A Proposta

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~ Ana Flávia ~
Eram 11:30 da manhã, e eu estava me arrumando para o almoço com a família de Gustavo. Tomei um banho, escolhi uma roupa. Estava meio calor em São Paulo, então coloquei um cropped preto com uma calça jeans larga e meu tênis Vans. Levei um moletom preto da Adidas, pois aqui em São Paulo, o tempo muda do dia pra noite. Passei uma maquiagem. Nada muito exagerado, apenas um corretivo, delineador e um gloss. Arrumei algumas coisas em uma bolsa branca, coloquei nela absorvente, meu gloss, carregador, meus fones via Bluetooth, e meu celular. Eu já estava pronta, e fui ajudar minha irmã a se arrumar também.
Escolhi para ela vestir uma calça jeans branca, uma blusinha do Stitch, seu personagem de desenho animado favorito. A blusa em si era um rosinha claro, e tinha no meio o desenho do personagem. Em seus pés, coloquei um tênis rosa da Nike que ela tem, um amor.
De maquiagem não passei muita coisa por ela ser novinha e não precisar, passei apenas um delineador e um batom. Ela queria fazer um penteado, então fiz um par de tranças embutidas em seu cabelo, e coloquei dois laçinhos cor de rosa, um em cada lado. Ela ficou uma verdadeira princesa! Tiramos uma foto e descemos. Minha mãe já estava pronta e meu pai também. Quando fui ver no meu celular, já eram meio dia e tínhamos marcado o almoço 12:30. Minha mãe pediu para que eu pegasse o Tablet de Antonella, para que ela o levasse. Subi rapidamente para buscar o Tablet da minha irmã e aproveitei para conferir se estava tudo certo no quarto. Fechei uma janela que tinha ficado aberta no quarto e desci. Saímos do hotel e fomos para o restaurante. Eu fui o caminho todo ouvindo música e Antonella jogando em seu Tablet.

~ Gustavo Mioto ~
Eram 11:30 da manhã, minhas irmãs e minha mãe já estavam se arrumando para o almoço que seria daqui a uma hora. Sinceramente não entendo as mulheres, estão sempre se arrumando antes da hora. Nós homens ficamos prontos em menos de cinco minutos.
- Pai, Gustavo! Vocês não vão se arrumar não?!
Eduarda pergunta aloprada, enquanto eu e meu pai estávamos sentados no sofá assistindo TV.
- Não, vou me arrumar mais tarde. Respondo simples.
- Mais tarde?! Não vai dar tempo de vocês dois ficarem prontos e iremos sair atrasados!
Eduarda fala com raiva e eu e meu pai rimos.
- E vocês dão risada, né?!
- Eduarda, somos homens. Não somos como vocês que precisam de uma hora para ficarem prontas. Em menos de cinco minutos, já estamos arrumados.
Meu pai fala e eu concordo
Eduarda sai bufando, e procurando por um tal de babyliss, sei lá que diacho é isso. Cecília chega na sala e se junta a nós.
- Mamãe e Duda estão igual duas malucas lá no quarto!
Ela fala e damos risada.
- Ai ai, mulheres. Falo com deboche.
Meu pai ri.
Ficamos um tempo ali, eu, meu pai, e Cecília. Quando fui ver eram 12:00, e teríamos que sair para chegar lá no horário.
- Quero ver agora os dois risonhos engraçadinhos ficarem prontos.
Minha mãe fala.
Eu e meu pai nos entre olhamos, e levantamos ao mesmo tempo, indo para nossos quartos para nos trocarmos.
Homem não tem essa frescura toda de mulher. Não nos maqueamos, não fazemos nada. Apenas troquei de roupa, dei uma penteada no cabelo, calçei meu tênis e passei um perfume. Eu estava vestindo uma calça jeans, uma blusa moletom preta e meu tênis da Nike.
Eram 12:05, e eu e meu pai já estávamos prontos para sair.
Elas apenas nos encaram com ar de deboche, e saímos.
Chegamos mais ou menos por torno de 12:25, uns cinco minutos antes do horário combinado. Como morávamos "perto" dali, era mais rápido.
Ana Flávia e sua família ainda não haviam chegado, mas como ainda não estava na hora, entramos e nos sentamos na mesa reservada,  para aguardá-los.
12:30 eles chegaram, bem pontuais.
Ana Flávia estava muito linda, MEU DEUS!!! Eu sei que estávamos entre quase 10 pessoas, mas eu só tinha olhos para ela. Ana sentou ao meu lado, Antonella em seu, Cecília do lado de Antonella e por aí vai. Dei um abraço em Ana, e não pude deixar de sentir o seu perfume, que por sinal, era maravilhoso.
Cumprimentei a todos, e em seguida começamos a conversar entre nós mesmos.
O garçom chegou na mesa e todos fizeram seus pedidos, logo em seguida voltando suas conversas. Estávamos todos conversando normal. Nossos pais estavam conversando entre si, eu estava conversando com Ana e com Duda, e Antonella e Cecília estavam jogando um joguinho em seus aparelhos. A conversa decorria normalmente, até meu pai puxar um assunto bem interessante com o pai de Ana.
- Rodrigo, então. Eu queria conversar com você.
- Pode falar, Marcos!
- Então, um funcionário meu se demitiu e estou precisando de reforços na empresa. Mas não consigo achar ninguém. Por tanto, gostaria que você trabalhasse comigo. O salário é de 500 mil reais por mês. E a área de serviço também é muito boa. E aí, Rodrigo? O que me diz?
Rodrigo fica um tempo em silêncio, mas logo o responde
- Não sei, Marcos. Nós teríamos que nos mudar para São Paulo, e uma mudança leva tempo... Sem contar que as meninas teriam praticamente que mudar de vida. Escola, rotina...
- Rodrigo, em relação aos estudos das meninas, isso não é um problema. Ana pode estudar na mesma faculdade de Gustavo e Eduarda. E Antonella na escola de Cecília. E em questão a mudança, eu e meus funcionários iremos fazer de tudo para ajudar vocês para serem recebidos da melhor forma possível, até vocês conseguirem se ajeitar financeiramente. Sem contar que isso seria bom para nossos filhos, já que eles se gostam tanto.
- Oque você acha disso, amor?
Rodrigo pergunta para dona Michele.
- Olha, pra mim, Marcos tem razão em alguns quesitos. Em questão ao convívio dos meninos, aos estudos... Mas temos que nos organizar financeiramente também. Por exemplo, aonde iremos ficar, coisas assim.
- Posso ajudar vocês com um apartamento temporário , até vocês conseguirem se organizar.
- Bom, então acho que não restam empecilhos.
Fala por fim, Rodrigo.
- Bom, então vocês topam?
-Sim
-Sim
Os pais de Ana falam juntos.
- Ótimo, dou 1 mês para vocês se organizarem com a mudança, e vejo o apartamento para vocês.
O almoço recorreu normalmente, Ana estava muito feliz porque iria morar em São Paulo, e bom, eu também estava feliz, pois agora poderia ver ela todos os dias e não uma vez por ano. Assim que acabamos, ficamos mais um pouco por ali e fomos embora.

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