Efeitos Colaterais

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P.O.V. Una.

Lentamente fui recobrando a consciência, primeiro eu senti um colchão fofo sob o meu corpo. Ao abrir meus olhos, num primeiro momento eles foram ofuscados pela claridade da luz branca, mas logo se acostumaram á luminosidade do ambiente e eu percebi que estava num quarto de hospital. Não consigo me lembrar de como ou porque estou aqui, como cheguei aqui é um mistério para mim, mas vi minha mãe dormindo sentada numa poltrona.

Meu corpo todo dói, estou cheia de tubos enfiados nos braços e dá para ver as veias negras ou melhor uma substância negra viajando pelas minhas veias. Nunca me senti tão fraca, sinto que vou morrer e mesmo assim não quis acordar a minha mãe se estou hospitalizada pelo o que quer que seja isso significa que ela sofreu mil vezes mais que eu. Tentei me levantar, mas não consegui pisei no chão e senti que estava pisando em um milhão de agulhas tive que morder os meus lábios para não gritar.

No dia seguinte os médicos me viraram do avesso de tanto exame que fizeram e pelo olhar na cara do Doutor as notícias não são boas.

-Bom, parece que a sua filha tem uma infecção. Nós ainda não conseguimos descobrir a causa, a fonte, mas... está se espalhando rápido e infectando as células saudáveis...- Disse o médico. Ele estava se alongando muito.

-Doutor, eu não sou burra. Não precisa toda esta cerimônia, sei que estou morrendo. Posso sentir. Se eu tivesse que chutar este é o efeito colateral, o preço por ter abrigado o espírito de Amunet dentro do meu corpo por tantos anos. A magia dela era negra, a infecção que está destruindo o meu corpo é a magia de Amunet. Acho que é como um veneno, enquanto ela estava dentro de mim... a cobra é imune ao próprio veneno, mas agora que ela saiu... a imunidade foi junto com ela.- Expliquei mais para a minha mãe que para o médico que me olhava como se eu fosse louca. Mas e dai? Vou morrer mesmo.

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