Rajada
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Rajada: se você demorar mais 1 minuto eu vou meter o pé e tu não vai.
Helena: mais eu não tenho roupa, amor.
Rajada: eu te passei a visão ontem, não comprou porquê não quis.
Helena: mais jean...
Rajada: 1 minuto helena-fechei a porta do quarto deixando ela falar sozinha.
Eu disse ontem pra ela que ia ter um bagulho na casa mina mãe pra comemorar o aniversário dela, ela só balançou a cabeça concordando e voltou a atenção para o celular, estou aqui esperando tem uma hora no bagulho e essa mina ainda tá escolhendo roupa.
Foi tempo de poder sentar no sofá e ela apareceu.
Rajada: achou a roupa rapidinho ne?
Helena: uma roupa horrível ainda por cima.
Rajada: reclamada não.
Saí de casa, entramos no carro e eu guiei pra casa da coroa.
Estacionei o carro do outro lado da rua, destravei e desci. A helena veio para o meu lado e segurou na minha mão.
O portão estava encostado, entrei olhando em volta da casa, me senti em um asilo, só tinho velho nessa porra.
Passei o olho procurando a minha mãe, mas encontrei um par de olhos puxados, no meio de tanta velha naquele quintal só tinha uma mais nova e que se destacava pra caralho, qualquer um que entrasse aqui a atenção de primeira ia pra ela.
Parece que ela sentiu que tinha alguém olhando pra ela e procurou até seu olhar se encontrar com o meu, ela me analisou de cima a baixa e voltou a para os meus olhos.
Sei lá quanto tempo ficamos nessa troca, foi rápido mais pra mim foi como se estivesse em câmera lenta, eu poderia ficar nessa por um bom tempo.
Helena: amor?
Rajada: viu a minha mãe?
Helena: não.
Rajada: ta, então ela não está aqui fora-concertei minha postura.
O cabelo até os ombros, pele negra, e um olhar marcante, quem é a porra dessa mulher que eu nunca vi por aqui antes?
Dei uma ultima olhada pra ela e dessa vez ela estava conversando com um cara que só agora eu percebi ele do lado dela.
Entrei dentro da casa e subi as escadas atrás da minha mãe, achei ela no quarto.
Rajada: eai coroa.
Alice: pensei que você não vinha-levantou da cadeira vindo me abraçar.
Helena: oi sogrinha-deu um abraço na minha mãe que olhou pra mim-parabéns, tudo de bom na sua vida.
Alice: obrigada querida-sorriu.
Essas daí sabe fingir bem, nenhuma das duas se suporta, só eu sei o que escuto dessas daí, é uma falando mal da outra pra mim, mas já falei pra Helena que não quero ela falando da minha mãe.
