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Agora com a batalha terminada olho a sala por completo e aproveito para ligar as velas novamente, com a luz de volta Dindan saí debaixo da mesa e o grupo começa a buscar algo de útil nos bandidos que sobraram. Aproveito o pequeno tempo e procuro pela sala algo que possa ser do meu interesse, até que vejo um ratinho perto da outra porta da sala e me aproximo dele.

_ei amiguinho, o que faz aqui ?_ pergunto pro ratinho

Mesmo que eu saiba que ele é realmente um rato me parecia estranho um rato parar pra assistir uma luta como ele parecia ter feito. Não era natural de ratos ficar perto do perigo, era pra ele ter fugido no primeiro sinal de luta.

_medo_ o rato responde, escuto seu barulhinho e assim como aconteceu com Haldir, a tradução apareceu na minha mente

_medo do que?_

_medo_ Diferente de Haldir ele me dava respostas mais simples, provavelmente era o que ele como rato conseguia me passar.

_quer ficar comigo? Não vou te fazer mal, prometo_ Com isso estendo minha mão em sua direção, a colocando no chão. Haldir sai do meu capuz e sobe para meu ombro, claramente tentando passar confiança para o rato de que eu não era uma ameaça.

O ratinho olha para minha mão e depois olha por baixo da porta, ele vem cheira minha mão e depois sobe, ficando no meu ombro junto de Haldir.

-Gente alguém pode curar o Daran? Ele parece não estar tão bem agora que seu espírito se foi Rinn - E assim que Mella fala isso percebo que meu espirito tinha sumido depois da batalha (devo ter força para usar ele somente por um minuto)

Acato o pedido de Mella e começo a me aproximar do Daran para cura-lo, mas assim que ia recitar minhas palavras de cura, uma onda mágica explode do ratinho e o som das palavras não consegue sair da minha boca. Olho para o ratinho e ele está agindo normal (ele pode ser familiar do mago talvez), quando olho envolta Daran está apontando sua lâmina na direção do rato, mas eu o escondo junto de Haldir no meu capuz, a onda mágica pode ter vindo dele, mas eu não permitiria que o matassem a menos que tivessem provas que o rato fez por vontade própria.

Daran entendendo que eu não deixaria que ele matasse o rato suspira frustado e faz um sinal em direção a porta e depois aponta para Mella, olho para ela e vejo um molho de chaves na sua mão. Mella sorri e faz sinal para seguirmos ela, ela vai e abre a porta pela qual sumiram os inimigos. Assim que ela abre vejo marcas de garras profundas na parede, aquilo era assustador. Tinham algumas manchas de sangue pelo corredor e com toda certeza eu agradecia de ter levado os inimigos e não a gente.

Seguimos pelo corredor até sairmos onde começamos, do outro lado da fenda vejo um mago de vestes vermelhas e um cajado de vidro, tínhamos encontrado cajavidro então. Mas como iríamos pegar ele? Uma ideia me surge, e antes de executá-la coloco a mão dentro do meu capuz pegando Haldir e o ratinho e passando os dois para o capuz da Dindan que estava do meu lado. Agora que os dois estavam seguros, me permito transformar.

Minha visão começa a descer, e antes minha visão que se completava em dois olhos agora se completa em oito. Não paro para analisar minha nova forma e vou até a parede, começo a subir sem nenhuma dificuldade até ficar no teto de cabeça para baixo, rapidamente me escondo nas sombras do teto e começo a atravessar para o outro lado da fenda sem ser vista, ser uma aranha tem suas vantagens então.

Chegando do outro lado me escondo em um canto da parede para não ser vista pelo mago, e aproveito para conferir como estão meus companheiros. Ao olhar para o outro lado da fenda vejo Bry na entrada e ao olhar para a frente dela vejo os outros, porém eles pareciam olhar para a fenda assustados, e assim que sigo o olhar deles vejo um bicho horrível que parecia uma espécie de humanoide, parecia ter a altura de um humano porém curvado, nas suas costas saiam espinhos, em sua boca dentes muito afiados e ele possuia somente um olho, um grande olho verde brilhante.

Rinn Nailo - AmadurecerOnde histórias criam vida. Descubra agora