No outro dia de manhã tudo correu normal. Cas sentia como se estivesse flutuando. Não trocou muitas palavras com Dean por vergonha, apenas se encararam por quase todo o tempo e davam sorrisos bobos e envergonhados um para o outro, o que não passou despercebido por Sam, que fazia questão de atrapalhar sempre o momento para poder rir de como seu irmão ficava engraçado com raiva. Dean havia saído para comprar o almoço, Sam estava fazendo alguma coisa no quarto e Cas se encontrava novamente vendo programas na TV da sala.
— Oi, irmão — Castiel se virou abruptamente quando ouviu a voz de Gabriel ecoar pela sala e pôde ver seu irmão ferido como nunca estivera antes.
— Gabriel, o que houve? — o anjo correu até seu irmão e o segurou em seus braços o colocando no sofá.
— Eles vieram atrás de mim, Cassie, e virão atrás de você também. Precisa ir embora daqui e achar um lugar pra se esconder.
— Não, eu não posso ir embora, preciso proteger Sam e Dean — Castiel se levantou do sofá e correu procurando o kit de primeiros socorros para tentar ajudar nos ferimentos do irmão. — Desculpe, não tenho graça o suficiente para tr curar.
— Tudo bem, já estou me curando, apenas me machucaram, não conseguiram roubar nada. Agora escute, irmão. Sei que quer proteger o rapazes, mas precisa pensar em você, diga a eles que precisam fugir e saiam daqui o mais rápido possivel.
— Mas se formos embora, quem vai impedir Baraquiel?
Gabriel o olhou melancólico e não tinha noção de quantas vezes desejou que Castiel não se preocupasse tanto em sempre salvar a todos.
— Talvez seja a hora de não tentar impedir nada, Cassie.
— Não! Não podemos deixar que ele faça isso, ele vai acabar com o céu e a terra.
— Castiel, pense no seu bem pelo menos uma vez e não no de todo mundo, seja egoísta às vezes — o arcanjo levantou e se virou para seu irmão que permanecia sentado olhando fixamente para o nada. — Eu não vou me arriscar novamente, não tenho forças o suficiente para luta contra ele e seus escravos, vou fugir e espero que faça o mesmo. Adeus, Cassie.
E assim o baixinho sumiu deixando Castiel pensando em suas palavras. O Serafim não era assim e nunca seria, ele admirava tudo que Seu Pai havia criado e nunca desitiria de salvar humanidade e seus protegidos.
— Cas, o Dean ja voltou do mercado? Escutei vozes aqui — Castiel se virou para o corredor e pôde ver Sam o fitando curioso.
— Sam, acho que precisamos conversar.
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Estavam o três apostos à mesa, Dean e Sam com olhares preocupados a Cas que ainda não havia dito nenhuma palavra.
— Cas, o que aconteceu? — Perguntou o mais novo.
— Gabriel apareceu aqui ferido. Baraquiel foi atrás dele também e com isso pude ver sua força. Gabriel é um dos anjos mais poderosos e estava mais machucado que nunca, temos que impedi-lo.
— O que? Gabriel esteve aqui? — Sam perguntou e ignorou a olhada de repreensão vinda de seu irmão.
— Cas, você está dizendo que ele forte, acho que não temos nada o que fazer, provavelmente morreríamos.
— foi a vez do mais velho falar.— Dean, Gabriel me disse para fugir, mas não posso, você sabe que eu não sou assim — Dean sentiu uma pontada no estômago com o jeito que o anjo o olhou, ele realmente conhecia o moreno melhor do que ninguém e sabia que ele faria tudo para sempre salvar a todos — Não posso deixar Baraquiel tomar o céu e fazer o que quiser com a terra. Eu nasci para lutar e é isso que eu vou fazer.
— Cas, por favor, escute seu irmão e vamos fugir, você não pode se machucar, está fraco — O loiro suplicou agarrando a mão de Castiel. O anjo o olhou como se pedisse algo e Dean cedeu para aqueles olhos azuis penetrantes. — Tudo bem, mas vamos nos proteger primeiro e depois pensamos em algo a fazer.
Castiel o olhou agradecido e Dean sorriu, mas novamente o momento foi atrapalhado com o pigarrear debochado de Sam.
— Vou procurar algumas proteções contra anjos, vão para um quarto, por favor — Sam disse se levantando e deixando dois homens vermelhos como pimentões.
Os dois em questão se levantaram e ficaram de frente um para o outro e a imensidão de dois pares de olhos se perderam um no outro. O verde no azul.
— Obrigado, Dean.
— Olha só, se a coisa começar a ficar séria demais, me prometa que vamos fugir pra bem longe daqui — Dean chegou mais perto e o peito de Cas começou a se esquentar, o anjo olhou para baixo mas teve seu rosto levantado por dedos gelados e macios. — Me prometa, Cas.
O anjo não conseguia resistir aquele rosto de cachorro abandonado e as esmeraldas suplicantes que o fitavam. O momento mão era o melhor, mas depois do que fizeram naquele quarto, ficou ainda mais difícil para o anjo se controlar perto do loiro quando sua mente o autosabotava.
— Eu prometo.
Dean acenou com a cabeça e fez carinho nas bochechas do mais baixo que fechou os olhos para se deleitar no toque. Com a expressão de Cas, também não era muito fácil para Dean se controlar. As faíscas no peito dos dois se acendiam com qualquer mínimo contato ou gesto, às vezes nem físico precisava ser. Mas não era só tesão nem desejo carnal, os dois sabiam que se amavam e sentiam a necessidade de ficarem perto o tempo todo, era a sensação mais pura e prazerosa do mundo, ao mesmo tempo que também era sexy e necessitada.
Cas abriu os olhos e pôde sentir suas bochechas queimarem ao ver o jeito que seu protegido o encarava. Dean achava fofo.
— Vergonha, anjo? — Dean se aproximou mais e perguntou de forma sexy, fazendo Cas se arrepiar. O moreno riu envergonhado e provocativo e segurou em seus ombros.
— Não seja bobo, Dean.
— Então não sente vergonha quando está comigo?
— Não foi isso que eu disse.
Os dois se aproximavam mais diante as provocações e Dean finalmente colocou seus lábios em um beijo lento. Os dois aproveitavam cada momentos e se deliciaram de todos os toques, tanto da mão quanto da língua. Cas segurava firme o braço de Dean enquanto suas mãos pousavam na nuca e puxavam os fios pretos. Terminaram o beijo com um selinho demoraram e se afastaram sorrindo. Para os dois, com certeza não havia sensação melhor do que aquela.
— Vai assistir algo, vou preparar o almoço e depois damos uma cochilada juntos. O que acha? — Dean sugeriu dando um selinho em Cas quando o mesmo concordou. Se dirigiu até a cozinha observando o outro sentar no sofá e pensou que tinha a certeza que amava Castiel, seu protetor.
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Oi gente, podem me xingar por ter ficado mais de 1 mês sem escrever ok. Tava num bloqueio terrível e todas as vezes que entrava aq n conseguia escrever nada. Tb to num momento bem difícil da minha vida, ent só piora tudo. Queria q me dessem algumas ideias do q fazer nos próximos capítulos, iria me ajudar muito. Até!!
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𝙶𝚞𝚊𝚛𝚍𝚒𝚊𝚗 𝙰𝚗𝚐𝚎𝚕 - 𝙳𝚎𝚜𝚝𝚒𝚎𝚕
FanficSentimentos são coisas humanas. Castiel não é humano. Após anos ao lado dos irmãos Winchester, Castiel ainda não havia aprendido muito sobre os humanos. Não entendia alguns de seus comportamentos um tanto quanto peculiares, suas gírias, frases de d...