Capítulo 4

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Com a mente turva pela dor e a agonia, forcei-me a retornar à lucidez. "Levanta, seu imbecil", murmurei comigo mesmo, um breve desespero tomando conta de mim antes de reunir as últimas reservas de força e erguer-me do chão úmido do banheiro. Corri para fora em um ímpeto desesperado, determinado a alcançá-la antes que fosse tarde demais.

No corredor, avistei Dalila correndo em direção à sala de estar, que servia como o caminho para a porta de saída. Ela olhou para trás e gritou de desespero, um som que reverberou em meus ouvidos, mas consegui me conter para não gritar de volta. Acelerei meus passos e a alcancei, agarrando-a pelos cabelos molhados com brutalidade.

"ME SOLTA!", ela gritou, debatendo-se em minhas mãos. Sem hesitar, a arremessei com força ao chão, cego de raiva.

"Você realmente pensou que seria fácil fugir de mim?", rosnei entre dentes, avançando vagarosamente em sua direção enquanto ela se arrastava para trás, as lágrimas escorrendo por seu rosto. O gosto metálico do sangue na minha boca era uma lembrança constante da selvageria do momento.

"Eu vou te mostrar o que acontece quando você tenta me enganar, Lila", rosnei, fixando meu olhar no dela, sentindo a excitação crescer dentro de mim diante do desespero estampado em seu rosto.

"Não..." ela súplica, tentando se levantar e fugir, mas eu a alcanço rapidamente, agarrando seus cabelos com força. Sem hesitar, pressiono sua cabeça contra a parede com violência, o impacto fazendo com que o sangue jorre imediatamente do seu nariz. Ela solta um gemido de dor e coloca as mãos sobre o rosto, tentando conter o sangramento.

"QUAL É O SEU PROBLEMA?", ela grita comigo, a voz embargada pela dor e pela indignação.

Eu a aproximo de mim, sussurrando ameaçadoramente em seu ouvido: "Se você gritar mais uma vez, eu arranco a sua língua." A proximidade de nossos corpos é carregada de tensão e hostilidade, enquanto eu mantenho um controle cruel sobre ela, determinado a mostrar-lhe as consequências de suas ações.

Com um misto de fúria e desespero, arrasto Dalila de volta para o nosso quarto, lançando-a com violência sobre a cama que outrora era imaculada, agora manchada pelo seu maldito sangue. Subo na cama, dominando-a com minha presença, enquanto arranco com brutalidade a toalha que a cobria, deixando-a nua diante dos meus olhos furiosos.

"O que você... Jeon...", ela me encara com horror, as palavras morrendo em sua garganta.

"Você não...", ela gagueja, mas suas tentativas de protesto são em vão diante da minha fúria. Segurando seus pulsos com uma mão, prendo-os acima de sua cabeça, enquanto a outra se apossa de um de seus seios, apertando com força.

"JEON!", ela grita, lutando debaixo de mim.

"EU MANDEI VOCÊ SE CALAR!", grito, perdendo toda a paciência. Solto brevemente seus pulsos para rasgar minha camiseta em tiras e amordaçá-la, sufocando seus protestos. Mesmo assim, suas mãos tentam me afastar, então, sem hesitar, pego meu cinto e seguro suas mãos com ele, impedindo qualquer tentativa de resistência.

Desabotoo minhas calças, baixando-as o suficiente para liberar meu membro endurecido. Sem hesitar, avanço sobre ela, penetrando-a com força, seu grito sufocado pela mordaça e seus olhos marejados revelando a intensa dor que ela está sentindo.

"Não me olhe assim, Lila...", suspiro enquanto me movo dentro dela, a sensação de seu corpo envolvendo o meu me deixando em êxtase. "Você pediu... ah..." meus lábios buscam seu pescoço, enquanto minha mão a sufoca levemente, aumentando o ritmo dos meus movimentos. Apesar da agonia que vejo refletida em seus olhos, não consigo desviar o olhar deles.

"Eu não sei como, mas você continua tão apertadinha...", murmuro, cada palavra carregada de desejo e crueldade, enquanto continuo a possuí-la sem piedade, perdendo-me na sensação avassaladora de domínio e poder.

Aumento meus movimentos dentro dela, cada investida sendo mais intensa e vigorosa do que a anterior. Sinto seu corpo se contorcer sob o meu, sua respiração ofegante e entrecortada pelos gemidos abafados pela mordaça.

A sensação do calor e da umidade do seu interior me envolvendo me leva à beira do prazer. Com um último impulso, entro em um frenesi de movimentos, entregando-me completamente à voracidade do momento. Cada investida é como uma descarga elétrica percorrendo meu corpo, até que finalmente alcanço o ápice do prazer, liberando-me em um orgasmo avassalador.

Um gemido gutural escapa dos meus lábios enquanto gozo dentro dela, entregando-me ao prazer que se espalha por todo o meu ser. É um momento de êxtase e possessão, onde toda a dor, raiva e desejo se fundem em uma explosão de sensações indescritíveis.

Após alcançar o clímax do prazer, descanso sobre o corpo de Dalila, minha respiração pesada ecoando na quietude do quarto. Com ternura, beijo sua bochecha suavemente.

Liberto suas mãos com um suspiro de arrependimento, um lampejo de dúvida cruzando meu rosto. Mas antes que eu possa expressar qualquer remorso, um soco poderoso atinge meu rosto, atordoando-me momentaneamente. Sinto a força do impacto reverberar através de mim, enquanto me afasto de Dalila, surpreso pelo golpe repentino.

Ela me encara, seus olhos faiscando de indignação, silêncio tenso preenche o ar.
Com uma raiva incontrolável pulsando dentro de mim, murmuro "sua vadia", devolvendo não apenas um, mas vários socos em seu rosto. Minha visão se torna turva, quase vermelha de fúria, enquanto descarrego minha ira sobre ela.

Finalmente, me levanto da cama, subindo minhas calças com movimentos bruscos. Agarro seus cabelos com força, arrastando-a para fora do quarto e descendo as escadas em direção ao porão. Arremesso Dalila com força para dentro da jaula, ouvindo o som metálico da grade se fechando atrás dela.

Ela se levanta rapidamente, correndo para perto da grade, socando o vidro com força, seus gritos abafados e lágrimas escorrendo de seus olhos em um cenário de desespero e desamparo.

"Aqui é o seu lugar", sorrio satisfeito, apagando as luzes e deixando-a sozinha na escuridão do porão, onde terá tempo para refletir sobre seus atos e o preço de sua traição.

𝑷𝑺𝒀𝑪𝑯𝑶𝑷𝑨𝑻𝑯 | 𝑱𝑬𝑶𝑵 𝑱𝑼𝑵𝑮𝑲𝑶𝑶𝑲Onde histórias criam vida. Descubra agora