CAPÍTULO 5

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— Você já estava sendo castigado, e ainda assim conseguiu cometer outro erro ao mesmo tempo. - Jungkook reclamou enquanto se afastava, indo mais uma vez até a cômoda.

Quando ele voltou, a primeira coisa que reparei foi um chicote de corda em sua mão, mas isso era o de menos. O que arrepiava meus ossos era seu olhar de puro desgosto voltado para mim, e depois para o próprio abdômen, sujo de porra.

— Olha o que fez em mim!

— E-eu...

— Se orgulha disso!?

— N-Não senhor...

Jeon inspirou profundamente, tentando se manter calmo. Chegou adquirir uma voz mansa e equilibrada, mas que soava um tanto perigosa:

— Lembre-se, você não está lá fora se oferecendo pra qualquer um. Está aqui... comigo.

Sua mão deslizou suavemente pela minha coxa direita, um toque simples que nessa situação me deixou sob efeito de hipnose.

— Percebe diferença, meu amor?

Sabe quando você olha no fundo dos olhos de uma pessoa, mas seus ouvidos não escutam absolutamente nada do que ela fala?

Bem, foi assim que automaticamente concordei, balançando a cabeça sem ao menos processar direito.

— Então, de quarto - Jeon sussurrou sensualmente, antes de estalar o chicote contra a cama com força. — AGORA!!!

A explosão de sua voz fez os meus olhos piscarem rapidamente. Sem hesitar: fiquei de joelhos e me empinei, fechando os olhos com força.

Eu não esperava por uma dor leve, mas porra, Jungkook tratou de pesar a mão logo na primeira chicotada. Foram estalos e estalos... Cada um ardia mais que o anterior.

— Sabe o que deveria fazer com você?

— O q-que, mestre?

— Te foder na entrada dessa boate.

Controlei a vontade de gemer apenas por ouvir isso. Não sei o que acontece comigo, mas sempre que estou preso em quatro paredes, me sinto mais livre do que nunca... Até mesmo para aceitar uma proposta tão anormal.

— Você adoraria que todos passassem e vissem você fodendo, não é?

— Eu... - mordi os olhos lábios, imaginando a cena — A-acho que sim...

— Como admite isso pra alguém que está te educando a não ser uma cachorra no cio?!

Jeon me chicoteou bem mais forte do que todas as vezes. Acabei me desequilibrando e cai de cara nos lençóis.

Comecei a chorar. Tudo que eu fazia parecia errado. Tenho certeza de que se eu tivesse dito "não", ainda assim, ele procuraria algum jeito de me humilhar.

— Venha até aqui - Jungkook instruiu, se encostando na cabeceira da cama.

Com os braços, limpei minhas lágrimas e engatinhei até ele. Deitei-me de bruços sobre suas coxas fartas, e escutei a pergunta que mais temia:

— Quantas palmadas acha que merece?

— Vinte, senhor...

— Vinte? - Jungkook riu, alcançando a palmatória na mesinha ao lado da cama. — Cinquenta - ele endureceu a voz, sério e autoritário. — Vai contar até cinquenta pra mim.

Eu sabia que a dor viria pesada. Depois do primeiro impacto, os próximos queimaram como fogo na minha pele, mas eu tinha consciência de que não era resultante dos tapas. Na verdade, eles estavam bem moderados. O problema era minha bunda, que já tinha sofrido muito pelas chicotadas.

O MESTRE MANDOU Onde histórias criam vida. Descubra agora