Vidas diferentes, realidades diferentes, nacionalidades diferentes. Ninguém jamais imaginaria que Chris e Daisy pudessem se conhecer, se apaixonar e viver uma linda e improvável história de amor.
Essa é uma história de romance, mas muito mais que is...
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"E você disse que me protegeria. Então eu me pergunto, onde você estava?" Maps - Maroon 5
Chris
Acordo bem cedo para conseguir fazer tudo o que preciso antes da premiere. Daisy ainda está chateada comigo por tudo o que aconteceu e quero resolver as coisas entre nós, o quanto antes.
Quando aquelas matérias chegaram até mim, eu tinha plena certeza de que Daisy jamais machucaria Dodger. Ela o ama, assim como ele também a ama.
Mas as horas de viagem, a noite em claro, as ligações de diversas pessoas e principalmente, aquelas fotos que me forcei a ver diversas vezes. Tudo aquilo mecheu demais comigo e errei na maneira de falar com ela sobre tudo aquilo. Acabei me tornando mais um deles, mais um a fazer com que Daisy se sinta mal com tudo relacionado a nós dois.
Paro o carro em frente ao prédio que Daisy mora. Tenho uma certa dificuldade para descer Dodger, as flores e os chocolates que comprei.
Bato algumas vezes até ela finalmente abrir. Quando ela abre, estou com um buquê de margaridas bem em frente ao meu rosto.
-Daisys para Daisy!
Ela pega o buquê em silêncio, me encarando o tempo todo.
-Essas são minhas para você. Como pedido de desculpas. -Ela sorri ao olhar as flores, mas seus olhos ainda estão tristes. -Esses são do Dodger, em forma de agradecimento por ter cuidado tão bem dele.
Estendo a caixa de chocolates até ela, que pega e se abaixa até o chão para beijar o cãozinho que a lambe em resposta.
-E eu? Não ganho beijo?
-Ainda estou com raiva. -Ela é firme e percebo que não será tão fácil quanto pensei que seria.
-Me perdoa. -Tento me aproximar, mas ela da alguns passos para trás na medida em que caminho em sua direção. -Por favor.
-Eu não estava brincando quando disse que estou cansada.
-Eu sei... E quero de alguma forma concertar tudo.
Tento me aproximar mais uma vez, e mais uma vez ela se afasta. Sem me olhar nos olhos, ela caminha em direção a porta e encara o vazio.
-É melhor você ir. Hoje vai ser um dia corrido.
-Você ainda vai ser minha acompanhante? -Paro ao seu lado na esperança de que ela pelo menos me olhe nos olhos quando disser que não vai me acompanhar.
-Eu te prometi que ia. Vou cumprir com minha palavra.
Ela não nega ser minha acompanhante. Mas suas palavras me acertam como um soco no estômago. A forma com que ela fala comigo, sem sequer me olhar, a tristeza em sua voz, tudo me desmonta. Talvez, ouvir ela dizer que não me acompanharia, doeria menos que saber que estar comigo a deixa desse jeito.
