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Aviso: nenhum deus em ded (Dungeons e Dragons) é onipotente ou onisciente, minha mestre me contou isso e achei que seria bom deixar aqui o aviso, já que vocês podem vir a confudir com o Deus da religião cristã, que é dito como onipresente e onisciente
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Estávamos na escada em fila, Bry; eu; Dindan e Skamos, de repente escuto a voz de Mella gritar:

-RINN, TEM UMA FOGUEIRA NO MEIO DA SALA, ACENDE ELA

Subo alguns degraus e meus olhos me dão visão de um salão, no meio dele vejo uma fogueira, aponto para a fogueira com meu dedo e sussurro em élfico para que ela se acenda, a fogueira se incendeia iluminando o salão, começo a chamar mentalmente pelos espíritos da natureza pedindo sua benção para curar, magia espectral verde começa a sair de mim e ir até o meio do salão, a magia toma a forma de um unicórnio e assim como da última vez me sinto conectada com ele, tendo em conta meu estado eu recuo e volto para trás dos meus companheiros, principalmente de Bry, quem eu sabia ser mais resistente.

Bry anda até ficar na entrada do salão, assim que ela começa a entrar uma fumaça escura e de pura escuridão cobre nossa visão do salão, Bry dá alguns passos para perto da escuridão e sopra gelo dentro dela na esperança de acertar algo, mas nada de diferente acontece, nenhum som é emitido.

-Essa escuridão na frente de vocês veio de um orbe, que ta flutuando acima do Drow, e acho que ele entrou dentro da escuridão

Escuto a voz de Mella gritar vindo de trás da escuridão, parece que essa escuridão não estava no salão inteiro, estava concentrada apenas na nossa entrada. Levo minha mão ao meu colar de trevo e chamo pelo espírito da cura, lembro de quando a natureza me sussurrou essa magia e que o espírito assumiria a forma que eu quisesse, desde que fosse uma animal ou fada, ao pensar em fada o rosto de Ariaster me vem a cabeça e antes que eu perceba minha magia saí de mim e toma a forma verde e translúcida de Ariaster, a figura dele estava do tamanho de uma boneca e flutuava a minha frente, a figura não se mexia, permanecia parado e eu conseguia sentir que se moveria a minha vontade, mexo a figura para perto de Skamos e vejo seu semblante relaxar, ao mesmo tempo sinto um calor acolhedor me preencher, o espírito do unicórnio iria garantir que sempre que eu curasse alguém, eu também curasse a mim e meus aliados.

-Licença que eu vou por ele pra dormir

Dindan diz e dá alguns passos pra frente, vejo ela abrir a palma da mão e encostar ela na densa escuridão a nossa frente, ela sussurra a palavra "durma" e assim que essas palavras deixam sua boca um barulho de um corpo caindo é escutado de dentro da escuridão e logo em seguida o barulho parecido com o de uma bola rolando.

-A orbe rolou para fora, caiu embaixo de uma mesa - Mella grita

Olho para cima rapidamente ao escutar um barulho do teto, tão rápido que não consegui acompanhar, algo se solta do teto caindo encima de Bry e de Skamos, a parte de cima era de um Drow, mas a parte de baixo era de aranha, de uma aranha gigante mais especificamente, aquilo na minha frente era um Drider, ouvi de elfos mais velhos que a deusa dos Drow, a deusa maligna Lolth, é conhecida por presentear os Drow que alcançam suas graças e aos que não atendem seus desejos, ela é conhecida por ser impiedosa, transformar Drows em Drider é apenas um de seus castigos.

Skamos levanta rapidamente e pronuncia palavras na língua infernal (as quais eu não sei a tradução), um som de sinos tocam acima do Drider e ele dá um grito agonizante, Bry aproveita e se arrasta rapidamente para longe das garras do Drider e se levanta, o Drider anda calmamente para trás e nós encara sorrindo, seu corpo começa a ser tomado pela escuridão, até que ele some nela, Bry pega sua espada com as duas mãos e da uma investida na escuridão, enquanto Bry continuava a tentar acertar algo na escuridão, eu fecho meus olhos e me concentro rapidamente no espírito do unicórnio, assim que sinto ele no meio daquela escuridão eu abro meus olhos e o chamo para mais perto, energia espectral verde na forma de um unicórnio é vista cavalgando no ar para fora da escuridão, parando na minha frente.

Rinn Nailo - AmadurecerOnde histórias criam vida. Descubra agora