Capítulo 11

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  Nos afastamos,  então olho em seus olhos, aqueles olhos amendoados que  só bastavam olhar para mim e meu corpo queimava.

Padre jeon-  acho  melhor entrarmos, Já está tarde.

Eu apenas assenti  com a cabeça  e me levantei. Segui para dentro de casa, mas antes de entrar  olhei para trás,  ele ainda  estava lá sentado.

Sn-  não vá entrar  agora?

Padre Jeon-   daqui a pouco.

Não questionei, apenas segui para meu quarto.
Deitada  na minha cama  sentindo  milhões de borboletas  em meu estômago,  sem acreditar  no que aconteceu.
Passava meus dedos em meus lábios, ainda podia sentir o seu toque, o gosto do seu beijo, aqueles lábios finos e macios.

Acordo pela manhã vou pra o banheiro faço minhas necessidades,  me olho no espelho, minha boca  já estava doendo de tanto que eu não para de sorrir. Não conseguia esquecer  o beijo.
Visto minha roupa e sigo para a cozinha preparar  o café.

Preparo o que ele gosta de comer no café da manhã, arrumo a mesa.
Quando estava pegando as xícaras pra colocar sobre a mesa ele  aparece na cozinha.

Padre Jeon-  Bom dia Senhorita.

Sn- bom dia Padre jeon.

Me sento na cadeira a sua frente , ele agia como  se nada tivesse acontecido, o sorriso no  rosto  como sempre manteve.
Falávamos sobre uma   campanha  para arrecadação de dinheiro  pra ajudar o orfanato  aqui de perto.

Sempre que ia tocar no assunto  ele  desviava  da conversa.  Ele não queria falar sobre o que havia acontecido.

Padre jeon-   chamaremos algumas irmãs  do convento pra ajudar.
Se você  quiser ir e levar  algum conhecido  será muita bem vinda.
Faremos uma feirinha e venderemos algumas comidas.

Sn-  claro. Será por uma boa causa. Chamarei o Jimin para ir comigo.

Ele me olhou  ao ouvir falar  o nome do jimin.
Mas logo disfarçou.

Padre jeon-  ótimo,  quanto mais pessoas ajudarem melhor. Virão algumas crianças  da catequese  pra cá.

Sn-  o senhor gosta mesmo de ser Padre não é... sempre quis ser Padre?

Padre jeon-  pra ser sincero  não. Sempre  quis ser um policial.
Mas minha mãe  sempre quis que eu fosse Padre,  então aprendi  a gostar do que sou.

Sn-  onde está sua mãe agora?

Padre jeon-   ela mora em Buzan com meu pai.  Todas as vezes que falo com ela, me faz questão de lembrar o quanto sente orgulho  do seu filho por ser um Padre.___sorri anasalado ___

Sn- você não precisa ser mais aquilo  que ela que, você não é mais uma criança.

Padre jeon- é isso que eu sou Sn.  É oque eu me tornei.

Eu não estava mais  afim  de ouvir essa conversa, me levanto e coloco a xícara  sobre a pia.
Se ele queria assim, então era o que  eu iria fazer, agir  como se nada tivesse acontecido.
Talvez fosse o certo a se fazer.

A tarde depois que as crianças  chegaram,  preparei um pequeno lanche e levei até a igreja, não era minha obrigação,  mas fiz com muito carinho.

Me sento em um dos bancos da Igreja e observo  Jeon conversar  com aquelas crianças.

Algumas horas se passaram e resolvi sair um pouco. Precisava  esvaziar a cabeça.
Vejo uma pequena pracinha onde tinham algumas crianças  brincando. Fico observando  o movimento das pessoas.
Já estava escurecendo um pouco.
Olho pro céu  e me lembro  do nosso beijo.
Solto  um sorriso  anasalado.
Sinto algumas gotas de chuva caírem sobre meu rosto.
Apresso os passos  na volta para casa,
  Ainda no meio do caminho a chuva ficou mais forte. Vi uma lojinha onde tinha uma pequena lona na frente, então corri para me abrigar e esperar  a chuva passar um pouco.
Eu estava com frio, minha roupa estava totalmente  encharcada. Ao ver que a chuva diminuiu  um pouco sigo  para casa

Ao entrar  vou direto para meu quarto.

Pego a toalha e vou para  o banheiro , troco de roupa e deixo  a molhada sobre a pia.

Já com a roupa seca e quentinha , pego meu celular  que fico em cima da  mesinha.
  Haviam 13  chamadas  perdidas do Padre Jeon, e 8 chamadas perdidas do Jimin.

Ligação on...

Jimin-  até que enfim  você apareceu,  eu te liguei várias  vezes, onde estava?

Sn-  desculpa,  eu  fui caminha um pouco na praça  aqui  perto e deixei meu celular em casa.
Aconteceu  alguma  coisa?

Jimin-   não, só liguei pra falar com você,   queria te chamar pra sair um pouco.

Sn- hoje não vai dar, estou exausta, sem contar na chuva que peguei  quando voltava pra casa. Não quero abusar  da sorte.

Ouço batidas  na porta.

Sn- preciso  desligar agora, depois falo  com você.

Jimin-  tudo bem. Se cuida.

Sn-  pode deixar, se cuide também.

Desligo o celular e peço que a pessoa entre.

Sn-  pode entrar.

Padre jeon-   Não vai  jantar?  Estava esperando a senhorita . Liguei mas esqueceu  seu celular em casa.

Sn-  desculpa,  mas não estou  com fome. Eu só quero ficar quietinha  e dormir.
Minha cabeça  dou um pouco. Acho que preciso descansar.

Padre jeon- claro...  se precisar de alguma  coisa, estarei no meu quarto .

Sn-  Obrigado Padre.

Ele fecha  a porta e  jogo meu corpo sobre a cama.   Eu Precisava  descansar .

𝙈𝙀𝙐 𝙋𝙀𝘾𝘼𝘿𝙊-  𝙅𝙀𝙊𝙉 𝙅𝙐𝙉𝙂𝙆𝙊𝙊𝙆Onde histórias criam vida. Descubra agora