XI

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Killua's pov
23:12pm

- Gon, acho melhor nós irmos embora. - Digo sem nem conseguir olhar em seu rosto, de vergonha, provavelmente.

- Tudo bem, me desculpa. Eu não deveria ter feito isso me desculpa mesmo, Killua. - Ele se desculpa enquanto segura minhas mãos. Vejo seu rosto vermelho e com uma expressão procupada.

- Não se preocupe com isso, Gon. Quer me acompanhar até a minha casa? - Pergunto com um sorriso no rosto, apenas para tranquilizá-lo.

- Uhm-hum! - ele concorda com um sorriso em seu rosto. Gosto de ver ele assim, sorridente e feliz. Se ele estiver feliz, eu também estarei.

Saimos da taverna. A chuva parou um pouco antes de sairmos, ainda bem.
Caminhamos lado á lado, com nossas mãos se esbarrando de vez enquanto. Não acho que seja sem querer, pelomenos não da parte dele, não que isso seja ruim, é claro. Gosto quando ele toma iniciativa de algumas coisas, eu não acho que eu tenha coragem o suficiente pra tomar iniciativas pra algumas coisas desse tipo.

Consigo ver minha casa de onde estamos. Não acho que isso seja bom, eu sei oque me espera lá dentro e por isso, achei que seria bom enrolar um pouco o Gon antes de chegarmos na minha casa.

- E então, Gon... - Exclamo desacelerando meu passo e ele faz o mesmo. Vejo seu olhar se voltando para mim.

- O que foi, Killu?

Me aproximo dele lentamente e jogo meus braços em seus ombros, fazendo seu rosto se avermelhar levemente.

- Quer continuar de onde paramos? - pergunto enquanto ele segura fortemente minha cintura, me fazendo arrepiar.
Talvez eu me arrependa de ter feito tudo isso mais tarde, mas, por enquanto eu não quero me preocupar com isso. Apenas quero desfrutar dessa lúxuria que espera por mim.

- Não tem ninguém nas ruas, eu acho que não tem problema...- ele afirma com os olhos brilhando, me olhando de cima a baixo.
Seguro sua nuca e dou um leve selar nos lábios do moreno, e finalmente, sinto seus lábios nos meus. Seus lábios são macios e carnudos, ele é tão bonito que doí.
Borboletas desabrocham como flores em meu estômago. É uma sensação um tanto esquisita, é boa e diferente de tudo o que eu já senti antes. Será que ele também sente isso? eu não posso me apaixonar por ele, por que, eu sei que se eu gostar dele, alguma hora eu terei que parar de gostar.

Eu gostaria de sentir isso pra sempre, seus lábios, suas mãos, sua voz, seu toque, seu cheiro e respiração, Tudo.
Não posso deixar o Illumi saber disso, nunca. Eu não consigo e nem quero imaginar o que ele faria comigo ou com o Gon, não consigo me imaginar sem o Gon, não vejo um futuro sem ele, não vejo vida sem ele. Ter que me separar dele pra sempre é algo no mínimo doloroso, como se fosse minha pena de morte, sem nem um tiro de misericórdia.

Nos separamos pela falta de ar, ambas respirações ofegantes.

Vejo ele olhando pra mim envergonhado pela ação, seus olhos...seus olhos são lindos, são acolhedores e inocentes, como se me puxassen pra uma realidade diferente dessa, uma realidade em que apenas coisas boas acontecem, ao olhar para o mesmo, sinto que toda essa bagunça vai finalmente embora  pelomenos por um tempo. Me sinto livre, me sinto amado por ele.

- O encontro foi ótimo, Killu. precisamos sair mais vezes juntos. - ele sorri.

- Nós acabamos de sair, eu nem fui embora ainda e você já está com saudades, uhm? - dou de ombros.

- Claro que eu estou, afinal, eu sei que daqui a alguns minutos, nós vamos seguir para caminhos diferentes, e eu não quero isso. - Ele choraminga enquanto me abraça fortemente.

- Eu também não quero, mas nós ficamos a noite inteira juntos, não é? podemos sair semana que vem também. - retribuo o abraço.

- Tudo bem. Se cuida Killu, foi incrível sair com você hoje, me mande mensagem quando chegar em casa. - ele afirma e me dá um leve selar na testa.

- Digo o mesmo. - dou um selar rápido em seus lábios. - Obrigado por tudo. - Afirmo com o rosto avermelhado. Ele sorri.

- Eu que agradeço, por ter aceitado meu convite, por ter me ajudado com a minha roupa, por tudo mesmo. - ele afirma olhando em meus olhos. Me dando um selar na minha bochecha esquerda.

Abraço ele fortememte pela última vez até eu ir pra casa, eu gostaria de ficar abraçado nele pelo resto da vida que ainda me resta, sentindo seu cheiro e sua respiração no meu pescoço, seus braços rodeados em minha cintura.

- Eu preciso ir agora, Gon. - afirmo sem tirar meu rosto de seu pescoço.

Ele permanece em silêncio.

- Gon, me solta logo, eu preciso ir. - Afirmo enquanto tiro minhas mãos de seus ombros, colocando-as em sua cintura.

Ele me solta e olha pra mim, com uma expressão emburrada.

- Fica bem, Killu.

- Você também, Gon.

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819 palavras!

O Sangue de Azar (Killugon)Onde histórias criam vida. Descubra agora