Onde 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐎𝐌𝐄𝐃𝐀, numa tentativa de recomeçar a vida, se muda para Lake City. Uma cidadezinha no quase interior de Seattle, e no meio do inverno, poderia até não parecer a melhor escolha, mas havia linhas que o destino escrevia e que só poder...
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02 de dezembro de 2019 Lake City, Seattle, Washington
Após a hospitalidade e auxílio de Jeffrey, Andrômeda não conseguia parar de pensar em como poderia retribuir. Mesmo sabendo que, pelo jeito simples que o homem aparentava ter, ele não aceitaria aquilo, e isso tirou sua concentração pela manhã. O suficiente para Leonis provocá-la por todo o restante do dia, cumprindo bem o seu papel de irmão.
Ignorando as incitações do mais novo, como bem fazia, ela ainda pensava em como ser prestativa. Odiava a sensação de que estava devendo algo para ele, mesmo sabendo que a realidade não era aquela. Jeffrey apenas havia sido gentil e os poupado de um grande esforço.
Mas Andrômeda era persistente com as próprias ideias e não deixaria o favor ímpar daquela forma.
Por isso, enquanto o irmão descansava no sofá da sala, ela separou os ingredientes que tinha em casa. Tinha sorte de ter feito uma compra considerável, assim, podia cozinhar o que estava em sua mente. Um jantar, a clássica lasanha de frango e queijo que amava fazer, e a torta de morango, que não era a sua favorita, mas era menos arriscada do que a de limão.
Ainda não sabia os gostos de Jeffrey e era um tiro no escuro.
- Que cheiro bom! - Leonis chegou na cozinha, com o olhar curioso sobre o que a irmã fazia e os lábios pressionados um contra o outro.
- Não toque em nada - Andy avisou, dando um rápido tapa na mão dele, quando tentou pegar a metade de um tomate cereja.
- Ei! Achei que finalmente tinha reconhecido que excelente irmão eu sou - Ele dramatiza, cruzando os braços e se encostando na bancada de mármore escuro. - Para quem é essa comida, então?
- Para o vizinho - Ela retruca sem se importar, mexendo o frango desfiado com molho branco, em uma vasilha com queijo gouda ralado. E rolou os olhos ao olhar para o irmão enquanto buscava as pequenas tomates partidas. - Você é ridículo.
- E o ridículo aqui sabe que você não é de cozinhar para qualquer pessoa.
- Ainda bem que sabe - Ela deu de ombros, fazendo a mistura do recheio na vasilha de vidro. - Ele nos ajudou ontem. A mim e a você também.
- Um homem tão gentil. Com certeza ele só queria uma lasanha em troca - Leonis provoca, e a irmã cerra os olhos para ele. - Acorda, Dina! Não é todo dia que você vai achar um desse.
- Não estou procurando ninguém, Leo. Sabe disso - Ela retrucou, apontando para a panela onde as tiras de macarrão estavam meio cozidas.
Leonis suspirou, pegando a panela com cuidado e colocando sobre a mesa com um apoiador em baixo. E, perto o suficiente, deixou um beijo no ombro da irmã antes de falar:
- Mas deveria.
Andrômeda não respondeu. Apenas continuou a montagem da lasanha, intercalando molho, macarrão e recheio. Conseguiu fazer duas de um tamanho mediano. Uma para presentear Jeffrey, em uma forma azul escura, nova, e uma para ela e o irmão, em uma forma de alumínio simples. Assim que as pôs para assar, tirou a torta, deixando descansar na bancada para que esfriasse bem.