Capítulo 4

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08 de março — 15:00
Sexta-feira.

   Abracei minha mãe por trás, apoiando meu queixo em seu ombro

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Abracei minha mãe por trás, apoiando meu queixo em seu ombro. Vim almoçar aqui hoje e estou até agora, já cochilei no sofá e tudo.

— Não tenho dinheiro. — Eu ri beijando a cabeça dela.

— Não quero dinheiro, coroa. Estou indo para casa, tenho umas coisas para resolver e amanhã tenho uma festa para ir.

— Festa? De algum amigo da escola ou faculdade? — Neguei.

— É aniversário da dona Cida, avó da melhor amiga do Nado. Conheci ela na quarta e me convidou, disse que se não fosse ela iria me buscar. — Sorri lembrando da dona Cida, ela bateu lá em casa ontem voltando do mercado para me lembrar de ir.

— Ah sim, ela é um amor de pessoa. Conversamos umas duas vezes quando o Renato estava com ela.

— É sim. Enfim, vou indo nessa, preciso estudar umas coisas para a loja. Viu as fotos no Instagram da loja?

— Vi, meu filho. Ficou lindo igual seu pai. — Sorriu ajeitando minha blusa. — Só assim para eu ter uma foto sua sem ser na academia. — Eu ri a abraçando apertado.

— Vai revelar e pôr na sala? — Ela me olhou óbvia.

— Tem dúvidas? Toda vez que chegar visita vai ver o filho lindo que eu tenho. — Beijou meu rosto. — Leva um pedaço do pavê. — Falou já pegando um pote no armário.

— Tem muito, mãe. — Arregalei os olhos ao ver ela pôr metade do que sobrou do almoço.

— Tem nada, menino. Seu pai não está podendo comer muito doce, se ficar aí ele vai comer tudo. – Fechou o pote e me entregou. — Qualquer coisa divide com seu primo ou com alguém que conheça, vizinhos, não sei.

— Tá bom, dona Paloma. Vou lá, fica com Deus e da um beijo no pai por mim. — A abracei apertado. — Eu te amo, coroa.

— Eu também te amo, meu filho, vai com Deus. — Sorriu beijando meu rosto. — Quando chegar em casa me avisa.

— Aviso sim, tchau.

Mandei um beijo para a mesma e saí de casa, entrei no carro dirigindo até a minha, ao chegar lá desci para abrir o portão e vi a estressadinha sair de casa com uma sacola daquelas de mercado nas mãos.

Sendo franco, desde a tarde de quarta que essa branquela não sai da minha cabeça, ontem não a vi mas escutei sua voz falando com o irmão, provavelmente estavam pelo quintal dela. Zahara estava com o cabelo preso em uma trança lateral, dessa vez sem a touca de cetim.

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