Amunet

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P.O.V. Cole.

Eu reconheci o símbolo imediatamente e senti esse calafrio. Sou um demônio maior, são pouquíssimas as coisas que temo, mas esta que tenta se apoderar do corpo de minha filha é com certeza uma delas. Muitos conhecem Lilith, sua história ou pelo menos pensam que conhecem, mas muito poucos sabem que Lilith tem uma irmã. Uma gêmea. Amunet ela era famosa no Antigo Egito, muitos a adoravam até ela quase afogar o mundo em sangue e devido ao medo e á histeria o povo a apagou da história.

Me atrevo a dizer que Amunet é mais assustadora do que Lilith, ela é mais sedutora e mais sanguinária também. Lilith se alimenta de energia sexual, Amunet se alimenta de medo e sangue por isso ela é implacável, viciosa com uma eterna fome por mais poder. Ela vira família contra família, irmão contra irmão, ela entra nas mentes e nos corpos das pessoas lhes dá pesadelos, trás á tona seus piores segredos, os mais obscuros o que lentamente deixa a pessoa louca ás vezes ao ponto de cometer suicídio. Ela destrói tudo que a vítima já amou, tudo pelo o que ela presa e quando a pessoa está á beira do precipício... ela a faz pular, a induz a pular.

E pensar que esta coisa se apoderou do corpo e da alma da minha filha e eu não notei. É hora de chamar ajuda, fui até a residência das Halliwell para informar Phoebe e suas irmãs da situação ao saber daquilo a minha Encantada se prontificou a fazer qualquer coisa para salvar a nossa filha.

-Não é tão simples assim. Amunet é uma força muito poderosa não creio que vocês serão paio para ela, pois ela assim como sua irmã Lilith foi criada pelas mãos de Deus. Precisaremos de assistência e por assistência quero dizer um Poder Divino.- Falei.

-Léo. Léo! Léo socorro!- Phoebe gritou.

É claro que o white lighter se prontificou á ajudar, mas ainda assim...

-É pouco. Seria necessário uma legião de White Lighters para deter Amunet.- Eu disse.

-Bom, temos que tentar! Deve haver algum tipo de cura, ritual ou o que for para dar cabo dessa coisa e mandá-la de volta para o lugar de onde veio.- Disse Phoebe.

Léo foi buscar a ajuda dos anciões que lhes concederam um ritual de exorcismo. Mesmo estando em considerável desvantagem as três Encantadas e três White Lighters prosseguiram nesta missão suicida de resgate. Chegando lá Amunet havia feito os membros restantes da equipe Fênix de reféns.

-Nossa primeira providência é tirar a equipe do caminho. Vocês White Lighters podem transportá-los para fora, então nós exorcizamos a Una.- Disse Phoebe, posso ouvir o medo na voz dela.

Os White Lighters conseguiram tirar a equipe do caminho, mas antes de entrarmos eu aconselhei as Encantadas.

-Isso não será fácil, Amunet vê o seu medo ela se alimenta dele. Deixem os seus medos aqui fora e tudo mais que ela pode usar contra vocês porque ela vai usar.- Alertei.

Dito e feito. Ela entrou nas cabeças das Encantadas e as fez gritar, chorar, se desesperar.

P.O.V. Phoebe.

Meu bebê. Meu bebê está morto, minha filhinha a minha garotinha eu fico vendo ela se afogar de novo e de novo e não consigo salvá-la. Vejo minha irmã Prue morta se levantando do túmulo vindo me assombrar, eles parecem como cadáveres pútridos e decompostos com os olhos, aqueles olhos de esbranquiçados inexpressivos como os olhos de um peixe morto. Elas me atacaram, falaram na minha cabeça.

-Não. Eu não estou morta, Una não está morta. Se eu estivesse morta você não estaria tentando me matar!- Gritei.- Eu amo a minha filha! E nunca, jamais vou desistir dela!- Eu exclamei.

E de repente eu estava fora. Sai do pesadelo e contemplei aquela coisa, vi o rosto da minha filha. O corpo da minha filha.

-Devo dizer estou surpresa

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-Devo dizer estou surpresa. Não imaginei que dentre todas as três tapadas você seria aquela que conseguiria quebrar a minha ilusão.- Disse a criatura com a voz da minha filha.

-Una! Una querida, sei que está ai preciso que você lute! Você é forte e amada, então luta meu amor.- Falei para a minha filha.

-Acha que pode me deter? Com... o poder do amor?- Amunet escarneceu.

-Eu não vou deixar você levá-la!- Gritei.

Posso ver as peças sendo colocadas no lugar, a criatura está tão entretida em nos torturar, escarnecer de nós que não vê que está entrando numa armadilha. Eu recuei e recuei e ela veio avançando até que...

-Agora!- Gritei.

-"Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica... Ergo, draco maledicte et omnis legio diabolica, adjuramus te ... cessa decipere humanas creaturas, eisque æternæ perditionìs venenum propinare... - Enquanto Léo e os meninos diziam as palavras do ritual a criatura gritava, se contorcia, se feria, as lâmpadas, os vasos tudo feito de vidro, cristal ou qualquer outra coisa quebrável explodia. Vi o sangue saindo pelos olhos dela e quase chorei. Mas enfim ela foi exorcizada e saiu com um grito alto de agonia. E o corpo de Una caiu no chão.

Deus! A minha filha! Corri para ampará-la, mas ela não acordava.

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