Prólogo

138 16 69
                                    

      Minhas mãos estão bem presas com algemas na cabeceira da cama. Não consigo mexer meus braços, e as únicas partes do meu corpo que não tem restrição de movimentos são minhas pernas compridas.

      O quarto tem uma câmera, e a sensação de saber que meu dominador está me vigiando de algum lugar desta casa, me vendo fazer movimentos com as pernas, esticando-as e flexionando-as como faço no balé, deixa minha boceta ainda mais úmida.

      Olho para o lado, vejo minha calcinha rasgada jogada no chão. Uma das marcas dos instintos selvagens de Roman, que adora rasgar minhas calcinhas.

      Ele sempre consegue o que quer, e mesmo quando me proponho a virar o jogo, me lembro do que ficou definido naquele dia, quando tivemos uma de nossas conversas mais sérias. Os termos do contrato BDSM são claros: eu, Danielle, sou só uma submissa. 

      As únicas palavras que posso dizer são sim, senhor. E por mais que isso pareça um golpe contra tudo o que imaginei que eu era – uma garota independente –, sinto que pela primeira vez tenho um propósito.

      No fundo, eu sempre quis ser castigada. E ser submissa é um ato de coragem.

      Enquanto ele não volta, sou instigada com fantasias de como ele vai me possuir. Será uma coisa mais bruta? Um flogger? Ou penetrações prolongadas, com direito a um anal? 

      Antes de sair, ele me mandou ficar relaxada e com as pernas abertas porque assim que voltasse, foderia minha boceta. Mas eu o conheço muito bem pra saber que ele não se contenta só em me foder.

      Fecho os olhos por um instante. Solto um suspiro angustiado. Tenho vontade de me tocar, e justo no dia em que estou sem cinto de castidade, algemas estão me prendendo. 

      Merda!

      Um sorriso brinca em meus lábios quando olho para o teto, na expectativa de que Roman volte logo. Parece que posso escutar seus passos. Meu corpo já chegou a um nível tão grande de desejo, de vontade de me masturbar, que meus olhos se fecham, e então, toda minha excitação escorre pela minha intimidade, melando meu ânus.

      Sinto desejo por mim mesma ao me imaginar como fui deixada aqui.

      Estou completamente nua, usando uma coleira de tachas pontiagudas no pescoço, com uma argola na frente da qual saem correntes finas que se prendem aos piercings dos meus mamilos duros.

      Além disso, um plug com cauda de raposa está bem acomodado no meu ânus.

      Só estou usando um par de botas de cano alto, o que é novidade. Só a alpha slave pode usar botas.

       O delegado entra e rapidamente abro minhas pernas, deixando que ele tenha uma visão agradável da minha boceta e do piercing de bolinhas do meu clitóris. Seus olhos interrogativos escaneiam meu corpo tal como um predador olha para sua presa antes de atacá-la. 

      Parece que meu corpo está pegando fogo e quando vejo seu pênis grande e ereto sendo tirado pra fora da cueca de látex, é como se meu corpo quisesse entrar em combustão.

      — Cansou de esperar? — ele pergunta, se sentando na cama ao meu lado.

      Balanço a cabeça em afirmação e sorrio feito uma garota travessa. Sei que isso pode me custar um castigo, mas não vejo essa intenção nos olhos dele. Recebo um gostoso beijo de língua ao mesmo tempo que as mãos do meu dominador apalpam meus peitos pequenos e descem pela minha barriga até chegarem à fonte da minha luxúria.

      Um gemido de prazer escapa por entre meus lábios, sendo prontamente abafado pelos beijos dele. Meu sexo é tocado, e um dedo é enfiado ali, fazendo movimentos de entra e sai e em círculos. Logo outro dedo é enfiado e meu clitóris é estimulado pelo polegar.

      O policial para de me estimular ao sentir seus dedos foram umedecidos pela minha excitação. Tira a cueca, me mostrando seu pau duro e com veias saltadas, babando de desejo pelo meu corpo.

      — Você foi uma boa menina, vou te dar o que quer.

      Um dominador como Roman Nemov, dizendo que fui uma boa menina? Não sei o que teorizar.

      Se colocando de joelhos sobre meu corpo, Roman Igorovitch me segura pelas coxas, e ergue meu corpo, pra poder ver melhor meu ânus também, e toca de leve na cauda de raposa do meu plug, trocando comigo um sorriso cheio de malícia.

      Mordo meu lábio inferior mantendo meu sorriso travesso, quando ele separa meus lábios vaginais e põe a língua no meu clitóris. Solto outro gemido, começando a enlouquecer.

      — Por favor... — imploro.

      Tocando cada parte da minha boceta, sem perder contato visual comigo e curtindo me torturar, ele segura minhas coxas pela parte de trás e me ergue o suficiente pra minha bunda sair da cama e meu plug de raposa ficar dependurado, balançando.

      Roman posiciona seu pênis grande e salivante, o põe na minha entradinha rosada e o enfia dentro de mim. Era o que eu estava precisando.

Instinto PrimitivoOnde histórias criam vida. Descubra agora