Capítulo sem título 13

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   Leonor estava mesmo entusiasmada e ansiosa para ir até ao palácio. Eram 15:40 quando Lio saiu de casa. Despediu-se das duas meninas ( Afonso não estava em casa ) e foi. 

   Quando chegou perguntaram-lhe o que queria.

- Vim a mandado do governador. Sou a Leonor.

- Vamos comunicar com o governador. Aguarde um momento.

- Pode entrar.

- Obrigada.

   Lio entrou e dirigiu-se até à sala principal acompanhada por dois guardas. 

- Boa tarde senhor! - dizia Leonor muito nobremente enquanto fazia uma vénia.

- Boa tarde Leonor. Ainda bem que vieste. Fiquei agradado com a tua mensagem.

- Apenas disse a verdade, meu senhor. " Claro que sim, não perdes pela demora! " - dizia e pensava Lio simultaneamente.

- Sim estou a ver. És capaz de reconhecer as boas coisas. Ainda não tinha encontrado ninguém que apreciasse tanto o meu trabalho neste planeta.

- Tenho a certeza de que os outros o admiram, mas não sabem bem como contactá-lo.

- Mas diz-me, tu já foste castigada uma vez por nos insultares. Porque mudaste de ideias?

- O castigo que sofri, foi um dia ou dois depois da sua chegada, ainda não sabia as coisas boas que nos trazia e como nos obrigava a trabalhar em troca de um prato de comida ou roupa, eu fiquei bastante zangada, afinal nós não estávamos habituados a viver assim. Mas estou muito arrependida, agora vejo o valor das suas ações ( horríveis, seu sacana ).

- Sim, eu sei analisar as pessoas muito bem e vejo que o que dizes é verdade.

" Se soubesses analisar, não confiavas em mim, governador vaidoso, convencido e malvado! "

- Eu quero fazer-te uma proposta.

- Claro diga, tudo o que quiser.

- Então, tu pareces uma jovem cativante, por isso gostaria que te juntasses a nós, trabalhasses neste palácio, fazendo anúncios a nosso favor. Em troca ganharias dinheiro e não um simples prato de comida.

- Bem, sinto-me lisonjeada. Mas quero que saiba que eu aceito, mas não precisa de me dar dinheiro. Faço isto com todo o gosto. Afinal as pessoas precisam de acreditar em si, assim como eu.

- Eu pago-te na mesma. 

- Obrigada.

- Começas amanhã às dez da manhã e sais às cinco da tarde.

- Sim. Precisa de mais alguma coisa?

- Não, pode retirar-se.

   A Leonor triunfante e com uma pequena vitória, saiu acompanhada pelos mesmos guardas e foi para casa.

" Uau governador, não sabia que eras tão ingénuo. Fizeste exatamente o que eu e o Afonso queríamos."

A luta contra a invasãoOnde histórias criam vida. Descubra agora