Jão, point of view,
São Paulo.Chego em casa após saída do grupo, olhando pro papelzinho verde em minha mão com um número de telefone, não nego que havia achado o rapaz bonito, porém não sentia vontade de chamá-lo, não por Pedro ou por qualquer outra pessoa. Por mim, não sentia, nenhuma, vontade de sair com alguém nesse momento.
E também, os movimentos de Tófani hoje, no parque, estava completamente fofo e até me deu a merda de um urso de pelúcia que ganhou em um brinquedo. Que estava em minha outra mão, encarando-me quando me julgava.
— É meus filhos, seu pai é um banana! — Falei alto, fazendo meus gatos me olharem curiosos, enquanto colocava o bilhetes em um pote na minha mesinha de centro.
Tomei banho e me arrumei para dormir.
[...]
O fim de semana passou rapidamente. E sem eu menos perceber já estávamos na segunda, enquanto eu caminhava para a sala do segundo ano ouvi um grito vindo do terceiro, parecia ser a voz de Tófani, então fui logo correndo ver o que era.
— O que houve, Pedro?! Aconteceu algo?! — Logo vi Luísa se virando pra mim, segurando o celular, alguns meninos e meninas estavam deitados no chão, com as pernas meio levantadas apoiando a cabeça nas mãos. Outros sentados na mesas "hipnotizados" por Palhares.
— Não, porquê?! — Perguntou o mesmo, com os cabelos meio de lado, uma regata branca, óculos e uma calça jeans meio larga. Ok, ele estava incrível.
— Ouvi um grito, pensei que havia acontecido algo! — Afirmei saindo de minha própria hipnose.
— Apenas estávamos tentando manter a sala em ordem pra gravação de um vídeo! — Ele disse, e começou a se aproximar. — Mas não se preocupe, Príncipe Encantado! Não tem nenhuma donzela pra você salvar hoje! — O mesmo piscou para mim, porém mantive a compostura
— Oh, que pena! Deixe-me ir então! — Devolvi a piscada, mandei um beijo para os alunos na sala e sai.
Indo em direção ao meu inferno particular, segundo ano A.
[...]
Havia acabado de sair do primeiro ano, finalmente o intervalo havia chegado e eu só conseguia pensar em tomar um café sentado no sofá da sala dos professores, falando mal de todos com Renan.
Quando chego a sala, todos estão rindo e Pedro estava verdadeiramente vermelho. Sorri para o mesmo quando percebe minha presença, que deu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.
— Jão, vem ver isso aqui! — Chamou Giovana pondo a xícara de lado para rir, como todos estavam rindo, logo queria saber o que é, então fui ao lado de minha prima.
Era um daqueles clássicos vídeos com a música de carrossel de fundo, mas logo reconheci os alunos. A legenda dizia, quando a matéria é ruim, mas o professor é ele: e então a câmera se vira para Tófani, que fazia certos cálculos na lousa, fazendo o músculo de seu braço aparecer, com seus óculos e cabelo de lado, poderia estar facilmente sonhando.
Mas nem tudo que é bom dura muito, então logo Giovana abre os comentários. Eles haviam postado a três horas e já tinha mais de dois mil comentários, falando sobre Palhares. Dos mais simples, apenas elogiando sua aparência e que parecia ser um professor simpático, mais errado que isso não poderia estar essa pessoa, os medianos, como por exemplo, com um desses eu faziam questão de aprender matemática. Aos mais grotescos, senti algo horrível tomar conta de mim.
— João?! — Chamou Zebu, fazendo-me sair de minha bolha de raiva.
— Sim?! — Respondi tentando parecer o mais impassível o possível.
— O que houve?! — Renan questiona, ódio como meus amigos me conhecem bem.
— Apenas achei isso extremamente desrespeitoso e... — Antes que eu pudesse continuar falando e perder completamente minha compostura, sou puxado pra fora da sala por meus amigos.
— Se controle, João Vitor! — Pediu Francine, enquanto íamos ao estacionamento.
— Eu estou super controlado! — Falei e logo percebi meu tom de voz. — Desculpe...
— Tudo bem, ok, todos perceberam que você gosta do Pedro. Não precisa esconder mais isso da gente, ok?! — Ana iniciou e todos concordaram, fazendo-me engasgar de choque.
— O-o que?! Não sejam ridículos! — Pedi passando a mão por meus cabelos.
— Não seja ridículo você, minta para si mesmo, não para nós! — Exclamou Giovana, sorrindo de forma debochada.
— Vamos todos nos acalmar, ok?! Você precisa admitir que gosta dele, João! Já fazem dois anos! — Falou Renan, com súplica no olhar.
Admirei todos os meus amigos a minha frente, Francine parecia ansiosa, Giovana e Ana pareciam igualmente aflitas e esperançosas, Zebu que nada havia dito durante esse diálogo parecia apenas querer a verdade e acabar logo com isso já Renan, suplicava silenciosamente.
— Ok, eu admito! Eu gosto dele, mas não amo ele, ok?! Eu gosto do jeito dele! Da risada, das vezes que ele é espontâneo, o jeito dele de lidar com todos os terceiros anos até agora. Eu gosto dele.
— Então também vai admitir que está extremamente desconfortável com os comentários do vídeo?! — Zebu se pronunciou pela primeira vez ali, olhei para o mesmo e então dei um suspiro alto.
— Desconfortável e extremamente irritado, não viram como ele estava visivelmente envergonhado?! — Respondi e então todos soltaram suspiros aliviados, porém eu ainda fervia de raiva.
— Finalmente, Brasil! Obrigada por todo esses meses de tortura para a glória chegar! — Afirmou Fran, fazendo-nos rir. Eu estava mais leve, mas ainda sentia raiva e sabia o que faria com isso.
— Agora, como é que pode, ele te tratou de forma ridícula na sexta e ainda sim você sente ciúmes! É realmente, você se odeia viu, meu irmão! — Giovana bateu nas minhas costas. Eu nada respondo, Zebu e Ana riem baixinho, concordando um pouco pois mesmo que a Caetano não tivesse presente, já sabia o que havia acontecido pelas línguas de ladeira dele.
— O amor é isso, Gio! — Brincou Francine, fazendo-me engasgar com minha saliva mais uma vez.
— Aí que situação de barril! — Disse Renan rindo.
Eu estava fodido.
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Sábado, choque de realidade, segunda **********. Eu tô amando escrever essa, comentem e votem!
Capítulo Revisado
Palavras: 999
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ᴀ ᴍᴀᴛᴇᴍáᴛɪᴄᴀ ᴅᴀ ǫᴜíᴍɪᴄᴀ ᴅᴏ ᴀᴍᴏʀ, au pejão
FanfictionPedro Tófani, um professor de matemática extremamente fechado e disciplinado, tirando seu carinho pela turma do 3°ano A, não acha justo se arriscar em um relacionamento novo. ou João Vitor, ou Prof Jão, é um professor de química extremamente alegre...