Medidas Desesperadas

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P.O.V. Una.

Eu estou indo relativamente bem, obrigado. Só que não. Massacrei um monte de demônios só para tirar a energia, a magia de dentro de mim, foi egoísta, mas se eu não fizesse eu ia morrer. Funcionou, parou as vozes. Porém, não durou muito e vou ter que fazer de novo e não quero matar um inocente.

Para tornar tudo pior meu professor suspeita de mim e meu vizinho está... no meu pé. O meu vizinho. Ele é o único que pode me ajudar. Nem tudo é ruim. Minhas amigas Lucy e Jane ainda são minhas amigas, mas eu preciso de alguém que me ajude. 

O meu relacionamento com os meus vizinhos também nem é tão terrível. Nós conversamos e eles estão se abrindo o máximo que podem. Até me convidaram para um jantar uma vez.

Eu não queria ter que fazer isso, mas Tempos Desesperados exigem Medidas Desesperadas. E a energia está começando a crescer de novo, não vai levar muito tempo para eu ter que liberar outra vez. 

Então, eu mudei de forma e fui para a Think Thank. Eles detectaram a minha presença na hora.

-Parada!

Me apontaram armas.

-Eu estou aqui para falar com a Equipe Fênix. Vim oferecer um acordo.

Apareci, deixei eles me algemarem e me colocarem numa sala de interrogatório.

-Bem, olha se não é a Gasparzinho a fantasminha camarada.

-Sou muitas coisas, mas não sou fantasma. O seu sarcasmo te ajuda a se sentir mais segura?

A baixinha não respondeu.

-Imaginei que não.

-Você disse que queria um acordo, o que te faz pensar que queremos negociar?

-Eu não tenho tempo ou paciência para ladainha então, vou direto ao ponto.

Arrebentei as algemas e me levantei, os guardas me apontaram as armas.

-Você tem medo de mim porque não tem Poder algum sobre mim não pode me controlar. Não consegue e nem nunca vai. Mas, isso não me torna o inimigo.

-E quem é?

-Odeio essa visão dicotômica e rasa que vocês tem. Amigo ou inimigo, herói ou vilão, mocinho ou bandido. É simplista demais, mas eu posso te oferecer a única coisa pela qual a sua raça anseia acima de tudo e todos, pela qual vocês acabam traindo, ferindo e até matando. Poder. E deixo a Doutora me furar.

-Poder? Tipo ficar invisível?

-Eu não deveria falar nada disso, a última coisa que eu quero é trazer mais morte para o meu povo, mas como estou desesperada e não posso lidar com demônios e feiticeiras e bruxas e fugir dos humanos ao mesmo tempo.

-Demônios e bruxas?

-O livro que a médica pegou.

Eu tirei o Livro das Sombras de dentro da minha bolsa.

-É um Livro das Sombras. MEU livro das Sombras. Um dos e se não o livro das sombras mais poderoso que já existiu. Em outras palavras eu sou a arma que vocês nunca vão conseguir criar.

P.O.V. MacGyver.

Livro das Sombras?

-E o que exatamente é um Livro das Sombras?

-Um livro mágico de feitiços. E esse aqui é particularmente único.

Ela olhou para mim.

-Então você é uma bruxa?

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