Caminhamos de volta para o prédio que fica de frente para o prédio do escritório, o edifico garagem, o mesmo que o pessoal da empresa usava enquanto a nossa garagem estava em reforma.
- Pedro, eu posso dirigir. – Digo parando na frente do prédio.
- Eu sei, mas eu gostaria de alguns minutos a mais com você, então para todos os efeitos você bebeu demais e não pode dirigir. E eu vou levar você para casa e passar cada segundo que eu puder com você. – Ele fala com naturalidade. – Podemos? – ele aponta para a entrada do prédio. – Não teve como não sorrir do que ele disse, aperto um pouco os lábios tentando esconder o sorriso.
- Podemos. – Todo o meu corpo está em brasa com a forma que ele me olha. A minha respiração fica um pouco acelerada. Mas o sigo até o seu carro. Pedro abre a porta do carona para eu entrar. – Obrigada. – Me acomodo com a minha bolsa e o buquê no meu colo.
Ele dá a volta pela parte da frente e entra no carro.
- Vai me dizer o seu endereço, ou eu posso te levar para onde eu quiser? – o seu sorriso era safado, eu tenho quase certeza de que isso foi um convite. Ele liga o carro começa a sair do estacionamento.
- Claro que para minha casa. – Ele faz uma falsa cara de ofendido.
- Coloca direto no GPS. – Ele pede apontando para a tela, eu coloco o endereço direcionando a rota.
Eu vou quase todo o trajeto admirando as lindas flores do campo que ele me deu, elas exalam um perfume maravilhoso que ocupa todo o ambiente do carro. Será possível que eu estou me apaixonando por esse homem?
- Você infla meu ego dessa forma. – Ele diz de repente. Olho para ele sem entender o que ele quer dizer. – os seus olhos brilham quando olha para as flores. Adoro saber que acertei na escolha. Elas são realmente quase tão perfeitas quanto você. – Ele me olha rapidamente, logo voltando a sua atenção para a pista, foi o suficiente para me deixar nervosa, aquele nervosismo gostoso do flerte.
- Você está jogando pesado, não? – digo sorrindo. – Sim, elas são lindas, e confesso que desta forma é a primeira vez que ganho flores. – Não era para dizer essa última parte mais acabou saindo.
- Como assim? – ele pergunta com curiosidade.
- Bem eu já ganhei flores antes, mas sempre de alguém da família, meus pais, e tios – Dou de ombros.
- Sério? Com que tipos de caras você andava se envolvendo? – ele pergunta em tom de brincadeira. Mas eu acabo ficando um pouco desconfortável com a sua fala. Pedro parece ser um homem experiente o que ele vai pensar se souber que eu sou uma virgem que nunca namorou antes? Dou um sorriso amarelo e olho para a janela. – Eu disse alguma coisa errada? – ele percebe o meu desconforto, as suas sobrancelhas se unem em interrogação.
- Não – menti. Na verdade, não foi bem algo errado. É só que acho um pouco prematuro para conversa com ele sobre essas coisas. Principalmente o fato de que eu nunca namorei antes. Tenho pouca experiência no assunto, ou nenhuma, na verdade, mas não quero falar sobre isso com ele ainda, apesar de torcer para que isso dê certo, não sabemos o que será daqui para frente.
- Tem certeza? – ele continua me olhando com curiosidade.
- Sim, está tudo bem. Olha, Chegamos – mudo de assunto.
Na entrada do meu condomínio me identifico com o código de segurança e a câmera para deixarem o carro do Pedro entrar.
- Segunda rua, terceira casa a direita. – Digo assim que entramos no condomínio. Logo em seguida ele estaciona na frente da minha casa.
- Pronto, esta entregue. – Ele desliga o motor, solta o cinto de segurança. – Eu adorei a nossa noite.
- Foi uma noite bem agradável Pedro, obrigada. – Solto o sinto de segurança. Estava prestes a descer.
- Então eu terei outras oportunidades? – ele se vira na minha direção.
- É, podemos dizer que sim. – Aperto os lábios em um sorriso modesto sem mostrar os dentes. Não sei se é ele ou o vinho que me deixa assim extasiada.
- Você é tão linda, passei o final de semana inteiro louca para voltar e poder te ver, você me fascina sabia? – ele faz carinho no meu rosto com a sua mão direita. Com certeza eu fico corada, porque sinto o meu rosto ficar em brasa.
- Pedro... – respiro fundo de olhos fechados apreciando o seu carinho, quando volto a abrir os meus olhos, os seus olhos brilham me admirando – Você realmente está jogando pesado, não é?
- Você acha?
- Sim...
- Amo como o seu rosto fica corado quando eu digo algo que te deixa envergonhada. – o seu polegar continua fazendo carinho no meu rosto, coloco a minha mão por cima da dele. A minha respiração está pesada, o meu coração está acelerado, como pode alguém que acabei de conhecer mexer tanto comigo dessa forma?
- Eu preciso ir... – esfrego o meu rosto na sua mão.
- Boa noite Hember – ele dá um beijo no meu rosto, se demorando mais que o necessário ali. Fecho os olhos novamente esperando pelo beijo. Quero muito que ele me beije, mas não consigo tomar a iniciativa. Lentamente a sua boca vai se aproximando da minha, até que finalmente os nossos lábios se tocam, delicadamente Pedro pede passagem, os seus lábios tocamos os meus de forma sútil, duas, três vezes antes da sua língua ser introduzida na minha boca, as nossas línguas começam uma dança única se entrelaçando cada vez com mais intensidade. A sua mão sai do meu rosto e vai para trás da minha nuca me puxando para ainda mais próximo dele, de alguma forma ele conseguiu que os nossos corpos ficassem juntos, acelerando ainda mais os movimentos da sua língua. A nossa respiração se misturando. Pedro desce uma das suas mãos para a altura da minha coxa, subindo lentamente causando arrepio no meu corpo. Ao invés do movimento me assustar, muito pelo contrário me sinto excitada com o seu toque ainda muito sútil.
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HEMBER - Se Eu Ficar...
RomanceHember Garcia. A caçula dos trigémeos, Sempre se destacou dos irmãos, por sua doçura e bondade, além da sua inteligência e criatividade também chamar muita atenção. Criada como a princesinha da casa, cercadas de mimos e cuidados, por conta da sua sa...