Onde 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐎𝐌𝐄𝐃𝐀, numa tentativa de recomeçar a vida, se muda para Lake City. Uma cidadezinha no quase interior de Seattle, e no meio do inverno, poderia até não parecer a melhor escolha, mas havia linhas que o destino escrevia e que só poder...
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14 de dezembro de 2019 Lake City, Seattle, WA
Já fazia algum tempo que Andy não acordava de ressaca, então a sensação agonizante de dor de cabeça a fez estranhar a manhã. Claro, além de estranhar também o local em que estava. Se sentando na cama, a mulher olhou ao redor, vendo seus calçados no canto da porta, e encarando o piso de madeira enquanto se lembrava de flashes da noite passada que o álcool não havia apagado.
Não precisou de muito tempo para ela reconhecer que estava na casa de Jeffrey, e notar que aquele não parecia o quarto principal da casa. Notando ainda estar vestida nas próprias roupas e tentando não fazer barulho, ela se sentou, pondo de volta seus calçados e se levantou, dando longos passos para fora do que parecia ser um quarto de hóspedes.
Ao sair, Andy sentiu o aroma forte de café pela casa, e viu a porta de um dos quartos aberta. A cama estava desarrumada, mas a camisa dobrada no braço da poltrona deixava claro que era o quarto de Jeffrey. Mais alguns passos fora do corredor e ela desceu as escadas, sendo recebida na sala de estar pelos latidos amigáveis de Honeydog e Bandit.
— Oi, lindinhas. Bom dia, também — Andy desejou, acariciando os pelos de ambas e seguindo para onde o som de fritura a chamava.
Jeffrey estava cozinhando. Panquecas estavam dispostas em dois pratos, mel, chocolate e o que parecia ser caramelo em pequenos potes. Frutas em uma vasilha de vidro, e bacon na frigideira, espalhando o aroma pelo cômodo. Ele estava vestido com uma calça moletom, e uma camisa preta descansava nos ombros dele. O torso estava a mostra, a pele marcada com algumas tatuagens e o físico atrativo.
— Bom dia — Ele desejou, já tendo notado a presença dela ali pelos latidos animados das duas cadelas.
— Bom dia... — Andy respondeu, desviando o olhar e se apoiando na bancada. — Você... Por acaso, me trouxe dormindo para dentro?
— Não ia deixar você no meu carro — Ele retrucou, desligando o fogão e limpando as mãos em um pano úmido. — Não foi nada demais, se é o que está pensando. Meu maior problema foi não bater a sua cabeça subindo as escadas.
— Agradeço que não bateu.
— Quem disse que não bati?
Ele ergueu a sobrancelha, claramente brincando, fazendo a mulher dar uma suave gargalhada. Com a distração, o homem vestiu a camisa, tendo Andy mordendo o lábio suavemente enquanto aproveitava os últimos segundos da visão.
— Agradeço por cuidar bem de mim.
— Não precisa agradecer, meu bem. Achei que seria menos estranho deixar você no quarto de hóspedes também.
— Foi, sim — Ela comentou com um sorriso doce.
Jeffrey assentiu, e puxou a cadeira em frente a dele para ela. Acenando, ele a chamou, e Andy caminhou até o homem com o mesmo sorrisinho, se sentando e agradecendo em um murmúrio. Ele serviu o bacon nos dois pratos e trouxe a bebida para perto.