Una

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P.O.V. Piper.

A Phoebe foi liberada do hospital e está fazendo o seu melhor para ser a melhor mãe para Una. Isso já faz quase três meses.

P.O.V. Phoebe.

A gravidez, as oscilações de humor, o enjoo, os vômitos, o parto... isso tudo foi a parte fácil. Agora sou uma mãe. Noites mal dormidas, estou sempre coberta de vômito de bebê, caca ou qualquer outra substância que a minha filhinha expele. Nojento, eu sei.

Eu mal tenho tempo de ir ao banheiro direito, faz algum tempo que eu não tomo um banho descente. E o fato da Una ser um bebê especial... é ainda mais complicado. O Cole tem que trabalhar, as minhas irmãs também e elas tem suas próprias vidas. Por isso preciso de ajuda externa.

Por isso vou contratar uma babá. Já recusei muitas candidatas, mas então eu encontrei a pessoa certa. Charlie.

Ela não é bruxa, não é sobrenatural, mas está procurando emprego e tem treinamento em artes marciais e sabe atirar.

-Porque me contratou?

-Porque você sabe lutar e atirar. E está disposta a cuidar da Una para eu poder dormir, tomar banho direito e fazer uma refeição decente de vez em quando.

-A maioria das pessoas me recusa por conta do meu treinamento.

-Eu não sou a maioria das pessoas e preciso de alguém que vai protegê-la na minha ausência. Como vai descobrir em breve, Una não é um bebê comum e tem muitas pessoas que querem fazer mal a ela por isso. E desde agora, eu peço desculpas.

-Pelo o que?

-Por te arrastar para o meio disso. Mas, sabe... as coisas que fazemos pelos nossos filhos. Meus parabéns Charlie... está contratada.

-Obrigado.

-Se me der licença eu vou tomar banho, dormir e comer quando acordar.

P.O.V. Charlie.

O meu nome é Charlote Clarence, fui soldado, lutei no Afeganistão, fui dispensada com honras e até já trabalhei para a C.I.A. mas, esta vida cobra muito da gente. Os segredos que tem que guardar destroem sua vida. Destruiu a minha. Por isso eu sai.

Arrumei um emprego de babá em Los Angeles com um salário muito bom. E a mãe da menininha disse que me contratou justamente porque sei lutar e atirar. Disse que precisa de alguém para proteger sua filha pois ela não é um bebê comum. Mas, estou com a criança no colo, olhando para ela, examinando-a e não vejo nada de diferente.

-Porque sua mãe contrataria uma ex- soldado e ex- agente da C.I.A. para ser sua babá? Porque "algumas pessoas" iriam te querer tanto? O que há de tão especial em você?

Vai ver a mãe é doida. Bom, ela me contratou.

A pequena Una começou a chorar e pelo cheiro eu soube.

-Ok, trocar a fralda.

Lavei o bumbum do bebê, troquei a fralda e sentei ela no chão. Ao lado do seu sapinho de pelúcia gordo e verde. Á sua frente estavam cubos de madeira com as letras do alfabeto esculpidos. Então, os cubos se moveram sozinhos, eles foram arremessados na parede formando uma duas palavras.

-Alimente-me.

Olhei para o bebê e seus olhinhos estavam azuis, bem azuis. Neon, frio. E ela estava enfiando um dos cubos na boca.

-Você... fez isso?

Os cubos mudaram de lugar e montaram a mesma frase. Alimente-me.

-Vou tomar isso como um sim.

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