Capítulo 3

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Após  limpar a igreja , sigo para sala onde encontro  o Padre  Jeon  lendo a Bíblia,  ele parecia concentrado, me sento no sofá a sua frente  e fico prestando  atenção  em cada palavra  que ele falava.
Foi aí que resolvi perguntar.

Sn- o senhor gosta de ser Padre?

Sua atenção  foi diretamente  para mim.

Padre Jeon- claro... porque não iria gostar de trabalhar  para Deus?

Sn-  nada,, é só que o Senhor é tão novo...  o senhor nunca pensou  em se casar?

Ele fecha a Bíblia  e olha nos meus olhos.

Padre Jeon-  Padres não podem se casar Senhorita,   temos tudo que precisamos quando fazemos a vontade de Deus.
Mas a Senhorita nada a impede  de casar,a família é um projeto de Deus desde a criação do mundo. Deus criou o homem e a mulher para se unirem em casamento e formarem uma família.

Sn- eu não encontrei  alguém  com quem eu queira construir  uma família.

Padre Jeon-  bem, mudando de assunto, preciso me apressar, irei visitar  um convento hoje a tarde.

Sn-  eu posso ir com o Senhor? Já terminei  a limpeza  da Igreja  e não tenho nada pra fazer  mais tarde, se não for  encomodo.

Padre Jeon-  claro que não é, quanto mais pessoas conhecerem o trabalho de Deus melhor.  Sairemos as 14:00

Sn- claro... enquanto  isso irei fazer nosso almoço,  com licença  Padre Jeon.

Já fazendo o almoço  me pego pensando sobre  as palavras  do Padre,   se ele prega sobre família  e que Deus fez o homem  ea mulher  para estarem juntos,  soa um tanto sem lógica  pra ele que é Padre.

Almoçamos, e fui para meu quarto me arrumar para podermos sair,  coloquei um vestido  mais comportado que eu tinha, a maioria dos meus vestidos marcavam totalmente  minhas curvas, já que iria  pro convento teria que ir mais apresentável, ou as  irmãs  de lá me julgaria  até a última  geração. Fiz uma maquiagem  básica  e um batom rosa pra dar uma cor nos lábios prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, estava um pouco quente pra deixar  ele solto.

Na sala o Padre estava com a sua batina de sempre,  cabelos bem alinhados,   as vezes imagino como seria por baixo  dessa batina, que Deus me perdoe.

Padre Jeon-  está bonita  Senhorita Sn,  podemos ir?

Sua fala me faz corar, assenti  com a cabeça  e seguimos para seu carro.
  O caminho foi um silêncio  total, não tinha muitos assuntos  a serem discutidos, mais ou menos uma hora depois chegamos no convento.

Ao entrar haviam  umas irmãs  que veio  nos cumprimentar.

Irmã-  Boa tarde Padre... vejo que trouxe  visita  hoje.

Padre Jeon-  sim, essa é a Sn, ela está trabalhando  na Igreja  agora, Dona Rosa  se aposentou, já estava  de idade.

Sn-  Prazer em conhece-la

Irmã-   seja bem vinda, você não deseja se juntar  a nós  algum  dia?

Sn-  ah não, esse assunto nunca foi algo que desejei,... mesmo assim eu nem poderia...

Irmã-  entendo. Vamos entrar, 

Ali estavam algumas crianças  e adolescentes, esperavam o padre para uma palestra.

Me sento no banco e observo o Padre Jeon falando  sobre o amor de Deus,
O jeito que ele tocava no cabelo, seus lábios finos, o sorriso  que ele dava quando faziam uma pergunta na qual ele se interessava, tudo nesse  homem era perfeito.
Balanço  minha cabeça  pra voltar a realidade.

Do lado de fora havia um jardim enorme de rosas vermelhas, o que me encantou, me aproximei. Sentindo aquele aroma,  ao tentar pegar uma me furei com um espinho, automaticamente  levo meu dedo a minha boca para estancar o sangue,
Me assusto ao ouvir alguém falar atrás  de mim.

Padre Jeon-  se machucou?  ___se aproxima ___

Sn- furei meu dedo um um espinho, nada demais...

Padre Jeon-  deixe me ver...

Ele se aproximou pegando na minha mão  e olhou o meu dedo,seu rosto estava próximo ao meu, pude notar uma pequeno sinal logo abaixo do seu lábio  inferior,  a sua boca era tão rosada,  podia sentir o sua respiração  batendo no meu rosto. Por um momento desejei sentir  o gosto dos seus lábios. Saio do tranze quando  uma freira chega nos chamando.


No carro de volta para casa,  o Padre quebra o silêncio  que havia ali.

Padre Jeon-  o que  a senhorita  quis dizer quando falou, que não poderia  ser uma freira, mesmo que quisesse?

Sn-  eu não  sou mais virgem  Padre... é  difícil  de encontrar  uma virgem  hoje em dia, só realmente quem quer seguir  os planos  de Deus.

Padre Jeon-  entendo... você  sabe que o sexo só poderia ser consumido durante o casamento  não sabe?

Sn-  sei... mas nunca liguei pra isso,  quando sinto vontade  vou lá e faço.  Não me leve a mal por minhas  palavras .

Padre Jeon-  nunca a julgaria,  meu dever é orienta-lá, Deus nos deu um livre arbítrio  para escolhermos.

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Já  faziam pouco mais de um mês que estava trabalhando na Igreja, até agora tudo  tranquilo.
Hoje Jimin se apresentaria  em uma lanchonete  conceituada, penso em chamar o Padre, mas não sei se  ele irá aceitar.

Saio a procura do Padre  Jeon,  ele estava regando algumas flores do jardim  da casa.

Sn- Padre Jeon... hoje a noite meu amigo  irá se apresentar  pela primeira  vez em uma lanchonete, eu queria saber se o Senhor não gostaria de vir comigo.

Padre Jeon-  hoje não tem missa então eu irei com você.

Sn- obrigado  Padre Jeon, saímos as oito horas.

Feliz por saber que ele aceitou  ir comigo,  volto para o quarto  com um sorriso  largo no rosto.


Continua....



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