•
- Pai, o que está acontecendo? Isso é algum plano do Senhor para mim? O que eu tenho que fazer para descobrir? Estou com tanto medo, estou sentindo coisas que não deveria sentir. - Castiel clamava à seu Pai procurando respostas para tudo que estava sentindo, era tão confuso para o anjo, tão assustador. Cass era um ser puro do coração e muitas vezes não entendia os planos de seu criador, mas toda vez, Ele sempre te dava respostas, sempre tranquilizava o coração de Seu filho e Castiel estava esperando esse momento chegar.
O anjo estava novamente no lago o observando e contemplando como era lindo. Havia acabado de orar quando ouviu seu nome. Ouviu seu nome sair de uma voz muito familiar para ele, uma voz que lhe causava sensações desconhecidas, mas boas. Era Dean e, por um momento Castiel abriu um meio sorriso que logo desapareceu aí lembrar dos acontecimentos de mais cedo. Tentando ao máximo ignorar seus pensamentos foi até onde a voz o chamava.
- Que merda, seu anjo desgraçado, já disse pra não aparecer de surpresa atrás de mim. - Dean disse assustado e com um tom um pouco brincalhão na tentativa de amenizar a situação de antes, o que não deu muito certo.
Castiel estava sério e aquilo apertou no peito de Dean. Saber que seu anjo estava o encarando como um qualquer, era triste. Mas o que ele poderia fazer, ele sabia bem de quem era a culpa. Dele mesmo.
- Castiel, olha... - Dean tocou o ombro do anjo. - Eu queria pedir de...
- Tire suas mãos de mim. - Castiel disse sem esboçar nenhuma emoção o que partiu o coração de Dean.
Sem relutar, o mais velho se afastou do anjo, deixando ir embora também o seu pedido de desculpas.
- Sam pediu pra te chamar, temos um caso. - Dean disse um pouco desanimado e antes que obtivesse uma reposta, o farfalhar de asas foi escutado e Dean suspirou indo em direção à saída do Bunker imaginando que Castiel estivesse do lado de fora com seu irmão o esperando para irem rumo um monstro.
Como pensado, foi confirmado. Sam estava no banco do carona enquanto Castiel estava atrás. Dean entrou no carro e mais uma vez, o tempo passado dentro do Impala foi silencioso.
Chegaram na cidade e foram logo em direção à casa do acontecido. Mostrando seus falsos distintivos do FBI entraram no local e começaram a vasculhar por pistas. A porta de um dos quarto havia marcas de garras enormes mas não havia sinal de arrombamento, o que se concluiu ser de fato, um Lobisomem. Duas garotas haviam sido mortas e tiveram seus corações arrancados, porém, uma conseguiu fugir e por isso, deduziram que o monstro voltaria para pegá-la. Dean sugeriu que fizessem a garota de isca, uma ideia que não agradou Sam, mas no momento era a única opção.
Os irmãos e seu anjo da guarda saíram da cena do crime e se hospedaram em um motel qualquer. A próxima lua cheia seria daqui a dois dias e tudo que fizeram foi esperar.
Durante o tempo que ficaram em cima do caso, Castiel evitava ao máximo falar com Dean. Vez ou outra ignorava o loiro quando ele se direcionava ao anjo. Todas as vezes que Dean tentou pedir desculpas à Cass, foram totalmente falhas. Sam percebia o clima tenso que estava e não aguentava ver seu irmão cabisbaixo daquele jeito, mas sabia que a culpa tinha sido inteiramente de Dean e não poderia ajudá-lo como se o mais velho estivesse certo e ignorar o fato de que seu melhor amigo também estava chateado - e com razão -. O problema era de Dean e não queria se intrometer para não levar uma patada grosseira do irmão, já estava cansado daquilo. Além do mais, como sempre, Sam sabia que nada do que dissesse ajudaria algum dos dois lados. Dean o mandaria calar a boca e Cass... ele respeitava o momento do amigo, sabia que ele não guardaria mágoas e assim que pronto, voltaria a ser inseparável de Dean.
Depois de dois dias, os rapazes estavam se arrumando para finalmente pegar o monstro desgraçado e cruel que matava a sangue frio e se não fosse o suficiente, pegava o coração de suas vítimas. Eles haviam contado a verdade para a sobrevivente e depois de algunas risadas e expressões chocadas, ela acreditou e aceitou a ajudar. Ligaram para a garota que sobreviveu e marcaram de se encontrar perto da casa onde ela estava quando foi atacada. Os três entraram no Impala e foram rumo ao local combinado. Avistaram a garota e estacionaram o carro quase de frente para a casa e logo foram de encontro a menina.
- Olá, Jennie, tem certeza de que quer fazer isso? - Sam perguntou com aquela cara de cachorrinho pedindo carinho pro dono.
- Não se preocupe, tenho certeza! Quero que aquele monstro nojento morra e pague pelo que fez à minhas melhores amigas.
Jennie era apenas uma adolescente que presenciou algo horrível, mas Dean gostou da atitude da menina, talvez até tenha se visto um pouco nela. Dean faria qualquer coisa por Sam e Castiel, qualquer coisa.
A garota entrou dentro da casa e se sentou no chão da sala. A menina tremia igual uma vara, mas estava preparada. Recapitularam o plano várias vezes. Assim que a morena escutasse um assobio, ela correria e se esconderia dentro da lareira. Dito e feito.
Assim que Jennie escutou o sinal, correu e se encaixou dentro da lareira. A garota estava encolhida e sentiu seu sangue gelar quando viu as enormes patas negras passeando pela sala. Não demorou muito para que escutasse um barulho de tiro e um uivo alto. Dean havia atirado no monstro que se mecheu na hora e por muita falta de sorte, a bala tinha acertado apenas no braço do animal que uivou alto e em seguida pulou pra cima de Dean. Mais um tiro foi disparado, dessa vez por Sam e acertou nas costas do Lobisomem o fazendo cair no chão. Ele ainda não estava morto e quase se levantou para atacar de novo quando sua cabeça foi cortada em um ato inesperado pelos irmãos. Dean e Sam olharam para Castiel que permanecia com seu semblante serio. O anjo levantou seu olhar do monstro até Sam e por fim parou nas íris verdes de Dean que o encarava de forma intensa. Sentiu seu corpo fraquejar por um segundo e então cortou o olhar indo em direção à lareira e ajudando a menina a sair. Sam e Dean se entrolharam.
- Obrigada! - Agradeceu Jennie quando Castiel ofereceu sua mão ajudando-a sair de dentro da lareira.
A menina foi até o Lobisomem e sentiu seu estômago embrulhar. Respirou fundo e abriu um pequeno sorriso triste, olhou para os três homens e agradeceu.
- Obrigada mesmo. É bom saber que essa coisa não vai machucar mais ninguém.
- Sinto muito pelas suas amigas, garota. - Sam disse se abaixando um pouco até ficar a altura da morena e estendendo uma mão sobre o ombro da menina, ele a olhou com um olhar afetuoso e recebeu mais um sorriso triste. - Mas como você disse, ele não vai mais machucar ninguém.
A garota agradeceu mais uma vez e assim os quatro foram em direção ao carro. Dean deixou Jennie em casa e os três voltaram para o motel a fim de juntarem suas coisas e voltarem para o Bunker.
•
Olá, digam o que acharam do capítulo!! Sinceramente, não gostei muito por não saber escrever cenas mais complexas e talvez eu tenha repetido muito algumas palavras, mas espero que tenham gostado pelo menos um pouco :)
Beijos!
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙶𝚞𝚊𝚛𝚍𝚒𝚊𝚗 𝙰𝚗𝚐𝚎𝚕 - 𝙳𝚎𝚜𝚝𝚒𝚎𝚕
FanfictionSentimentos são coisas humanas. Castiel não é humano. Após anos ao lado dos irmãos Winchester, Castiel ainda não havia aprendido muito sobre os humanos. Não entendia alguns de seus comportamentos um tanto quanto peculiares, suas gírias, frases de d...