Rinn após o ocorrido nos seus 40 anos se esforça para ganhar coragem de explorar os arredores de sua aldeia e com o passar do tempo perde o receio de explorar cidades próximas. Ela queria conhecer o novo, ela tinha fome pelo inusitado, e conhecer pequenas cidades perto de sua floresta era pequenas aventuras que ela se permitia. Na sua primeira ida até a cidade mais perto de sua aldeia foi para fazer trocas em nome de sua mãe, não era sua tarefa cuidar das trocas era tarefa de outro elfo, mas ela pediu tanto uma oportunidade que sua mãe permitiu ela só dessa vez ser a responsável pela troca na cidade.
Como era algo rápido Rinn levou apenas uma bolsa com os itens que teria que trocar, Haldir estava com ela em seu ombro preferindo ir com ela do que ficar e esperar.
Ao chegar na cidade ela fica eufórica por dentro, é exatamente como a mãe descreveu. Rinn se adianta a procurar o posto de troca da pequena cidade, lembrando de sua mãe dizer ser numa casa média de paredes marrons. Ela não demorou muito a encontrar e logo se dirigiu ao local mas antes de chegar ela soltou um leve "ai" e olhou para seus pés descalços, havia vários cacos de vidro fincados na sola de seus pés.
-Era só o que me faltava, além de não serem confiáveis os humanos em sua maioria me parecem ser desleixados - Exclamou indignada com o descuido que os humanos pareciam ter com seu próprio lugar.
-Ô minha jovem, que má sorte a sua, deve ter sido algum bêbado voltando de madrugada de uma taverna que deve ter quebrado alguma garrafa - Exclamou um senhor de idade muito mais baixo do que Rinn, ele possuía cabelos brancos, orelhas pontudas e usava um monóculo de prata bem elegante, ele parecia o que sua mãe lhe descreveu como halfling, uma raça muito simpática nas palavras dela.
-Deixe-me cuidar disso para a senhorita - o senhor continuou de maneira educada, ele deveria estar acostumado a lidar com elfos, Rinn concluiu.
-E quem seria o senhor por acaso? - Perguntou Rinn levantando um pouco a sobrancelha. Haldir em seu ombro lhe deu pequenos tapinhas com a calda, talvez um aviso para ser mais gentil.
-Sou dono daquele posto de trocas ali na frente - Apontou o senhorzinho para a casa de trocas marrom na qual Rinn estava se dirigindo antes de pisar nos cacos.
-Era realmente do senhor que eu precisava então, vim em nome de Thia Nailo para fazer a troca da semana - Rinn o informou e ignorando sua dor no pé caminhou em direção a casa de trocas enquanto era seguida por um senhor preocupado.
-Minha jovem eu insisto para que me deixe cuidar de seus pés, sei que vocês elfos são fortes e orgulhosos, mas não posso deixar que continue a andar por aí com os pés assim - O senhor disse e dessa vez parecia um avô falando, Rinn se sentiu um pouco mal pela pequena grosseria que o tratou então deixou que ao chegarem na casa de troca ele cuida-se de seus pés.
-Sente-se aqui por favor, vou ir lá dentro buscar uma pinça e algumas outras coisinhas - O senhor disse enquanto apontava para um banco de madeira bem esculpido que ficava perto da entrada, Rinn fez o que o senhor disse e esperou junto a Haldir por ele.
-Demorei muito jovem? - o senhorzinho perguntou enquanto se aproximava, em sua mão direita uma pequena maleta e em sua mão esquerda uma pequena pinça.
-Nem um pouco - Rinn responde tranquila.
-Bem acho que seu amiguinho discorda - O senhor respondeu risonho enquanto se agaixava na minha frente, com isso olho para meu ombro vendo um Haldir apoiado no meu pescoço enquanto cochilava e solto uma pequena risadinha.
-Bem acho que sim - Rinn respondeu agora se encontrando em um ótimo humor.
O senhor agaixado em frente à Rinn pede licença e coloca seus pés sobre seus joelhos e assim começa a retirar os cacos de vidro e depois a passar um líquido com cheiro de ervas conhecidas por Rinn, logo a mesma sente os pequenos ferimentos em seus pés se fecharem.
-Obrigada - Disse uma Rinn genuinamente agradecida.
-Aqui está a bolsa dessa semana -Continuou a falar Rinn enquanto retirava a bolsa de seus ombros.
-A sim, vou buscar a de sua mãe - E logo após dizer isso sumiu novamente, não demorou muito a retornar com uma bolsa quase idêntica à presente em minhas mãos e me entregar.
-Aqui está, é sempre uma honra fazer negócios com vocês - Disse o senhor sorrindo com os olhos, ele de certa forma lhe lembrava um cachorro e Rinn chegou a conclusão de que se sua mãe confiava nele é porque era realmente alguém de confiança.
-Como sabe que é para a minha mãe? Ou melhor como sabe que sou filha dela? - Rinn pergunta curiosa
-Ô bem, você não se parece nem um pouco com ela sendo sincero, mas eu nunca poderia esquecer esses olhos, são iguais aos dela, brilham como se fossem esmeraldas - O senhor responde sorrindo
Rinn se despede e volta para os seus, ela estava contente de ter vindo, esse senhor foi o primeiro halfling que conheceu e ele tinha sido muito gentil.
Após isso Rinn se tornou permanentemente a responsável pelas trocas naquela cidade, assim descobrindo que o nome daquele senhor era Thomas e que ele conhecia sua mãe desde que nasceu, aparentemente a mãe dele era uma companheira de minha mãe que largou sua vida de aventureira ao se apaixonar por um comerciante, mas continuava mandando cartas para minha mãe a fim de a manter atualizada de sua vida e assim as duas se tornaram amigas.
Comecei a considerar aquele senhor quase como um parente, talvez um avô mesmo que minha mãe o visse quase como um sobrinho. Thomas me ensinou sua língua de origem (Halfling) e também me ensinou os valores de cada moeda, sendo a de menos valor as de bronze e as mais valiosas no nosso continente as de ouro, uma moeda de ouro era o mesmo que dez de prata ou cem de bronze, enquanto uma de prata era dez de bronze, ele também me ensinou sobre outras duas moedas que não eram muito usadas em nosso continente, a moeda de electrum e a moeda de platina, a de electrum valia o mesmo que cinco de prata e a de platina valia cinco de ouro.
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Rinn Nailo - Amadurecer
FantasyA história da minha personagem de rpg vivendo suas aventuras em Dungeons e Dragons. Ao completar seus 99 anos, Rinn sente a pressão de estar perto de se tornar adulta e com isso sente aquele sentimento de não se considerar pronta ainda para ser uma...