Capítulo XXIV: Atos

720 51 98
                                    

Todas as nossas horas chegaram

Aqui mas agora elas se foram

As estações não temem o ceifador

Nem o vento, o sol ou a chuva... nós podemos ser como eles são

Vamos lá baby... não tema o ceifador

Baby segure minha mão... não tema o ceifador

Nós poderemos voar... não tema o ceifador

Baby eu sou seu homem...

La, la, la, la, la
La, la, la, la, la

O Dia dos Namorados terminou

Aqui mas agora eles se foram

Romeu e Julieta

Estão juntos na eternidade... Romeu e Julieta

40,000 homens e mulheres todos os dias... Como Romeu e Julieta

40,000 homens e mulheres todos os dias... Redefina felicidade

Outros 40,000 vindo todos os dias... Nós podemos ser como eles são

Vamos lá baby... não tema o ceifador

Baby segure minha mão... não tema o ceifador

Nós poderemos voar... não tema o ceifador

Baby eu sou seu homem...

La, la, la, la, la
La, la, la, la, la

- x - x - x - x -

Capítulo XXIV

"Atos"

O vasto oceano. Céu azul, poucas nuvens. No horizonte, nenhum sinal de terra, apenas água, para todos os lados. O aspecto anil desta combinava e ao mesmo tempo contrastava com o firmamento.

Em meio a tal paisagem vazia, imensa, um ponto surgiu acima do mar, sobrevoando-o. Preto, veloz. Aos poucos se aproximou, revelando se tratar de uma aeronave, mais precisamente um helicóptero. Silencioso, seu maquinário quase não gerava sons. A discrição do transporte fazia jus a seu dono...

Cortando os céus, deslocou-se por mais alguns quilômetros na direção de uma pequena formação de terra que em dado instante desenhou-se adiante. Uma ilha, apresentando tons verde escuros proporcionados pela vegetação tropical que a cobria. O helicóptero reduziu sua velocidade e sua altitude, preparando-se para pousar. O piloto, hábil, manobrou por cima das copas das palmeiras até visualizar um singelo heliporto encravado em meio à selva. Nele, próximo ao "H" gravado em seu centro, um homem moreno e magro, usando camiseta, calças e sapatos brancos que remetiam à indumentária de um médico ou um enfermeiro, já aguardava a chegada dos visitantes. Tinha uma prancheta numa de suas mãos.

A aeronave tornou a manobrar, pousando sem contratempos. O rapaz no solo cobriu instintivamente o rosto com os braços para proteger-se do vento gerado pelas hélices ainda girando, porém este logo se extinguiu. Simultaneamente, uma das portas do transporte foi aberta, permitindo que seus incógnitos ocupantes o deixassem...

O primeiro pé a ser colocado para fora calçava uma bota negra. Depois veio outro, e com os dois, o corpo pálido de uma mulher de longos cabelos pretos, roupas na mesma cor, braços cruzados e cabeça erguida numa expressão gélida. Atrás dela surgiu um homem de curtos cabelos castanhos, óculos escuros, sobretudo marrom e calças pretas... trazendo uma garota loira de aspecto sujo e malcuidado, mãos atadas, roupas de frio rasgadas, portando manchas de sangue e lodo. Os cabelos se encontravam totalmente desgrenhados e seu organismo exalava cansaço. Mantinha a cabeça baixa, olhos ocultos por uma espécie de tampão, e era possível distinguir um ferimento num de seus ombros, já estancado e coberto pelas tiras de um improvisado curativo.

Death Note: RessurreiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora