Capítulo 15

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04 de maio — 07:56
Sábado

     Ainda está difícil pensar que eu estava grávida e acabei perdendo o bebê, jamais imaginei que isso poderia acontecer comigo mas aconteceu, me sinto culpada por não saber, por brigar com a Débora ao ponto de sofrer um aborto espontâneo, e isso...

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     Ainda está difícil pensar que eu estava grávida e acabei perdendo o bebê, jamais imaginei que isso poderia acontecer comigo mas aconteceu, me sinto culpada por não saber, por brigar com a Débora ao ponto de sofrer um aborto espontâneo, e isso não envolve só a mim, tem o João Victor também.

    Sei que ele está tentando fingir estar forte do meu lado mas eu ouvi o choro dele ontem quando nossos pais chegaram, me machucou sentir sua angústia e saber que em partes a culpa é minha. Não consegui dormir direito essa noite, ainda estou tendo algumas cólicas, minha mãe ficou comigo mas admito que queria que Victor estivesse aqui também, queria ver como ele estava.

— Seu cabelo está macio. — Minha mãe falou penteando o mesmo, acabei de tomar banho.

— São os produtos que eu comprei, que a Tiff indicou. — Mexi em minhas unhas. — Mãe.

— Oi, meu amor.

— A senhora acha que tudo isso vai passar rápido? Foi tanta coisa seguida da outra, estou tão perdida...cansada. — Confessei segurando o choro. Não quero chorar de novo.

— O tempo é o melhor remédio, filha, dê tempo a ele. Não adianta querermos que tudo passe rápido se não vamos superar o que precisar ser superado. Tudo vai entrar no eixo novamente, vocês vão ficar bem, você vai achar um novo emprego, não se preocupa. Agora é o momento de descanso, de se fortalecer, o restante Deus proverá.

— Obrigada por estar aqui, mãe. — Senti seus braços ao redor do meu corpo e um beijo em minha cabeça.

— A mamãe vai estar sempre aqui, filha.

    Quando minha mãe terminou de finalizar meu cabelo, batidas na porta nos chamaram a atenção, olhamos na direção e a mesma se abriu, sorri fraco vendo João Victor entrar. Ele parecia cansado, estava com algumas olheiras mas ainda me deixava agitada. Não queria admitir assim, nesse momento mas esse preto safado me fez sentir algo por ele, diria até mesmo estar apaixonada.

— Bom dia, mulheres bonitas. — Ele fechou a porta atrás dele, se aproximou beijando a cabeça da minha mãe e me abraçou, deixando um selinho em meus lábios.

— Bom dia.

— Bom dia, querido. Como você está? — Minha mãe perguntou deixando a escova na bolsa.

— Indo. — Sorriu ladino se sentando ao meu lado na maca. — Como vocês dormiram?

— Mal. — Deitei em seu peito, sentindo um carinho em minhas costas.

— Zaza acordou muitas vezes durante a noite. — Minha mãe sorriu fraco. — Você já comeu? Essa menina não comeu nada. — Me entregou. Fiz uma careta.

— Eu comi alguma coisa, mas é bom saber que essa branquela abusada não está comendo. — Ele me deu um peteleco fraco. Devolvi o olhando. — Se não comer não vai receber isso. — Balançou um papel nas mãos. Peguei o mesmo lendo.

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