consulta eu havia perguntado para nossa doutora quando que podíamos ver o sexo do bebê, ele estava com as pernas cruzadas e ela não conseguia ver.

Ela disse que talvez na próxima ela iria ver melhor e tentar, e perguntou se eu iria querer fazer chá revelação foi quando lembrei que não tinha falado sobre isso com o pai do bebê.

— Veste esse vestido, vai ficar uma mamãe linda — Estendeu a peça para mim e eu analisei antes de ir para o banheiro se trocar.

Tirei a roupa e logo me olhei no espelho, meu corpo já tinha algumas mudanças e nem estava com um barrigão, algumas celulites apareceram em minhas coxas e meu rosto redondo era notável.

— Vamos Catarina, vamos se atrasar mulher! — Gritou e logo vesti a roupa saindo do meus pensamentos ruins.

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Eu tomava uma cerveja que Raphael tinha me dado, enquanto olhava ao redor vendo as luzes, as pessoas dançando, bebendo e beijando na boca.

— Gringo, a mãe de seu filho a loira está aqui — Zé vem até mim, passando o braço em meus ombros e falando auto em meu ouvido, por conta da música alta.

Passo os olhos pela multidão, tentando achar a grávida bonita. Quando já estou desistindo acho ela no meio de todas aquelas pessoas, um copo de água na mão e o vestido preto grudado no corpo com uma jaqueta de couro. Se olhasse bem dava para ver o volume na barriga.

Dou um tapa nas costas de meu amigo e acenei para meus amigos, pronto para ir até Catarina.

Dou a volta na grade e acabo chamando a atenção de alguns fãs ali, pedem para tirar foto e alguns até autógrafos. Consigo chegar atrás da mulher de fios loiros.

Vou até ela e consigo sentir o perfume de baunilha, chego por trás e passo os braços pela cintura e deslizo até na barriga, ela leva um susto e olha por cima dos ombros dando um sorriso.

— Te ves muy linda, rubia — Sussurei em seu ouvido e consigo sentir o arrepio em seu corpo me fazendo soltar um riso, e enterro meu rosto em seu pescoço.

— Como está uruguaio? — Virou o corpo para mim, me encarou e ficou nas pontas dos pés para dar um selar na minha boca.

— Mejor ahora — Meus dedo vão para sua boca e acaricia ali, de um lado para o outro e então tomo a iniciativa.

Toquei meus lábios sobre os dela de uma forma delicada, com gosto. Nossas línguas em sincronia e devagar, sem pressa nenhuma apenas curtindo o momento.

— Espera, estão olhando Joaco — Ela interrompe e coloca as mãos em meu peitoral como uma tentativa de se separar.

— No me importa, caralho — Agarrei a nuca com força e ataquei os lábios com gosto de cereja novamente, não ligando para os comentários atrás de nós.

Minhas mãos passeiam pela cintura, apertam ali e vão até a bunda empinada voltando novamente para a cintura.

— Adoro esse cantor!! — Deu um selinho em meus lábios antes de virar novamente para o palco, e cantar animada enquanto deixo minha mão em sua barriga.

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STORYS DE CATARINA: