Zahara saiu de um noivado arruinado por uma traição, focada em seu trabalho como professora não imaginava que um vizinho novo faria sua vida, agora calma, voltar a ser agitada.
João Victor retornou para sua cidade natal depois de cinco anos, com a...
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Entrei na loja dos meninos vendo uma quantidade boa de pessoas, procurei com os olhos os meninos e Nado estava no caixa, atendendo um casal. Me aproximei atraindo sua atenção e meu melhor amigo sorriu, agradecendo aos dois que foram embora.
— Que surpresa, aconteceu alguma coisa? — Ele deu a volta no balcão me abraçando.
— Não, estava passando por aqui e resolvi ver vocês. — Me debrucei na bancada, passando os olhos pela loja novamente. — Cadê o Victor? Está cheio hoje.
— Subiu para buscar alguns tênis no estoque. Estamos pirando com essa loja, Zaza, eu imaginei que no começo seria um fluxo pequeno então nem pensamos em contratar ninguém, até porquê o dinheiro não estava permitindo isso mas agora não estamos dando conta.
— Eu posso ajudar vocês, conheço algumas pessoas que estão disponíveis. — Dei espaço para uma menina, Renato atendeu ela e voltou a conversar comigo.
— Na verdade, a gente estava pensando em chamar o Zayn. O que acha?
— Olha, meus pais estão quase contratando alguém para a lanchonete e o Zayn queria algo diferente mesmo, se conversarem direitinho com meus pais acho que liberam o coitado, ele de fato vai querer trabalhar com vocês, isso eu tenho certeza.
— Que bom. A minha parte é outra, Zaza, gosto de administrar e não de ficar no caixa. — Choramingou. Eu ri, me assustando com uma mão forte na minha cintura e um beijo em meu pescoço. — Começou, eu juro que não entendo como vocês ainda não estão namorando de verdade. — Meu melhor amigo revirou os olhos voltando a trabalhar, eu ri me virando para o João Victor.
— Veio para ajudar ou sentiu saudades? — Ele perguntou me olhando.
— Nem um e nem outro. — Brinquei abraçando seu corpo. — Estava passando por aqui e resolvi ver vocês. Tenho horário marcado no salão uma da tarde, vou almoçar no restaurante aqui do lado mesmo e ir direto.
— Hum, vai fazer o que no cabelo?
— hidratação e cortar as pontas secas, está precisando. — Dei de ombros. — Não vou tirar o tempo de vocês já que estou vendo a loja encher cada vez mais. Vocês vão estar lá sete horas, não vão?
— Claro, já viu eu perder uma farra? — Renato falou óbvio, nos fazendo rir. — Já até separei a minha roupa para não me atrasar, já separa meu lugar se chegarem primero.
— Pode deixar. Agora eu vou indo nessa, bom trabalho para vocês. — Me estiquei beijando a bochecha do Renato, João Victor me puxou deixando um beijo rápido em meus lábios, eu ri ouvindo as provocações do Renato. — Tchau.
— Tchau, branquela.
Sorri mandando um beijo para os dois e saí da loja, entrei no restaurante sentindo o cheirinho gostoso de comida e me sentei. Tenho pouco tempo para comer até dar a hora do salão, hoje é meu dia de princesa, eu mereço.
