Capítulo 11

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8 de abril — 19:19
Segunda-feira

    Estendi o pano na mesa e pus os pratos encima, sou bom de arrumar a mesa não mas vou deixar bonitinha, né, tenho que deixar apresentável para receber a branquela atrevida

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    Estendi o pano na mesa e pus os pratos encima, sou bom de arrumar a mesa não mas vou deixar bonitinha, né, tenho que deixar apresentável para receber a branquela atrevida. Fiz um macarrão à bolonhesa gostosinho, um vinho para acompanhar, de sobremesa tem o pavê que pedi para minha mãe fazer e é isso. Sei que tem alguma coisa de errado com a Zahara, então o que eu puder fazer para animar ela eu vou.

     Olhei as horas em meu celular e tinha uma mensagem da Zahara avisando que já estava vindo, voltei minha atenção para a panela do macarrão e desliguei na mesma hora que ouvi a branquela tocar a campainha.

— Estou indo. — Gritei procurando pela chave, quando achei, corri até a porta a abrindo. — Uau. — Murmurei vendo o quão gata a branquela está. Zahara colocou um vestido preto de alças finas e colado ao corpo, no pé ela estava com o que parecia um chinelo brilhoso só que não detalhado. — Quem é essa gata no meu portão? — Desci a escadinha ouvindo a risada da branquela.

— Seu bobo. — Ela sorriu me olhando com um sorriso divertido. — Meu presente de aniversário é ver você vestido apenas com um avental e bermuda? Visão tentadora. — Zahara mordeu o lábio me deixando maluco. Neguei a puxando pela cintura, deixando um beijo em seu pescoço.

— E você pode desfrutar do presente. — Debochei ouvindo sua risada. — Vamos entrar, Dona Vera já está olhando com as amigas fofoqueiras dela. — Olhei para o outro lado da rua vendo a mulher com mais duas, as três sentadas em cadeiras de plástico colorido com suas cervejas nas mãos e falando da vida alheia.

— Só isso que elas sabem fazer. — A branquela negou segurando minha mão, a trouxe para dentro de casa fechando a porta atrás de nós. — Primeira vez que eu entro nessa casa. — Ela disse olhando ao redor. — Hum, tudo arrumadinho, até que você tem jeito. — Perturbou me fazendo rir.

— Eu já disse que sou um preto gostoso com muitas qualidades, uma delas é saber arrumar a casa. — Pisquei para a mesma enquanto fazia reverência. Zahara negou prendendo um sorriso — E tem mais, eu sei cozinhar bem para uma branquela aniversariante aí. — Dei de ombros tirando o avental, os olhos de Zahara vieram para meu corpo e eu sorri coçando a barba. — Pode olhar mais se quiser, eu deixo até você tocar.

— O que você fez para jantarmos, ein? — Zahara mudou de assunto me arrancando uma risada. Apontei com a cabeça para a cozinha, toquei em seus ombros fazendo a mesma andar até o cômodo.

— Vê se estou aprovado. Para o jantar de hoje temos macarrão à bolonhesa acompanhado de um vinho, não me pergunte a marca porque eu não entendo nada disso mas o atendente disse que combinava, e de sobremesa tem o pavê da dona Paloma, pedi para ela fazer especialmente para o dia de hoje. 

— Hum, estou me sentindo chique demais hoje. — Zahara se esticou vendo o macarrão. — Está com uma cara ótima. 

— Está ótimo. — Falei óbvio. — Quer seu presente primeiro ou jantar?

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