Como ainda não tinham descoberto nada, a não ser aquelas sondas, não podiam planear nada, por isso foram dormir.
No dia seguinte para grande surpresa de todos, ninguém tinha que ir trabalhar. Leonor lembrou-se de ligar à família e foi chamar Karen ao quarto.
- Karen, vamos ligar aos pais e ao mano. Agora temos 10 minutos por mês para eles. Tu falas 5 minutos e eu falo 5, pode ser?
- A sério?! Yeeeeeeey!
- Vamos ligar.
Então as duas raparigas ligaram e atendeu a mãe.
- Mãe! Como é que vocês estão? Tenho tantas saudades! Eu quero ver-vos! - Karen falou entusiasticamente.
- Ó filha! Tantas saudades que eu tinha de vocês! Estamos bem querida. Também queríamos ver-vos, mas acho que isso não é possível, docinho. E vocês como estão?
- Estamos bem. Só tenho 5 minutos, para a mana falar também.
- Olha vou passar ao pai está bem?
- Sim.
Falaram durante 5 minutos e agora era a vez de Leonor falar primeiro com a mãe e depois com o pai. Disseram o olá, como estão e tudo o resto e no fim os pais disseram a Leonor:
- Lio, meu amor, cuida bem da tua irmã. E tenta que ela continue a menina que sempre for, tenta explicar-lhe que é impossível ver-nos por agora. E cuida também de ti.
Desta maneira terminou a conversa, porque as linhas cortaram-se. Depois ligaram ao irmão e falaram durante 5 minutos cada menina como já tinham feito.
À noite não tinham que comer, as meninas estavam cheias de fome. Afonso e Leonor não aguentavam vê-las a morrer de fome. Então Leonor disse que ia sair e procurar nem que fosse frutos para elas comerem. Afonso disse que a acompanhava, e foram. Não que tivessem grande oportunidade de encontrar alguma coisa, já que quase não existiam espaços verdes. Fartaram-se procurar e nada. Até que uma senhora apareceu e perguntou de que andávam à procura.
- Estamos à procura de alguma coisa para dar de comer às nossas irmãs mais novas. Não comeram o dia todo porque hoje ninguém teve trabalho. - respondeu Karen.
- Se quiserem posso dar-vos ali uma sopa. Afinal eu já comi hoje e vocês não. Também tenho pãezitos.
- Mas a senhora tem a certeza?- perguntou Afonso.
- Sim. Vou ali buscar e já volto.
E a senhora deu mesmo a comida. Depois de agradecerem tanto, foram para casa e comeram todos que nem uns famintos.
Faltava pouco para a meia-noite, momento em que poderiam falar à vontade.
- Podem levar-nos ao quarto e depois dar-nos um beijinho?- Angie perguntou com aquel vozinha fofinha.
-Claro.-disseram os dois jovens em coro.
Depois disto, foram para a sala.
- Ouve, aquela sonda aparece às 6 da manhã. Eu consegui ver.
- Bom já é um avanço, mas não temos nada que nos ajude a conspirar. Não temos nenhuma fraqueza, nada.
- É verdade.
Ficaram em silêncio até que Afonso falou:
- Tu dá-vas uma ótima mãe. Tu cuidas mesmo bem de crianças e és capaz de tudo para as proteger.
- Olha quem fala, tu és igual. Quer dizer não davas uma boa mãe, mas um bom pai.
Começaram ambos a rir. Eles estavam ali a olhar-se e Lio sentia o seu coração a acelerar, assim como Afonso se via nervoso.
- Sabes também és uma ótima amiga.
- Tu também.
- Acho que devíamos ir dormir.
- Pois.
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A luta contra a invasão
General Fiction#1- O início Há algum tempo atrás uma rapariga vivia num planeta lindíssimo, o seu nome era Leonor, ela era linda, generosa, sensata e humilde. Tinha o cabelo castanho claro e macio, os olhos castanhos e brilhantes, um olhar feliz, era alta e era...