Almoço em Família

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O resto da minha manhã foi todo imaginando o que a Ana disse será que é possível, que eu estou realmente apaixonada pelo Pedro? Sim, eu entendo que nós temos uma coisa diferente, uma conexão, entendo que eu estou encantada com ele, parece que nos conhecemos a ano e ele sempre me entende, mais apaixonada? A minha mente anda tão confusa sobre o que está acontecendo conosco, ora eu sinto que ele é o cara que e que vamos viver uma linda história juntos, hora eu acho que cedo demais e que eu preciso ir devagar, que é loucura de mais me sentir assim com ele, eu não sei o que pensar... só sei que o Pedro mexe comigo de uma forma que ninguém nunca mexeu antes e isso me deixa confusa. Por que, que mal existe em conhecer alguém? Que mal há nisso. Por que essas coisas acontecem, não é?

Depois das aulas peço um carro de aplicativo e vou direto ao escritório buscar o meu carro, logo em seguida vou para casa. a minha mãe tem se queixado muito da correria do nosso dia a dia, sentindo a nossa falta principalmente depois que os meninos resolveram morar nos seus apartamentos.

Eu fui a última a chegar o meu pai já estava em casa os meus irmãos, Renata e Maitê todos a minha espera pelo almoço, sentados na sala de estar conversando.

- Olá a todos. – Digo assim que passo pela porta.

- Finalmente que demora, ainda tenho que voltar para o trabalho sabia - Gabo reclama.

- Deixa de ser reclamão, não demorei tanto assim. – dou um beijo na Maitê que corre para os meus braços – Oi meu amor. Eu só resolvi passar pelo escritório para pegar o carro, eu ia pegar ele quando eu fosse trabalhar, mas como o meu último tempo foi vago, resolvi passar por lá e pegar logo.

- Gabo é exagerado. – Ben diz - Você trabalha por conta própria sabia, pode se atrasar sem problemas.

- Não é assim que funciona, temos compromissos, amor, - Renata reclamar com ele.

- Eu sei, mas podem fazer os seus próprios horários. – Eles começam a pequena discussão.

- Se for assim você também, já que é dono da empresa onde trabalha.

- Herdeiro, é bem diferente. Eu não sou o dono, o nosso pai que é. Eu sou apenas um funcionário. Que precisa cumprir regras.

- Exatamente. – o meu pai concorda em tom de brincadeira.

- Se for assim os dois estão ótimos, já que um abriu a própria empresa com a verba do papai e o outro ganhou de "mão beijada" uma empresa pronta. – Digo também na brincadeira. O meu pai começa a rir da cara de bobo dos dois, óbvio que foi só uma brincadeira, os meus pais têm tanto dinheiro quantos os nossos futuros netos podem gastar, mas nos ensinaram a ser completamente independentes, dinheiro nunca foi e nunca vai ser um problema entre nós. – Mas eu, por outro lado, estou finalizando o último ano e recebi uma proposta de efetivação no escritório, como socia minoritária na direção.

- O quê? – o meu pai pareceu desconfiado.

- Parabéns maninha! – Gabo me abraça.

- Sim, meus parabéns – Bem também vem me parabenizar.

- Parabéns querida, - a minha mãe também me abraça.

- A nossa Hemb isso é incrível. – Renata diz com felicidade.

- Como foi isso? – o meu pai foi o único que não me parabenizou ainda, pelo contrário me olha com curiosidade, suas sobrancelhas com desconfiança. Entendi a sua dúvida e a compreendo. Então trato logo de explicar.

- Foi ontem à tarde eu o Natan conversamos, e ele falou comigo. Ele vai precisar se ausentar por questões médicas e me o oferecesse gerir o escritório com o João. Ainda não aceitei, mas a proposta me parece ótima.

- Ótima só não, é maravilhosa. – Renata diz.

- Sim é uma grande oportunidade. – o meu pai comenta com cuidado.

- Algum problema pai? – Ben pergunta.

- Não. Estou feliz por você pequena. Talvez um pouco prematuro, mas acredito que o Natan saiba o que está fazendo. – Vejo que os seus olhos se suavizam, meu pai relaxa um pouco.

- Então o nosso almoço acabou virando uma comemoração – a minha mãe diz animada.

- Sim! – os meus irmãos dizem ao mesmo tempo.

- Mas eu nem aceitei ainda.

- Obviamente vai, não é. - Ben pergunta.

- Sim... – digo pensativa.

- Mariana? – a minha mãe chama por ela.

- Sim, senhora.

- Mariana por favor, abra um champanhe para nós, hoje é um dia de comemoração.

- Mãe, temos todos que trabalhar ainda hoje. – Gabo diz.

- É só uma taça, para um brinde querido. Não se preocupem não fara mal.

Adoro ver como a minha mãe faz de cada conquista nossa um evento. Ela sempre faz com que a gente se sinta especiais, a cada novo passo das nossas jornadas.

Mariana trouxe a champanhe, nós fizemos um brinde, depois fomos ao almoço, na maioria das vezes a minha mãe é quem cozinha aqui em casa, exceto caso seja um grande evento com muitos convidados. O almoço estava uma delícia, ela fez uma moqueca de camarão, arroz e salada.

- Mãe o cheiro está maravilhoso. – Eu digo.

- Sim anjo está perfeito. – o meu pai pega na sua moa e elegia a comida, depois dá um beijo.

Nosso almoço, foi bem divertido, conversamos bastante, sobre o aniversário da minha mãe que está chegando e o casamente do que Ben e Renata marcaram a data para um mês depois da festa da minha mãe.

Em seguida vou para o estágio, João foi fazer a ultrassom com a sua esposa agora na parte da tarde, segundo Carla Me disse ela veio até aqui buscar ele, e pelo jeito ele não volta mais ao escritório hoje o que me deixou tranquila o dia todo. Se eu quero mesmo aceitar essa efetivação eu preciso arrumar um jeito de lidar com o João sem que ele me afete de alguma forma. A minha resposta vem em seguida com a mensagem do Pedro.

P: Louco para o nosso encontro

P: Saudades...

Esse vai ser o jeito que vou me livrar do João, Pedro entrou na minha vida de uma forma repentina, mas de alguma forma no momento certo, em que estava perdida em sentimentos.

H: Também não vejo a hora de poder ver você. 

HEMBER -  Se Eu Ficar...Onde histórias criam vida. Descubra agora